sábado, 31 de outubro de 2009

Ban ki-moon exorta guineenses

Ban ki-moon exorta guineenses a capitalizarem sucesso das eleições para melhorar situação do país

Lisboa- O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, exortou os líderes políticos da Guiné-Bissau a capitalizarem o sucesso das eleições presidenciais e o actual optimismo público para melhorar as condições sociais e económicas do país, noticia hoje, sexta-feira, a LUSA.


No último relatório do Conselho de Segurança sobre o país, divulgado quinta-feira, o secretário-geral da ONU considera que "há uma janela de oportunidade na Guiné-Bissau que deve ser aproveitada", acrescentando que o país está mais perto da estabilidade política.


Ban Ki-moon elogiou a população da Guiné-Bissau pelo "pacífico e bem organizado" processo eleitoral para a Presidência da República, em Junho e Julho, que deu a vitória na segunda volta a Malai Bacai Sanhá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) sobre Kumba Ialá, do Partido da Renovação Social (PRS).


O secretário-geral da ONU notou, no entanto, que, face à abstenção recorde nestas eleições, os líderes políticos da Guiné-Bissau precisam de "fomentar o diálogo e a responsabilidade em relação aos eleitores para reforçar a democracia e recuperar a confiança dos cidadãos".


O período em análise no relatório foi dominado pela tensão que se seguiu aos assassínios do candidato presidencial Baciro Dabó e do antigo ministro da Defesa Hélder Proença, em Junho de 2009, na véspera do início oficial da campanha eleitoral.




O assassínio dos dois dirigentes seguiu-se à morte em Março do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, também assassinado.


O secretário-geral da ONU apelou ainda à conclusão das investigações a estes crimes, considerando que ajudará "a combater a impunidade e contribuirá para a justiça e a reconciliação nacional".


"Melhorará também a imagem da Guiné-Bissau e restaurará a confiança da comunidade internacional", acrescentou.


Ban Ki-moon garantiu ainda o apoio do gabinete da ONU de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), a que sucederá a 01 de Janeiro o gabinete Integrado da ONU de Consolidação da Paz (UNIOGBIS).


O novo gabinete será responsável por, entre outras coisas, reforçar a capacidade das instituições nacionais, apoiar a estrutura eficiente das forças de segurança e ajudar a mobilizar ajuda internacional.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Revista de imprensa



Disputa de fronteiras e vírus informáticos são destaque na imprensa
2009-10-30 10:49:52
Bissau – A imprensa guineense desta semana voltou a destacar a disputa da fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal. Destaque ainda para o vírus que atacou o sistema informático da EAGB.
A imprensa guineense continuou esta semana a dar destaque à questão da disputa territorial entre a Guiné-Bissau e o Senegal. «Senegal reconhece a fronteira herdada do tempo colonial», é o destaque do Diário Bissau. «Diplomaticamente é pacífica a questão da fronteira que divide as Repúblicas da Guiné-Bissau e do Senegal, apesar de no terreno as Forças Armadas nacionais terem deslocado para fronteira norte um batalhão de soldados com o objectivo de defenderem o território nacional, de uma possível ocupação senegalesa», escreve o jornal.

Segundo o Diário Bissau, não obstante no final do encontro ter havido muita cortesia nas declarações das representações dos dois países a discussão foi bem quente relativamente às questões fronteiriças. A parte senegalesa tranquilizou o Governo da Guiné-Bissau afirmando que não existe nenhuma tentativa de ocupação do território guineense, recorrendo para isso a um Tratado Internacional que permite perseguir os rebeldes de Casamança até ao território da Guiné-Bissau em caso de imposição militar.

No recente jornal lançado na imprensa guineense, Donos da Bola, é lançado para manchete que «Vírus abalam sistema informático de computadores da EAGB (Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau». Ironicamente, o semanário adianta que «o sistema financeiro da empresa foi atingido por vírus que abalou todos os computadores daquela instituição, que produz e distribui água e luz no país». Adiantou ainda ter apurado que o referido vírus está infiltrado no serviço financeiro da EAGB e tem destruído todas as receitas que entram no seu departamento financeiro.

Novamente no Diário Bissau, uma nota adianta que «Um australiano, de 54 anos, foi identificado como o delinquente que há oito anos cometeu um roubo, graças a análise de ADN retirado de uma sanguessuga que a polícia encontrou no local do crime». A notícia tem como origem a imprensa australiana desta semana. A sanguessuga foi encontrada pelos agentes no chão, próximo do cofre da casa de uma mulher vítima de roubo.

As autoridades estranharam e suspeitaram que a sanguessuga tivesse chegado até à casa presa ao corpo de um dos ladrões. Extraíram sangue do animal e guardaram a amostra para análise. O ano passado, com as análises à amostra, comprovou-se que o ADN do sangue retirado à sanguessuga coincidia com o de Peter Alec Cannon, que acabava de ser detido na posse de droga.

Cannon, agora com 54 anos confessou ser um dos autores do roubo e na segunda-feira foi declarado culpado pelo crime no Supremo Tribunal de Tasmânia, que poderá condená-lo até a uma pena máxima de 21 anos de prisão.
(c) PNN Portuguese News Network

Guiné-Bissau: Banco Mundial apoia a cooperação

66 milhões de dólares
Guiné-Bissau: Banco Mundial apoia a cooperação
2009-10-30 12:11:48
Bissau – O Banco Mundial (BM) anunciou esta quinta-feira que vai disponibilizar à Guiné-Bissau mais de 66 milhões de dólares.
O Director-Adjunto do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, McDonald Benjamin (na foto) disse esta quinta-feira em Bissau, em declarações à PNN, que a referida ajuda financeira será destinada aos sectores de saúde, agro-pecuária, Policia Judiciária e sector privado.

