quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lista de países que mais desminaram áreas inclui Angola

Lisboa, 12 nov (Lusa) - Angola está incluída entre os oito países que mais áreas conseguiram desminar em 2008, limpando oito dos 1.239 quilômetros quadrados que supõe-se que tenham minas terrestres, revela o relatório "Landmine Monitor 2009", apresentado nesta quinta-feira em Genebra.

Segundo o relatório da Campanha Internacional pelo Banimento das Minas Terrestres (ICBL, na sigla em inglês), em 2008 foram limpos 158 quilômetros quadrados de áreas minadas, o que causou a destruição de 476.875 minas terrestres e 99.466 minas contra carros.

No total, 75% das áreas limpas foram registradas em oito países: Afeganistão, Angola, Camboja, Croácia, Etiópia, Iraque, Sudão e Iêmen.

Angola foi o quarto país que mais área conseguiu desminar, tendo limpado 8,32 quilômetros quadrados de área com minas e 0,27 quilômetro quadrado de regiões de guerra, e retirou de vigilância 34,96 quilômetros quadrados de território.

Em 2007, a área suspeita de estar infestada de minas era calculada em entre 242 e 1.239 quilômetros quadrados.

O relatório afirma ainda que, nesse ano, pelo menos 52 pessoas, quatro a menos que em 2007, morreram ou ficaram feridas em decorrência da explosão de minas.

A campanha angolana de erradicação de minas terrestres recebeu financiamento de US$ 22,1 milhões

Vítimas nos países lusófonos

Moçambique e Guiné-Bissau são os outros países lusófonos onde houve vítimas de minas terrestres em 2008.

Em Moçambique, nove pessoas foram atingidas (38 a menos que no ano anterior), em sua maioria mulheres, e, na Guiné-Bissau, uma foi afetada pelo artefato, enquanto em 2007 foram sete.

Moçambique conseguiu desminar 1,75 quilômetro quadrado de terras, mas extrapolou o prazo para liberar totalmente o território do país das áreas minadas - março deste ano – e perdeu a prorrogação até março de 2014.

Em 2008, a campanha de erradicação de minas em Moçambique recebeu US$ 4,8 milhões .

Estima-se que, na Guiné-Bissau existam 3,2 quilômetros quadrados de áreas minadas e zonas de guerra, e o país conseguiu limpar pouco mais de 100 metros quadrados durante 2008.

Nestes três países lusófonos, os progressos na ajuda às vítimas são considerados lentos, não havendo dados precisos sobre o número de sobreviventes das minas.

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