quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cabo Verde, Legado de Amílcar Cabral continua válido, diz PR Pedro Pires

Cidade da Praia - O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, afirmou hoje, quarta-feira, que continua válido" o legado do "pai" das independências da Guiné e Cabo Verde, sobretudo no que diz respeito à "atitude" perante a vida, "lealdade e fidelidade" à
causa independentista.

Pedro Pires falava aos jornalistas após a deposição de uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, que perpetua a imagem, vida e obra do dirigente africano, assassinado em Conacri há precisamente 37 anos, num dia em que tanto Cabo Verde como a Guiné-Bissau celebram como feriado em homenagem aos Heróis Nacionais.

"O importante foi essa atitude, de nunca perder, de procurar ganhar e de acreditar", disse o actual chefe de Estado cabo-verdiano, que conviveu, entre 1956, data da fundação do Partido Africano da Independência (PAI) - movimento que, em 1959, acrescentou o nome
dos dois países, tornando-se PAIGC -, até à data da morte de Amílcar Cabral, a 20 de Janeiro de 1973.

Para o chefe de Estado, o legado de Amílcar Cabral não é material e escrito, mas também a atitude que tinha de ver a vida e de encarar os desafios, bem como a sua lealdade e fidelidade ao seu país.

Por outro lado, considerou que, este ano, a data está a ser comemorada com bastante adesão da população, com actividades "interessantes, que nos falam da História", mas "também nos preparam para enfrentar com determinação o futuro e os desafios, particularmente aqueles com os quais nos confrontamos neste momento".

"Na verdade, a História serve para nos inspirar e nos impulsionar e nos fazer acreditar mais nessas possibilidades. Então, o 20 de Janeiro tem esse condão. É uma espécie do renascimento para vencer", realçou.

Confrontado com as críticas de que quer Cabral quer outros heróis nacionais só serem lembrados no "20 de Janeiro", críticas agravadas pelo facto de muitos cabo-verdianos desconhecerem a História de Cabo Verde, Pedro Pires respondeu tratar-se de uma
"responsabilidade de todos".

Pedro Pires foi mais longe, acrescentando que o que tem sido feito em prol de Amílcar Cabral e dos heróis nacionais "só acontece porque ainda há gente viva que representa esses valores".

Por outro lado admitiu que o desconhecimento dos cabo-verdianos passa pelo facto de a História, neste domínio, "é ainda muito recente", o que, na sua opinião, "dificulta algum juízo de valor".

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