segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Alicerce XXI é o grande projecto para 2010 da Humanitarius


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Responsável pela Acção Social da Humanitarius na Guiné

Associação algarvia vai voltar à Guiné-Bissau, em África, para levar na bagagem ajuda a quem precisa. Mas para isso também necessita de auxílio, através de doações de material de apoio clínico, produtos alimentares, lençóis e cobertas.

A preparação da expedição que a associação Humanitarius tem repetido nos últimos anos à Guiné-Bissau, em África, começa cedo, pois é necessário providenciar apoios, parcerias e organizar as toneladas de donativos que vão chegar às mãos dos mais necessitados.

Em Março, a equipa joga-se à estrada com destino à Guiné, mas antes tem que conseguir os apoios e as parcerias que vão garantir a viagem.

E a missão dos algarvios é nobre, pois pretendem levar equipamento de apoio médico e hospitalar ao serviço de Pediatria do Hospital Nacional, no âmbito do projecto «Saúde Alerta», dar apoio social às tabancas mais isoladas através da doação de roupas e brinquedos, e continuar o «Escola para Todos», que visa a entrega de material escolar.

O projecto mãe é, contudo, o «Alicerce XXI», que junta diferentes acções de ajuda social, onde se destaca o apoio a uma instituição de cegos e amblíopes em Bissau.

2010 marca ainda o «arranque do Projecto de Apoio Infantil, que engloba o Orfanato Casa Emanuel, as crianças seropositivas do Hospital de Comura e outras instituições integradas na Rede Ajuda», explicou ao «barlavento» João Almeida, coordenador dos projectos.

No entanto, as novidades são a intenção de assinar «protocolos com duas ONG». No caso da «Eneoproma, de Buba, na Guiné-Bissau, o objectivo é que, a partir de 2011, esta gira os contactos com o grupo de doadores, em vez da Humanitarius», adiantou João Almeida, dirigente da associação.

Já «os moldes do protocolo com a Rede Ajuda são diferentes, pois trata-se de uma fusão cooperativa. A Humanitarius confiará à ONG a entrega, aplicação, manutenção e distribuição dos donativos», afirmou.

A segunda novidade é que os municípios parceiros desta associação, Lagos, Portimão e Albufeira, vão ser convidados a apadrinhar três escolas do interior guineense.

Segundo João Almeida, há ainda o grande objectivo de conseguir colmatar uma das faltas da maternidade do Hospital Simão Mendes: uma incubadora para recém-nascidos.

«Além disso, precisamos de produtos de desinfecção e tratamento como gaze esterilizada, acessórios de bebé, compressas, lençóis e cobertas plásticas, bem como produtos alimentares com um largo prazo de validade, como bolachas e massas», sublinhou.

Este ano, «a equipa pretende ainda conseguir levar kits de primeiros socorros e de vacinação, para distribuição no Orfanato Casa Emanuel» e nas escolas do interior, acrescentou.

Quanto às doações, «A Catraia», uma instituição de solidariedade social de Portimão, já deu o exemplo com cerca de 2,5 toneladas. As expectativas são, contudo, mais altas, pois a associação espera conseguir reunir entre 20 a 25 toneladas de donativos.

Por isso, quem estiver interessado em ajudar pode fazê-lo na sede provisória da associação, na Estrada de Alvor, 152, em Portimão, e através do 960120094 ou 282084182.

No entanto, a Humanitarius não tem previstos apenas projectos destinados à Guiné-Bissau. No Algarve, a associação quer criar a «Marcha por um Olhar» para apoiar os deficientes visuais, e o «Inovar, Sénior» e «Inovar, Jovem», que incide na prática de técnicas audiovisuais.

Mas nada será melhor do que visitar o site www.olhar-africa.webnode.com ou www.humanitarius.org para ficar a conhecer um pouco melhor as iniciativas da associação.

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