sábado, 7 de novembro de 2009

Embaixador brasileiro defende línguas nativas de lusófonos

Bissau, 6 nov (Lusa) – O representante permanente do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Lauro Moreira, disse nesta sexta-feira, no final de uma visita à Guiné-Bissau, que é preciso lutar pelo idioma, mas também deve-se respeitar as línguas nativas de cada país.

"Nós temos consciência, na CPLP (…), que todos temos de lutar pela promoção, defesa, divulgação da língua portuguesa (…), com todo o respeito que têm de nos merecer sempre as línguas nativas, que são inúmeras", afirmou o diplomata.

"Um dos nossos desafios é o de aumentar a abrangência dos falantes de português, não em detrimento das línguas nativas ou locais, mas somando-se a elas", explicou.

"Nós temos um tesouro a preservar e nós temos, nestes países, de divulgar e ensinar cada vez mais o português, não em detrimento das línguas nativas, mas em acréscimo a elas”, reforçou Moreira.

O embaixador destacou ainda que a lusofonia "já ultrapassa o universo das pessoas que falam português".

"A lusofonia é muito mais do que um espaço ou o universo dessas pessoas, é um espírito que emerge de 500 anos de convívio", disse Monteiro.

O diplomata viajou à Guiné-Bissau a convite do governo guineense e, durante sua estadia, reuniu-se com o presidente do país, Malam Bacai Sanhá, com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e com vários ministros.

"Nas conversas tratamos de assuntos multilaterais, ou seja, a atenção que a CPLP tem dado à Guiné-Bissau", explicou o embaixador brasileiro.

Sobre a atual situação do país, Monteiro disse que é com "alegria e satisfação que, apesar das grandes dificuldades por que tem passado ultimamente, o país tem conseguido recuperar e seguir o trilho da estabilidade e crescimento".

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