O responsável do Banco Mundial, que se encontra no país no âmbito do encontro de actualização da estratégia nacional para a redução da pobreza, falou também sobre a situação energética do país. McDonald Benjamin aconselhou o Governo, e em particular a Empresa de Electricidades e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), a superar a sua capacidade de produção interna. Revelou ainda que, graças ao apoio do BM a empresa consegue fornecer 5,5 Mw, razão pela qual disse haver necessidade de empreender mais esforços por parte da empresa.

Relativamente à situação política no país, o Director-Adjunto do Banco Mundial para a Guiné-Bissau traçou um quadro positivo, afirmando que a instituição vai manter o seu compromisso de continuar apoiar a Guiné-Bissau, uma vez que foi demonstrado interesse pelas novas autoridades guineenses.

Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network

Morreu a líder da bancada parlamentar do PAICG



Acidente de viação
Morreu a líder da bancada parlamentar do PAICG
2009-10-30 12:41:20

Bissau – Faleceu a líder da bancada parlamentar do PAIGC, Antónia Mendes Teixeira, vítima de acidente de viação.
A destacada dirigente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que foi ministra da Saúde, no Governo de Aristides Gomes, regressava de uma viagem de Gabu. Antónia Teixeira tinha participado no retiro parlamentar, que juntou durante três dias deputados de todos os partidos representados no Parlamento, e que debateu a agenda da nova sessão, com destaque para a proposta do Orçamento Geral do Estado para o ano económico 2009/2010, que será apresentado pelo Governo.

Registaram-se ainda alguns feridos graves na mesma viatura em que seguia a líder da bancada parlamentar do PAIGC. As causas do acidente não foram ainda reveladas, mas testemunhas indicam que o acidente teve origem numa viatura que vinha na direcção oposta. Antónia Mendes Teixeira é, sem dúvida, uma das destacas dirigentes do PAIGC, representando uma das principais vozes do partido no poder.

Presidente guineense quer resgatar orgulho de militares

Presidente guineense quer resgatar orgulho de militares

Bissau, 29 out (Lusa) - O presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, pediu nesta quarta-feira ao chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas, Zamora Induta, para trabalhar no sentido de resgatar o orgulho dos militares "tal como (existia) no passado".

Bacai Sanhá fez o apelo na posse dos chefes militares dos três braços das Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica - Estevão Na Mena, Mamadu Turé e Papa Camará, respectivamente.

Em discurso, o presidente guineense afirmou que, no "passado, as Forças Armadas guineenses eram o orgulho" do país, por "suas participações honrosas" em missões de paz.

"É vossa tarefa resgatar o orgulho das Forças Armadas que tantas alegrias e bom-nome trouxeram ao país. É isso que se espera das atuais chefias das nossas gloriosas Forças Armadas Revolucionárias do Povo", disse Bacai Sanhá, dirigindo-se a Induta.

O militar, que tomou posse do cargo na terça-feira, disse que a nomeação das novas lideranças era "um desafio lançado à nova geração".

Forças Armadas de Angola apoiam militares guineenses

Forças Armadas de Angola apoiam militares guineenses

As Forças Armadas de Angola vão apoiar a congénere da Guiné-Bissau na formação de quadros, recuperação de equipamentos e ainda na produção da legislação militar, revela o Chefe das Forças Armadas angolanas, general Francisco Furtado.

Em declarações à imprensa após ter chegado a Bissau, onde iniciou uma visita oficial de três dias, o general Francisco Furtado afirmou que Angola pretende transmitir à Guiné-Bissau "a sua longa experiência" no domínio militar, pelo que tenciona ajudar na formação de quadros, recuperação e manutenção de equipamentos e produção legislativa.

Técnicos militares angolanos que acompanham o general Francisco Furtado iniciam ainda hoje visitas às diferentes unidas militares na capital guineense com o objectivo de constatar o estado das casernas e dos meios técnicos.

Os quartéis da Brigada Mecanizada, Artilharia Terrestre, Base Naval e Base Aérea são os locais a visitar pelos técnicos do exército angolano.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Catarina Furtado volta à Guiné-Bissau

Catarina Furtado volta à Guiné-Bissau

por L. S.Hoje

Catarina Furtado volta à Guiné-Bissau

Segundo documentário mostra os resultados de 50 mil euros de donativos.

A RTP1 estreia no domingo, às 21.30, a segunda parte de Dar a Vida sem Morrer, o documentário que levou a apresentadora da RTP Catarina Furtado à Guiné-Bissau, como embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). A missão era, desta vez, conhecer o destino dado aos donativos conseguidos no programa Dança Comigo por Uma Causa.

Catarina Furtado, que se ocupou também da edição do documentário, explica ao DN que o segundo Dar a Vida Sem Morrer mostra, por exemplo, "a entrega de um gerador, que fez com que existisse uma opção. Passou a haver cesarianas". Este acompanhamento no terreno mostra ainda a inauguração do bloco operatório. Vê-lo em funcionamento fica para o terceiro documentário, previsto para o próximo ano. "Agora irei à Guiné com Os Príncipes do Nada, mas depois irei no próximo ano", conta a apresentadora.

O projecto na Guiné-Bissau tem sido levado a cabo graças ao contributo dos espectadores de Dança Comigo por uma Causa, foram angariados 250 mil euros. Outro tanto vindo do IPAD, "através do Secretário de Estado da Cooperação Portuguesa, João Gomes Cravinho juntou-se ao projecto e acrescentou mais 250.000 euros", segundo a estação.

Estado deverá fazer "pagamento parcial"

Estado deverá fazer "pagamento parcial" da dívida ao sector privado até ao final do ano


Bissau - O presidente do Conselho Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Braima Camará, afirmou hoje (quinta-feira) que até ao final do ano deverá ser feito o "pagamento parcial" da dívida do Estado da Guiné-Bissau aos privados.

"Temos a promessa do Governo da Guiné-Bissau em regularizar os atrasados internos do sector público ao sector privado", afirmou Braima Camará, que é também presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura da Guiné-Bissau, em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

Ainda de acordo com Braima Camará, até ao final deste ano deverá ser feito o "pagamento parcial" dessa dívida.

