sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Situação de Bubo Na Tchuto permanece uma incógnita um mês depois de refúgio na ONU

Bissau - O futuro do antigo chefe da Armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, continua a ser uma incógnita um mês depois de se ter refugiado nas instalações da ONU em Bissau e as informações sobre o assunto são contraditórias.

As autoridades guineenses permanecem em silêncio em relação ao assunto do ex-chefe da Armada, que fugiu do país em Agosto de 2008 e se exilou na Gâmbia, depois de ter sido acusado de tentativa de golpe de Estado, tendo regressado a Bissau a 28 de Dezembro de 2009 e procurado refúgio nas instalações da ONU.

As Nações Unidas, por seu lado, remetem para as autoridades qualquer esclarecimento sobre o assunto.

Fontes militares guineenses afirmaram que o contra-almirante deveria sair imediatamente daquelas instalações para um quartel militar, aguardando-se o regresso ao país do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e do Presidente, Malam Bacai Sanhá.

Contudo, nas últimas semanas vários rumores davam conta da saida de Bubo Na Tchuto da ONU.

As fontes divergem também em relação ao local onde Bubo Na Tchuto permanecerá depois de sair daquelas instalações.

Dois semanários guineenses destacam hoje os 30 dias de Bubo Na Tchuto nas instalações da ONU, em Bissau. O Diário de Bissau refere: "Caso de Bubo em stand by...", sublinhando que "neste momento mantém-se a situação de não notícia".

"Parece que ninguém quer tomar o protagonismo para ultrapassar a situação, deixando espaço aos agitadores, boatos e contra-informação", acrescenta o Diário de Bissau.

Já o Última Hora noticia que um mês depois de Bubo Na Tchuto se ter refugiado nas instalações da ONU "Militares mantêm cerco à sede das Nações Unidas".

"Ninguém consegue explicar as razões pelas quais os militares guineenses cercaram a sede da ONU", acrescenta o semanário.

No passado dia 08, o Governo e a representação local da ONU assinaram um acordo para a entrega voluntária do contra-almirante e o início de consultas com Bubo Na Tchuto para que abandone voluntariamente as instalações para ser entregue às autoridades de Bissau.

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