terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Governo da Guiné-Bissau acredita que 2010 será o ano de consolidação das reformas no país

Lusa-11/01/10
O Presidente e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau afirmaram hoje que acreditam que 2010 vai ser o ano em que o país ira consolidar as suas reformas, reconciliar-se e relançar a actividade económica.

Em discursos proferidos no Parlamento por ocasião do novo ano, tanto o Presidente como o chefe do Executivo guineense consideraram existir "fundadas razões para acreditar" que 2010 será o "ano da Guiné-Bissau".

Para o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, os sinais já foram dados com a recente avaliação feita ao desempenho macroeconómico do Fundo Monetário Internacional, "que deixou um registo positivo sobre a gestão económica e financeira do Governo".

"O ano de 2009, que agora findou, ficou marcado por situações que podemos qualificar de tristes e dramáticos e que conduziram à realização de eleições presidenciais antecipadas", defendeu o Presidente guineense.

Malam Bacai Sanhá disse, por isso, que espera que 2010 "se realize sob o signo da paz, estabilidade e reconciliação" entre os guineenses e traga a "tão necessária e almejada prosperidade e desenvolvimento" da Guiné-Bissau.

O Presidente guineense afirmou que para se alcançar esses objectivos é "necessário elevar os níveis de confiança" entre os órgãos de soberania de forma a resolver todos os problemas do país no quadro da interdependência e diálogo.

Para o chefe de Estado guineense, só com a serenidade, ponderação e responsabilidade os titulares dos órgãos de soberania poderão ultrapassar os desafios que se colocam ao país.

Malam Bacai Sanhá pediu, porém, que se acabe no país com a cultura da confrontação e de intrigas que, segundo disse, "só conduzem ao descalabro na gestão da coisa pública e à inversão dos valores da sociedade".

A manutenção da estabilidade no país é, para o Presidente guineense, factor essencial para se alcançar as metas preconizadas pelo FMI, de forma a integrar a Guiné-Bissau no grupo de países altamente endividados e perdoada a dívida externa.

A Guiné-Bissau conta ver perdoada 70% da sua dívida externa.

De acordo como primeiro-ministro, a dívida externa da Guiné-Bissau está orçada em mais de 1500 milhões de dólares americanos (1033 milhões de euros).

Malam Bacai Sanhá saudou igualmente os esforços empreendidos pelo Governo, pagando salários aos funcionários públicos, e as acções em curso no âmbito da transparência da vida pública, bem como o combate ao crime organizado e ao narcotráfico.

Sem comentários:

Enviar um comentário