"O primeiro-ministro prometeu ao sector privado que antes do Natal deste ano far-se-ia o pagamento parcial da dívida do Estado ao sector privado, para que o sector privado possa relançar as suas actividades económicas e financeiras na Guiné-Bissau", revelou.

Questionado sobre se o facto do Presidente da Guiné-Bissau e do Governo serem agora do mesmo partido poderá facilitar o desenvolvimento do país, Braima Camará reconheceu que o diálogo se torna "muito mais fácil".

"Penso que a Guiné-Bissau já está numa nova era, virou a página, temos um Presidente, um primeiro-ministro e membros do Governo do mesmo partido.

Quando é assim, a conciliação é muito mais fácil", enfatizou, considerando que agora estão criadas todas as condições para a Guiné-Bissau transformar as oportunidades que tem em "ganhos reais".

Relativamente ao encontro da direcção do conselho empresarial da CPLP com o Presidente da República, Braima Camará adiantou que se tratou de uma audiência para a direcção dar conta das últimas actividades do conselho empresarial.


Activistas de direitos humanos da África lusófona


Activistas de direitos humanos da África lusófona participam em programa de intercâmbio
2009-10-29 11:23:07

Brasília – Activistas dos direitos humanos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique poderão participar num programa de intercâmbio em direitos humanos para a África lusófona.
A brasileira Conectas, Open Society Justice Initiative (OSJI), Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA) e Open Society Initiative for Western Africa (OSIWA) estão a promover a edição de 2010-2011 do Programa de Intercâmbio em Direitos Humanos para a África Lusófona. Candidatos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique poderão apresentar as suas candidaturas.

O programa tem como objectivo fortalecer o trabalho da sociedade civil dos países africanos de língua portuguesa através da capacitação de activistas de direitos humanos, proporcionando o aprofundamento académico e prático em direitos humanos.

Entre 2004 e 2009 o Programa de Intercâmbio em Direitos Humanos para a África Lusófona já levou ao Brasil 30 activistas oriundos de Angola, Moçambique, Timor Leste, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Para a próxima edição serão seleccionadas seis activistas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

Os primeiros seis meses do programa serão passados no Brasil desenvolvendo um estudo académico e prático em direitos humanos e advocacia de interesse público. Nos 12 meses seguintes aqueles que foram seleccionados para participar no programa terão a oportunidade de implementar no seu país de origem o projecto de direitos humanos desenvolvido durante a primeira parte do programa.
(c) PNN Portuguese News Network

Novo Governo tem menos cinco ministros e mais dois secretários de Estado

Novo Governo tem menos cinco ministros e mais dois secretários de Estado

Bissau - A Presidência da República da Guiné-Bissau anunciou hoje uma remodelação governamental proposta pelo primeiro-ministro que reduz de 21 para 16 o número de ministros e aumenta de 10 para 12 os secretários de Estado.


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, tinha anunciado a remodelação governamental durante a campanha eleitoral para as últimas presidenciais, realizadas em duas voltas, entre os passados meses de Junho e Julho.


Na semana passada, em declarações aos jornalistas, em Lisboa, o primeiro-ministro guineense prometeu um governo mais pequeno devido às limitações económicas do país.


Na remodelação governamental, o destaque vai para o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta, um diplomata de carreira, que já representou a Guiné-Bissau em vários países e organizações internacionais.


As pastas da Educação e Defesa também vão ter novos ministros.


O antigo ministro da Defesa Artur Silva passa para a Educação enquanto o antigo titular desta pasta Aristides Ocante da Silva passa a ser o novo ministro da Defesa.


A pasta do Interior foi entregue a Hadja Satú Camará Pinto, antiga vice-presidente do parlamento guineense.


Embaixador Adelino Mano Queta nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros

Embaixador Adelino Mano Queta nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Bissau, 28 Out (Lusa) - O embaixador guineense Adelino Mano Queta foi hoje nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau no âmbito de uma remodelação governamental já anunciada pelo primeiro-ministro durante a campanha para as presidenciais de Junho-Julho.

Licenciado em Ciências Políticas e Sociais, Adelino Mano Queta iniciou a carreira diplomática em 1985 na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Entre 1992 e 2002 foi embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Espanha, Itália, Marrocos e Taiwan.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Área para remover minas anti-pessoal da Guiné-Bissau

Área para remover minas anti-pessoal da Guiné-Bissau é equivalente a 140 campos de futebol

Bissau, 28 Out (Lusa) -- O coordenador do Centro Nacional de Coordenação da Acção Anti Minas da Guiné-Bissau, César Carvalho, disse hoje à agência Lusa que a área por limpar no país é equivalente a 140 campos de futebol.

"Já foi feita uma área superior a três milhões de metros quadrados e tiramos mais de duas mil minas anti-pessoal", afirmou César Carvalho.

"Só restam áreas na região de Cacheu, Farim e Gabu e o sul, o equivalente a 140 campos de futebol", explicou o responsável.

Votação fecha ciclo eleitoral nos PALOP

Votação fecha ciclo eleitoral nos PALOP

Com excepção da Guiné-Bissau, os processos eleitorais na África lusófona
assinalaram a normalização institucional ou resultaram do normal ciclo político

As eleições moçambicanas terminam um ciclo que percorreu os países da África lusófona, com destaque para as legislativas angolanas - após um interregno de 16 anos - realizadas em Setembro de 2008. O resultado consagrou a hegemonia do MPLA, partido no poder, que chegou aos 80% dos sufrágios. Este resultado permite-lhe realizar a revisão constitucional e consolidar a sua influência na sociedade angolana.

Situação distinta viveu-se, entre Março e Junho deste ano, na Guiné-Bissau com o conflito entre o presidente Nino Vieira e o comandante das forças armadas Tagme Na Waie a culminar na morte de ambos. O que forçou presidenciais antecipadas em que triunfou Malam Bacai Sanhá. Governo e Presidência convergem agora no PAIGC, esperando-se uma muito necessária estabilidade no país.

