segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Empresários lusófonos manifestam confiança no país e prometem investimentos

Bissau - Representantes de várias associações empresariais de países da CPLP reunidos em Bissau manifestaram domingo a confiança nas potencialidades da Guiné-Bissau e anunciaram que irão investir em diversas áreas.

Em conferência de imprensa que assinalou a criação da Confederação Empresarial da CPLP, representantes dos empresários de Cabo Verde (Paulo Lima), Angola (António Santos), Brasil (Eduardo Neto), de Moçambique (Abílio Henrique) e Portugal (Francisco Murteira Nabo) manifestaram a sua confiança na Guiné-Bissau.

O representante da confederação da indústria do Brasil, Eduardo Neto, disse que "confia no país tanto que já conseguiu um princípio de negócio" entre uma empresa guineense e outra do Brasil para a transformação de caju na Guiné-Bissau.

"Temos os dois pés assentes na terra, não estamos a falar de coisas com a cabeça nas nuvens, a parceria vai arrancar a todo o vapor", defendeu Eduardo Neto, confiante nas potencialidades da Guiné-Bissau.

"Uma empresa do Estado de Ceará, que também tem caju, queria comprar o caju da Guiné-Bissau, 'in natura', para transformá-lo no Brasil, mas acabei por encontrar uma empresa de cá que quer transformar o caju aqui no país", afirmou o presidente da confederação da industria do Brasil. "Agora é só ligá-las para que comecem a transformar o produto", prosseguiu.

António Santos, presidente da Câmara de Comércio da Angola, assinalou que a Guiné-Bissau "conheceu várias vicissitudes nos últimos anos", mas que tem todas as condições para "atrair os investimentos" dos restantes países lusófonos.

"Falo por experiência própria do meu país (Angola) que conheceu também períodos complicados, mas há seis anos recuperou a paz e hoje caminha de forma segura, acredito que a Guiné-Bissau tem condições para entrar nessa senda", afirmou António Santos.

"Prova de que acreditamos (na Guiné-Bissau) é a nossa presença cá. Isto é como uma criança que tropeça, cai mas sabe sempre reerguer-se e voltar a estar de pé", sublinhou António Santos.

As áreas da agricultura, construção civil e serviços são as que poderão interessar aos empresários cabo-verdianos, segundo Paulo Lima, presidente da Câmara do Comercio de Cabo Verde que vai permanecer na Guiné-Bissau até ao dia 16 de Dezembro para visitas de contactos.

Portugal está a estudar a possibilidade de criação de uma estrutura que possa servir de alavanca às iniciativas empresariais portuguesas na Guiné-Bissau, declarou Francisco Murteira Nabo.

O presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura (CCIA) da Guiné-Bissau, Braima Camará, afirmou que "não é de agora" que acredita nas potencialidades do país e "é reconfortante" observar a manifestação de interesse dos empresários de países lusófonos na Guiné-Bissau.

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