sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Polémica: Acusados de trasfega ilegal de combustível


Navios espanhóis retidos em Bissau

Três pesqueiros espanhóis estão apresados no porto de Bissau acusados de realizarem uma trasfega ilegal de combustível em águas territoriais guineenses. Os armadores dos navios negam tal operação.

Segundo as autoridades guineenses, os navios ‘Sierra de Huelva’, ‘Febel III’ e ‘Alfonso Riera I’ foram apanhados em flagrante no passado dia 8 a reabastecer os seus tanques (bunkering) a menos de 24 milhas da costa guineense, o que é proibido ao abrigo da legislação internacional. Os navios foram imediatamente apresados e levados para o porto de Bissau, onde se encontram retidos, com a tripulação sob guarda armada e impedida de abandonar as embarcações. Mais: as autoridades portuárias guineenses exigem agora (aos armadores) o pagamento de uma multa de cem mil euros para libertar os navios pesqueiros.

Os armadores asseguram no entanto que nada fizeram de ilegal, e garantem que a operação de trasfega do combustível decorreu a mais de 80 milhas da costa, "como sempre fizemos". "Os tripulantes dos três navios estão fisicamente bem, mas desesperados com esta situação", adiantou o armador de um dos navios, Ángel Muriel.

Perante a insistência de Bissau de condicionar a libertação dos três pesqueiros, o Ministério do Meio Ambiente, Meio Rural e Marinho do governo espanhol anunciou ontem estar a trabalhar em conjunto com a União Europeia e com as autoridades de Bissau para tentar resolver esta situação.

A Comissão Europeia já fez saber que não se pronunciará sobre as causas do apresamento dos barcos espanhóis e adianta que se trata " de um assunto que diz respeito à legislação da Guiné-Bissau".

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