Se a instabilidade tem minado a vida política guineense, a situação apresenta-se diferente no vizinho arquipélago de Cabo Verde, com presidenciais e legislativas a realizarem-se em 2006. A vitória pertenceu ao PAICV em ambos os casos. Em sentido oposto, o Movimento para a Democracia (MPD), oposição em Cabo Verde, triunfou na maioria das autárquicas de Maio de 2008. Ganhou, em especial, na Cidade da Praia e em Santa Catarina, terceira cidade do arquipélago.

Em São Tomé e Príncipe, o Movimento para a Mudança Democrática conquistou, ao longo de 2006, a Presidência, ganha por Fradique de Menezes, e a maioria nas legislativas e autárquicas, ao derrotar o MLSTP, em ambos os casos, de forma inequívoca.

Tags: Globo, CPLP

Ateliê sobre discriminação contra mulheres abre em Bissau

Ateliê sobre discriminação contra mulheres abre em Bissau
Bissau, Guiné-Bissau (PANA) -
Um ateliê de restituição da Convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW) iniciou-se esta terça-feira, em Bissau, constatou a PANA no local.

Organizado pelo Istituto da Mulher e Criança (IMC) com o apoio do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o ateliê visa "relembrar o Estado guineense a implementar todas as disposições da Convenção".

De acordo com a presidente do IMC, Iracema do Rosário, o Governo "tem a responsabilidade primária e é particularmente responsável pela completa implementação das obrigações da parte estatal no âmbito da Convenção",

Este tratado, prosseguiu, deve ser aplicado a todas as estruturas do Governo, incentivando assim a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento), em conformidade com o seu mandato e procedimentos, se necessário, "a tomar todas as medidas referentes à implementação das observações finais ao abrigo da Convenção".

Por seu turno, o presidente da ANP, Raimundo Pereira, quem presidiu à cerimónia de abertura, lembrou no seu discurso que a Guiné-Bissau ratificou a CEDAW em 1985 sem reservas e, no presente ano, o seu protocolo Opcional.

Segundo ele, isso que significa que os índividuos podem fazer recurso ao comité da CEDAW caso se esgotem todas as vias de justiça.

Isso, segundo Raimundo Pereira, demonstra mais uma vez os engajamentos fortes por parte do Governo guineense de trabalhar em direcção à igualdade e à equidade entre homens e mulheres.

Defendeu entretanto a adopção de um quadro legal com novas leis direccionadas à igualdade e à protecção das mulheres estigmatizadas, discriminadas, vítimas de prácticas nefastas e de violência.

No ateliê que decorrerá até 29 de Outubro corrente, participam deputados à ANP e representantes da sociedade civil e do sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

ESPANHA/GUINÉ-BISSAU

ESPANHA/GUINÉ-BISSAU

Negociações para libertar barcos de pesca voltam a falhar

28 | 10 | 2009 08.59H
As negociações entre as autoridades de Espanha e da Guiné-Bissau para libertar três barcos de pesca espanhóis retidos no país africano sob acusação de pesca ilegal fracassaram pelo segundo dia consecutivo.
Destak/Lusa

De acordo com fontes do sector pesqueiro da cidade de Huelva, onde estão baseados os armadores dos barcos, todos os encontros diplomáticos efectuados durante o dia de hoje concluíram-se sem que deles tenha saído a esperada autorização para que retomem a sua actividade.

Os três barcos foram aprisionados em alto mar por militares guineensesa a 8 de Outubro, sob acusação de pesca ilegal.

Os armadores esperam agora que negociações de última hora permitam solucionar a situação.

Bissau exige o pagamento de uma multa de 100 mil euros por cada barco retido.

PR promete fim da era de guerras e de distúrbios no país
2009-10-28 11:08:08

Bissau – O Presidente da República Malam Bacai Sanhá disse esta terça-feira que chegou ao fim a era de guerra e distúrbios na Guiné-Bissau.
O chefe do Estado guineense, que falava esta terça-feira em Bissau na tomada de posse do chefe e vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, José Zamora Induta e António Indjai, respectivamente, disse que este acto representa o esforço das instituições da república, com vista a criar um clima de estabilidade e de paz na Guiné-Bissau. Bacai Sanhá reconheceu que a missão que cabe aos recém-empossados não é fácil, visto assentar na construção de um exército republicano, moderno, disciplinado, obediente e subordinado ao poder político.

A questão da unidade nacional e o fim de divisão no seio da classe castrense são, entre outras, duas preocupações levantadas pelo chefe do Estado guineense, Malam Bacai Sanhá.
«A vossa tarefa não é nada fácil, isto no sentido de unir as Forças Armadas e acabar com a exclusão, porque a vossa missão é defender a integridade territorial, modernizar as nossas Forças Armadas», disse.

Neste sentido, o chefe do Estado assegurou aos empossados que podem contar com seu apoio, enquanto comandante, chefe das Forças Armadas, assim como com o Governo, para que exista verdadeira paz na Guiné-Bissau. «A paz na Guiné-Bissau depende, em parte, das Forças Armadas», disse Bacai Sanhá, que lançou igualmente um apelo às chefias militares a porem fim à «má fama» que tem.

Na sequência desta cerimónia, José Zamora Induta e Antonio Indjai, foram promovidos para oficiais generais de três e duas estrelas, respectivamente, ou seja, o Capitão de Mar e Guerra José Zamora Induta e General de tres estrelas e o Coronel Antonio Indjai, passa a general de duas estrelas.

S. Nansil
(c) PNN Portuguese News Network

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Homem só tem cabeça, incrível (Quique The Head)

Para descontrair (momentos dolorosos do futebol)

Relatório europeu diz ser imperioso manter ajudas aos países necessitados, apesar da crise

Relatório europeu diz ser imperioso manter ajudas aos países necessitados, apesar da crise

Bruxelas, 27 Out (Lusa) - O primeiro "Relatório Europeu sobre o Desenvolvimento", hoje divulgado em Bruxelas, alerta para a necessidade de os países doadores manterem os níveis de ajuda aos países necessitados, apesar da crise, considerando imperioso evitar cortes como em anteriores recessões.

