sábado, 30 de janeiro de 2010

Dois alemães detidos alegam que são funcionários da televisão Deutsche Welle

Os dois alemães detidos quinta-feira no sul da Guiné-Bissau por suspeita de envolvimento em tráfico de droga alegam que estavam de férias no país e que são um realizador e um assistente de realização da televisão alemã Deutsche Welle.

Os dois alemães - um de origem tunisina e o outro de origem iraquiana -, um cidadão guineense e um funcionário do Ministério do Interior da Guiné-Bissau foram detidos pelo militares numa operação realizada com a presença da imprensa nacional e estrangeira.

Em declarações aos jornalistas, o guineense detido, que conduzia a viatura, afirmou que estava no local a passar férias com os amigos que conheceu na Rússia e que os dois alemães são um realizador e um assistente de realização da Deutsche Welle.

Na altura da operação militar, sempre acompanhada pela imprensa, foram apreendidos vários objectos e um veículo todo o terreno com uma matrícula guineense e outra da Guiné-Conacri.

Hoje, em conferência de imprensa, o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas do país, Zamora Induta, mostrou aos jornalistas um aparelho, que serve para iluminar até 500 metros de altura.

“Como podem constatar (…) tem uma capacidade de 500 metros de altura com raio entre um a dois metros”, explicou.
Tudo indica que são objectos que utilizam para sinalização dos aviões que utilizam para tráfico de droga”, sublinhou.

Questionado pelos jornalistas sobre a ausência de pistas de aterragem no local, junto a uma praia com um extenso areal, Zamora Induta disse que naquela área nunca existiu uma pista.

“O que eles fazem é utilizar as praias de longa extensão que possibilitam a aterragem de helicópteros, mesmo se for necessário a noite”, explicou.

O CEMGFA guineense explicou igualmente que nos últimos dias houve sobrevoo de aeronaves naquela zona do país.

“O que eles têm feito é a procura de zonas de menos acesso possível. São zonas que eles escolhem para essas práticas”, disse.

Zamora Induta estranhou o facto de dois turistas estarem numa zona tão remota da Guiné-Bissau, sublinhando que, por norma, os turistas frequentam as ilhas e o norte do país.

“Aquele lugar, por ser de muito difícil acesso, não sei como é que seria uma boa opção para esses indivíduos irem lá fazer turismo”, disse.

Sobre se os dois alemães serão de facto funcionários da televisão alemã, Zamora Induta especificou que a informação está a ser verificada.

“Hoje estão a dizer coisas diferentes. Não estão a repetir a mesma coisa que disseram ontem”, referiu.

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