quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dezenas de activistas na rua para acabar com violência contra mulheres e crianças

Dezenas de activistas guineenses percorreram hoje as ruas de Bissau, capital da Guiné-Bissau, com o objectivo de alertar para a necessidade de acabar com a violência contra as mulheres e crianças do país.

“Há muita violência e tem tendência para aumentar”, afirmou em declarações à agência Lusa Satú Camará Indjai, vice-presidente Rede Nacional de Luta Contra a Violência no Género e Criança.

“A cada dia aumenta o número de violência contra a mulher e é neste quadro que estamos a aproveitar a jornada de 16 dias de activismos para divulgar a convenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental contra a violência na mulher”, disse.

Até 10 de Dezembro, as mulheres guineenses vão realizar várias acções de alerta contra o casamento precoce, casamento forçado, excisão feminina e violência doméstica.

Hoje, entregaram manifestos ao Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, ao primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e à Assembleia Nacional Popular.

“Para cumprirem com os compromissos que assumiram com a assinatura da convenção”, explicou a vice-presidente da Rede, lamentando o facto de existirem leis que não são aplicadas.

“Todos os dias na nossa sede recebemos várias queixas de mulheres violadas por casamento precoce, casamento forçado, excisão feminina e violência doméstica”, referiu.

“Há também uma série de mulheres que morrem devido à violência”, denunciou aquela responsável, para quem é necessário sensibilizar a população sobre os direitos humanos.

“Acho que o parlamento deve fazer mais pelos direitos das mulheres”, disse, lembrando que há cerca de dois meses uma criança que ainda não tinha um ano de idade morreu na sequência da prática de mutilação genital feminina.

Lusa/MSE

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