O relatório, lançado por ocasião da quarta edição dos Dias Europeus do Desenvolvimento, iniciativa que decorre em Estocolmo, foi elaborado por vários especialistas europeus, que se concentraram sobretudo nos impactos que a crise económica pode ter nos países "frágeis" da África subsaariana, casos de Angola, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.

A equipa que elaborou este relatório independente, sob a direcção do Instituto Universitário Europeu de Florença, adverte que "se os países doadores se comportarem como o fizeram em recessões anteriores, os Estados frágeis poderão ter de enfrentar uma diminuição no fluxo de ajudas, que poderiam sofrer uma redução de 22 mil milhões de euros em 2009".

Primeiro-ministro promete reduzir Governo


Primeiro-ministro promete reduzir Governo

Bissau - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Calos Gomes Júnior, prometeu "comprimir" nos próximos dias a sua equipa governativa actualmente composta por 31 titulares entre ministros e secretários de Estado.

Segundo a Panapress, o primeiro-ministro justificou esta medida pela necessidade de adequar a composição do Governo à realidade nacional, considerando que a actual estrutura é excessivamente pesada para um país pobre.


Gomes Júnior disse que a próxima remodelação governamental iria incidir "em áreas fundamentais para o desenvolvimento do país" e em moldes a tornar o Executivo "mais dialogante".

"Temos que comprimir. O país é pobre e não podemos continuar a ter o número de membros do Governo que temos. Temos de ser mais dialogantes", defendeu Gomes Júnior em declarações à imprensa em Bissau.

O primeiro-ministro falava à saída duma visita de cortesia do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que encerrava assim o seu périplo por alguns países da África Ocidental.

Carlos Gomes Júnior insistiu que o seu Executivo tem a obrigação de dar "respostas positivas" e que esta resposta "tem de ser (dada) com uma boa governação, com membros do Governo que satisfaçam os compromissos que assumimos perante a comunidade internacional".

O actual Governo guineense, empossado em Janeiro passado como resultado das eleições legislativas de Novembro de 2008 conta actualmente com 21 Ministérios e 10 Secretarias de Estado.


Estabilidade e segurança destacam países lusófonos

[ 2009-10-27]
Estabilidade e segurança destacam países lusófonos dos seus pares africanos

Washington, Estados Unidos da América, 27 Out – A estabilidade e segurança e o nível de participação cívica e respeito pelos direitos humanos distingue os países africanos de língua oficial portuguesa, principalmente Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, em relação aos seus pares do continente.

É nestes dois indicadores que o “bloco” lusófono obtém a melhor avaliação por parte de um amplo painel do mundo académico, político e económico que, com base nas mais recentes estatísticas disponíveis, elabora o “Índice de Governação Africana 2009”, recentemente divulgado pela Universidade de Harvard e a Fundação para a Paz Mundial (WPF, na sigla inglesa) e a que o Macauhub teve acesso.

Na lista geral do estudo, também conhecido como o “Índice Ibrahim” devido ao apoio que foi dado à sua criação (2007) pela Fundação Mo Ibrahim, é Cabo Verde o país lusófono mais bem colocado: 3º lugar entre 53 países, apenas atrás das ilhas Maurícias e Seichelles.

Mas também São Tomé e Príncipe consegue um lugar no “top 10”, logo atrás da África do Sul e à frente do Gabão e Marrocos.

Para a elaboração do índice são considerados cinco tópicos: “Estabilidade e Segurança”, “Lei, Transparência e Corrupção”, “Oportunidades Económicas Sustentáveis”, “Desenvolvimento Humano” e “Participação Cívica e Direitos Humanos”.

Moçambique surge já na segunda metade da tabela, na 31ª posição, à frente da Guiné-Bissau (36º) e Angola (46º).

No que diz respeito a Estabilidade e Segurança, Cabo Verde surge na primeira posição e também São Tomé e Príncipe surge no grupo de países com pontuação máxima (100).

Moçambique está logo abaixo do “top 10”, em 11º, a Guiné-Bissau queda-se pela 26ª posição e Angola pela 29ª.

São Tomé e Príncipe é batido apenas pelas ilhas Maurícias quanto à Participação Cívica e Direitos Humanos, ficando Cabo Verde na 4ª posição, a Guiné-Bissau na 15ª e Moçambique na 25ª.

Também em Lei, Transparência e Corrupção Cabo Verde está em primeiro lugar, mas neste caso bem mais distante do que os outros países lusófonos, sendo os melhores Moçambique (32º) e São Tomé e Príncipe (35º).

Angola destaca-se nas Oportunidades Económicas Sustentáveis, surgindo na 12ª posição, logo à frente São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, e bem à frente de Moçambique (24ª) e Guiné-Bissau (52º).

Este item é calculado a partir das estatísticas relativas à criação de riqueza (PIB per capita e crescimento do PIB per capita), estabilidade macroeconómica e integridade financeira (inflação, défice ou excedente orçamental em relação ao PIB, solidez das instituições financeiras, ambiente de negócios) e também as vias de comunicação (estradas, telecomunicações).

Cabo Verde merece o título de “grande reformador”, atribuído também às Maurícias, Seichelles e Botsuana, mesmo com a inclusão em 2009 de países do norte de África geralmente bem cotados, como a Tunísia.

Mas também Angola merece uma palavra de apreço dos responsáveis do estudo, pela prestação no longo prazo.

