terça-feira, 17 de novembro de 2009

Jornalismo africano tem papel negativo na construção da democracia


– A representante adjunta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, afirmou que a imprensa em África tem um papel negativo.
Lalau Rarisoa, falou na cerimónia de abertura de uma acção de formação sobre a responsabilidade da imprensa e das técnicas de investigação e de reportagem em ambientes sensíveis, destinada aos jornalistas e comunicadores de diferentes rádios comunitários do país.

Rarisoa adiantou esta segunda-feira em Bissau, que esta postura ocorre frequentemente devido à falta de espírito de profissionalismo e de honestidade e que pode ter más consequências no processo da construção do estado do direito, da democracia ou ainda no processo de desenvolvimento do continente negro. De acordo com a representante do PNUD na Guiné-Bissau, a irresponsabilidade na ética e a má técnica jornalística podem ser destrutivas para uma sociedade.

Neste sentido, a funcionária do PNUD citou como exemplo, a «Rádio Mille Collines» do Rwanda. «Infelizmente, os exemplos mais conhecidos são de situações em que o papel dos media era mais negativo, para não dizer destruidor ou devastador, como foi em Ruanda», sublinhou.

As fraquezas morais, ganâncias e a ligeireza de cidadãos inconscientes das suas responsabilidades e a força dos instrumentos que utilizam como instrumentos de trabalho são igualmente, entre outros aspectos invocados por Lalau Rarisoa, falhas e erros com consequências desastrosas.

No caso particular da Guiné-Bissau, a Representante Adjunta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento disse que exercer a profissão de jornalista na Guiné-Bissau é mais que um desafio ou um sacerdócio. «Como jornalistas, aceitarão que a falta de meios, insuficiência de formação ou qualquer outros argumentos desta natureza não vos poderá ilibar do contrato que vos ligou com as vossas comunidades, que necessita da paz, da concórdia e de auto-realização», frisou a funcionaria do PNUD.

As acções de formação para jornalistas incluem-se num projecto com a duração de 3 anos, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento num montante de 1.300.000 milhões de dólares.

Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network

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