“Tendo em conta todos os anos cobertos pelo Índice, desde 2000, e comparando com o mais recente, o país que teve mais melhorias foi o Burundi, seguido do Ruanda e Angola. Casa um destes países pós-conflito alcançaram grandes melhorias em termos de segurança até 2007, apesar dos continuados desafios”,

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Situação de insegurança e instabilidade faz parte do passado

Situação de insegurança e instabilidade faz parte do passado

Bissau – O ministro da Defesa Nacional, Artur Silva, garantiu que a Guiné-Bissau é agora um país mais seguro e que a situação da insegurança e da instabilidade que se falava faz parte do passado.
Artur Silva, que falava este fim-de-semana, em Bissau, aos empresários brasileiros, no encerramento do encontro de cooperação técnica e empresarial entre o Brasil e a Guiné-Bissau, no âmbito da visita de trabalho que o Ministro das Relações Exteriores do Brasil efectuou ao país.

O ministro da Defesa Nacional lançou um apelo aos empresários brasileiros para que invistam na Guiné-Bissau, porque as condições de segurança para o investimento já estão criadas, agora que estão em funcionamento todas as instituições da república. «Em nome do Governo da Guiné-Bissau, gostaria de convidar os empresários a investirem na Guiné-Bissau, porque o quadro institucional do pais é favorável, estamos em condições em termo de segurança», garantiu o governante guineense.

Artur Silva reafirma que não existe diferendo fronteiriço entre a Guiné-Bissau e o Senegal que foi noticiado nos últimos tempos pela imprensa nacional e estrangeira.

Por último, Artur Silva disse aos empresários brasileiros que a Guiné-Bissau, enquanto estado membro da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), pode ser uma porta de entrada do Brasil para o mercado da UEMOA.

Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network

Guiné-Bissau e Senegal encontraram consenso na disputa da fronteira comum

Guiné-Bissau e Senegal encontraram consenso na disputa da fronteira comum
2009-10-26 13:55:58


Bissau - Bissau e Dacar encontraram uma plataforma de entendimento sobre o diferendo fronteiriço, apesar das duas partes não terem oficialmente reconhecido a existência do problema na fronteira comum.
O consenso foi alcançado durante o que se pode considerar uma grande maratona de discussão entre as duas delegações, teve lugar durante todo o dia de sábado e se prolongou até quase às três horas do dia seguinte.

No final da reunião entre o ministro das Pescas da Guiné-Bissau, Carlos Mussa Balde e o ministro de Estado e das Forças Armadas do Senegal, Abdoulay Baldé (na foto), foi publicado um comunicado conjunto, segundo o qual, será reactivada a Comissão Mista de Cooperação entre os dois países, que não se reúne há mais de 16 anos. Será instituída uma comissão conjunta que integrará os representantes civis, militares e paramilitares.

Terá por missão encontrar meios de luta contra práticas ilegais em matéria de livre circulação de pessoas e bens, tanto assim que serão promovidos encontros periódicos entre as autoridades militares dos dois países.

Ainda de acordo com o comunicado conjunto, de cinco páginas, as partes concordaram em criar uma «comissão técnica mista para reposição dos pilares fronteiriços números 111 e 124, caídos na linha que estabelece a fronteira entre os dois países, nas regiões de Oio (Sedhiou, na Guiné-Bissau e Kolda, no Senegal). Também foi acordada a criação de uma comissão mista para visitar os lugares situados entre os marcos 182, 183 e 184.

Apesar do cenário, as partes constataram a inexistência de problemas de conflito relativos à delimitação de fronteira e reafirmaram o princípio da sua intangibilidade/imutabilidade nos termos dos textos internacionais.

Perante este quadro, a tensão desanuviou na zona, não obstante a forte presença de tropas que ainda se faz sentir nas duas partes no terreno, o que poderá ser ainda registado nas próximas semanas, enquanto não houver ainda uma decisão política dos respectivos Estados sobre a questão.

Lassana Cassamá

RÁDIO CATÓLICA UNE CIVIS E MILITARES

RÁDIO CATÓLICA UNE CIVIS E MILITARES

Bissau, 26 out (RV) – Em meio a medidas para reestruturar o exército da Guiné-Bissau, a rádio católica "Sol Mansi" lançou uma transmissão especial: um programa dirigido especialmente aos militares, para que reconheçam seu papel dentro de uma democracia e em tempos de paz.

A iniciativa foi ilustrada à agência Misna pelo diretor da rádio, Padre Davide Sciocco, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME). Ele explica que, durante os próximos dois anos, o programa permitirá manter um diálogo entre dois mundos muito distantes entre si: de um lado, o exército, de outro, os cidadãos.

Depois da guerra civil, a distância entre exército e civis aumentou ainda mais nos últimos meses, com o assassinato do presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do general Tagme na Waie, chefe de Estado maior das Forças Armadas.

"Com o apoio da Caritas Alemã, das Nações Unidas e do chefe de Estado maior, queremos contribuir ao diálogo e à paz em um contexto difícil, onde, porém, não faltam as potencialidades e a vontade de progredir" – declarou o Padre Sciocco.

Em sua programação, a Rádio Sol Mansi retransmite também os programas brasileiros da Rádio Vaticano. (BF)

Guiné-Bissau dá garantias para investimentos brasileiros

25-10-2009 17:13:07
Guiné-Bissau dá garantias para investimentos brasileiros

Bissau, 25 out (Lusa) - O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Artur Silva, afirmou que existem condições de segurança e estabilidade para os empresários brasileiros investirem no país.

"Os empresários brasileiros podem investir na Guiné-Bissau", afirmou o ministro, no final de uma reunião entre empresários guineenses e brasileiros.

O encontro técnico-empresarial entre empresários brasileiros e guineenses ocorreu paralelamente à visita oficial de algumas horas do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a Bissau.

"Neste momento, o país está seguro, há estabilidade política e governativa", afirmou Artur Silva, destacando que a insegurança "ficou para a história".

"O quadro de insegurança que existia ficou para a história. A Guiné-Bissau é um país seguro e todos os que quiserem investir no país têm o nosso apoio", afirmou.

O ministro da Defesa lembrou também aos empresários brasileiros que a Guiné-Bissau "pode ser a porta de entrada para o espaço da Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental e da União Econômica Monetária da África Ocidental".

O ministro da Defesa guineense reafirmou ainda que "não há nenhum problema com a fronteira" norte do país com o Senegal, explicando que o reforço da presença de militares na região é uma "questão de segurança para os dois países".

"Os bons atos voltaram a existir e estarem tropas na fronteira é só uma questão de segurança", disse.

Presidente da Guiné-Bissau visita Brasil em dezembro

25-10-2009 14:40:16
Presidente da Guiné-Bissau visita Brasil em dezembro

Bissau, 25 out (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, fará uma visita oficial ao país em 7 de dezembro e destacou o "clima novo" em Bissau.

"Trouxe saudações e felicitações do presidente Lula e o convite para o presidente Malam Bacai Sanhá ir ao Brasil, e ele já aceitou, no próximo dia 7 de dezembro", afirmou Amorim, que fez uma visita de algumas horas a Bissau.

Para o chefe da diplomacia brasileira, a visita é "importante porque cria um horizonte" para um trabalho mais acelerado na cooperação entre os dois países.

"Já combinei com o primeiro-ministro, e aceitou também, que por volta de março, abril, iria ao Brasil para fazer o seguimento do que foi acertado agora", afirmou Celso Amorim.

Sobre a intensificação da cooperação entre o Brasil e a Guiné-Bissau, o chanceler considerou que o que faltava era uma "percepção de estabilidade política" em Bissau.

"Sente-se que há um clima novo na Guiné-Bissau e esse clima é muito positivo e de grande harmonia entre os vários órgãos do Estado. E tudo isso cria um incentivo institucional para que aquela cooperação que queríamos dar possa ser dada de uma maneira muito mais eficaz e com continuidade", afirmou.

"A Guiné-Bissau pode esperar uma disposição ainda mais forte de cooperar do Brasil", disse.

Agenda

Durante esta visita à Guiné-Bissau, que encerrou um périplo por vários países africanos, Amorim inaugurou um centro de formação profissional criado por uma parceria brasileira, e se reuniu com as autoridades guineenses.

Paralelamente, houve uma reunião técnico-empresarial entre empresários brasileiros e guineenses.

"Acho que a Guiné-Bissau vai precisar de investimento na área da energia, agroindustrial, infraestruturas e são tudo áreas onde o Brasil tem muita experiência", afirmou o ministro brasileiro.

Com as autoridades guineenses, Celso Amorim abordou também temas sobre a estabilização da Guiné-Bissau e a necessidade de apoios internacionais. O Brasil chefia a missão do Programa da Consolidação da Paz das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.

sábado, 24 de outubro de 2009

Plage de rêve aux îles Bijagos

Ministro brasileiro das Relações Exteriores visita a Guiné-Bissau


Ministro brasileiro das Relações Exteriores visita a Guiné-Bissau com agenda de cooperação


Durante a visita, serão discutidos temas relativos à cooperação e ao apoio do Brasil à reforma do setor de segurança e defesa.

Brasília - O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, realiza visita oficial à Guiné-Bissau neste domingo, 25 de outubro, acompanhado por representantes da Embrapa, da Fiocruz e da Capes, bem como por empresários. Esta será a primeira visita brasileira de alto nível à Guiné-Bissau após a posse do novo presidente da República, Malam Bacai Sanhá, eleito em julho, em eleições antecipadas em função da morte do então presidente João Bernardo Vieira.

De acordo com comunicado do Itamaraty, Celso Amorim deverá manter encontros com o presidente Malam Bacai, com o primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Maria Adiatu Djaló Nandigna, e com o ministro da Defesa, Artur Silva.

Do programa da visita faz ainda parte o encerramento do Encontro de Cooperação Técnica e Empresarial Brasil-Guiné-Bissau.

Durante a visita, serão discutidos temas relativos à cooperação e ao apoio do Brasil à reforma do setor de segurança e defesa.

Também será inaugurado o Centro de Formação Profissional Brasil-Guiné-Bissau, um dos maiores projetos da cooperação brasileira. Construído em parceria com o Senai, o Centro está em funcionamento parcial e já oferece cursos de formação, "contribuindo, assim, para mitigar a reduzida oferta de capacitação profissional para o exercício de atividades produtivas", diz o Itamaraty.

No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores diz que a Guiné-Bissau é um importante beneficiário da cooperação técnica brasileira. São desenvolvidos projetos nas áreas de educação, defesa, saúde, formação profissional, apoio à agricultura e à pecuária. O Brasil realizou doações para a organização das eleições legislativas em novembro de 2008 e para as eleições presidenciais antecipadas neste ano.

O Brasil preside a Comissão para a Construção da Paz para a Guiné-Bissau nas Nações Unidas. Durante seu novo mandato no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil buscará priorizar o caso da Guiné-Bissau.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

(Afinal está tudo bem?) Ministro da Defesa desmente existência de tensão com Senegal

Ministro da Defesa desmente existência de tensão com Senegal sobre disputa fronteiriça

Bissau - O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Artur Silva, desmentiu hoje, sexta-feira, a existência de alguma tensão militar com o Senegal e rejeitou a ideia de disputa fronteiriça entre os dois países.


"Não há nenhuma tensão na linha fronteiriça. Já o dissemos e voltamos a assegurar isso. Como sabem é preciso assegurar a segurança na fronteira é isso que estamos a fazer", declarou Artur Silva, momentos antes do início de uma reunião com o seu homologo senegalês, Abdoulaye Baldé.


Os ministros da Defesa dos dois países lideram as respectivas delegações que discutem hoje a situação na fronteira comum que nos últimos dias tem dividido os dois Estados. Os dois países reforçaram a presença militar ao longo da fronteira.


Indagado sobre o reforço da presença militares em ambos os lados da fronteira, o ministro da Defesa da Guiné-Bissau defendeu que não existe problema com o Senegal e considerou ainda a presença dos soldados na fronteira como sendo normal.


"A situação está calma, não há problema entre a Guiné-Bissau e o Senegal. Temos uma boa relação com o Senegal, relações de amizade e de cooperação. Não há nada de anormal", afirmou Artur Silva.


De acordo com Artur Silva, não existe disputa territorial entre os dois países, embora na reunião se vá discutir a segurança na fronteira comum.

Para o ministro, a discussão da questão da segurança na fronteira não significa falta dela, mas sim um debate entre dois países de um factor de interesse comum.


"Não há nenhuma disputa na fronteira. A reunião de hoje tem os seguintes pontos de agenda; Informações gerais, circulação de pessoas e bens e segurança na fronteira", explicou Artur Silva, sublinhando que espera ver as duas partes a alcançarem soluções que interessam aos dois países.

"Esperamos no final desta tarde sair com uma solução que interesse as partes", destacou o ministro da Defesa da Guiné-Bissau.

O seu homólogo do Senegal, Abdoulaye Baldé, oficialmente no posto a partir de quinta-feira, disse, por seu lado, esperar que haja compreensão e abertura que sempre existiu entre os dois países.

"Esperamos, como sempre, a fraternidade a compreensão, a abertura entre os nossos dois países. Nas relações entre a Guiné-Bissau e o Senegal não há razão para dificuldades", defendeu o ministro de Estado e das Forças Armadas senegalesas.


O governante senegalês aproveitou a oportunidade para apresentar as desculpas do seu governo pela não comparecência dos governadores das regiões fronteiriças com a Guiné-Bissau na reunião que devia ter lugar na passada quarta-feira em São Domingos, "devido a dificuldades de calendário".

"Agradeço as mais altas autoridades da Guiné-Bissau e ao meu colega e amigo que me convidou a vir cá discutir, com um vizinho e amigo os problemas da cooperação entre os nossos dois países", disse Abdoulaye Baldé.


Ameaça de morte aos juízes

Especula-se sobre a origem da ameaça de morte aos juízes
2009-10-23 11:46:45

Bissau – Pessoas notificadas, declarantes ou os próprios suspeitos nos processos agendados para julgamento próximos, são suspeitos de ser os autores das ameaças de morte aos juízes do Tribunal Regional de Bissau.
O escrivão do Direito da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau levantou suspeitas sobre pessoas notificadas, declarantes ou os próprios suspeitos nos processos agendados para julgamento nos próximos tempos, como possíveis autores das ameaças aos juízes enviadas em carta anónima esta segunda-feira.

Em declarações à PNN, Alfredo Incanha, escrivão da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, disse acreditar que o envio da carta anónima esteja associado a pessoas indiciadas nos processos cujo julgamentos já estão agendados. «Penso que esta situação pode estar relacionada com as pessoas consideradas suspeitas ou declarantes cujos processos já foram agendados aqui pelos juízes para efeito de audiências, discussões e julgamentos», disse o responsável.

O escrivão do Tribunal Regional de Bissau informou, por outro lado, que afinal foram encontradas duas cartas com os mesmos conteúdos no interior do Tribunal pelas funcionárias de limpeza desta instituição, na manha do dia 19 de Outubro do ano 2009.

O assunto é já do conhecimento do Supremo Tribunal de Justiça, da Procuradoria-geral da República assim como do próprio Ministério da Justiça, disse ainda Alfredo Incanha. O escrivão do Direito da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, adiantou que os magistrados guineenses estão desprovidos de segurança, mesmo nas sessões de julgamentos. «Como vê, o próprio tribunal não tem segurança, até guardas nocturnas e agentes para garantir segurança nos actos de julgamento», frisou oresponsável.

Outras preocupações levantadas por Incanha, prendem-se com as «enormes» dificuldades com que os oficiais de diligencias enfrentam na localização para efeito de notificação de suspeitos ou declarantes por forma a se apresentarem nas sessoes de julgamento, o que em varias ocasioes motivou adiamentos de actos de julgamento.

Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network

Brasil diz que Guiné-Bissau é prioridade no Conselho da ONU

23-10-2009 09:12:56
B
rasil diz que Guiné-Bissau é prioridade no Conselho da ONU

Brasília, 23 out (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vai reforçar às autoridades de Guiné-Bissau, no próximo domingo, que o país será uma das prioridades do Brasil como membro rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"O Brasil vai sinalizar a vontade política de manter um apoio estreito à Guiné-Bissau, uma das prioridades indicadas pelo país ao ser eleito este mês para ocupar, pela décima vez, um assento rotativo no Conselho de Segurança", afirmou à Agência Lusa Luciano Macieira, chefe de uma Divisão de África do Itamaraty.

Será o primeiro contato de Amorim com o presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, que venceu as eleições em julho, além de encontros com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e com vários membros do governo de Bissau.

Amorim vai inaugurar o Centro de Formação Profissional Brasil-Guiné-Bissau, fruto de uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), subordinada ao Itamaraty.

Segundo Macieira, o centro ainda não está totalmente equipado, mas já está oferecendo cursos profissionais de pedreiro, padeiro e eletricista.

Questionado sobre a cooperação na área da defesa, ele disse que o Brasil prosseguirá com o projeto de abertura de uma missão militar em Bissau.

Em setembro, uma delegação brasileira analisou as condições das instalações oferecidas pelo governo guineense.

Macieira assegurou que a missão militar do Brasil, composta por 10 militares permanentes, começará a funcionar no próximo ano e ajudará na reestruturação das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

O diplomata considerou que, do ponto de vista político, o clima está melhor atualmente no país africano, embora a situação econômica do país "não dê tranquilidade".

Macieira acredita que, a partir da reforma das forças de segurança da Guiné-Bissau, projeto que está sendo apoiado pela União Europeia e que está avançando favoravelmente, será eliminado um forte elemento de desestabilização do país.

"Está a ser instituído um fundo para os militares que serão reformados. Isto vai ser uma solução de um problema crônico", acrescentou.

Amorim termina em Bissau um périplo por vários países africanos que inclui Mali, Guiné Equatorial e Togo.