segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Antigo PM e ex-Ministro das Finanças na mira do Ministério Público

O processo sobre o caso do desaparecimento de 674 quilos de cocaína do tesouro público guineense em 2006, apresentou novos desenvolvimentos.

Por terem sido eleitos deputados na presente legislatura, o Ministério Público pediu à Assembleia Nacional Popular, informações sobre os estatutos de Aristides Gomes, primeiro-ministro na altura do desaparecimento da droga, e Victor Mandinga, então ministro das Finanças, para que passam ser ouvidos no âmbito do processo. O primeiro suspeito constituído arguido neste processo trata-se de Mamadu Saico Djalo, na altura Secretário de Estado da Ordem Pública.

O pedido do Ministério Público datado de 26 de Janeiro visa «facilitar as devidas diligências e eventuais notificações que possam vir a ser requeridas» ao antigo Chefe do Governo e o ex- titular da pasta das Finanças.

O caso do desaparecimento dos 674 quilos de cocaína representa um dos processos mais mediáticos que o Ministério decidiu retomar, depois de ter sido esquecido há mais de três anos.

Situação de Bubo Na Tchuto permanece uma incógnita

O futuro do antigo chefe da Armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, continua a ser uma incógnita um mês depois de se ter refugiado nas instalações da ONU em Bissau e as informações sobre o assunto são contraditórias.
As autoridades guineenses permanecem em silêncio em relação ao assunto do ex-chefe da Armada, que fugiu do país em Agosto de 2008 e se exilou na Gâmbia, depois de ter sido acusado de tentativa de golpe de Estado, tendo regressado a Bissau a 28 de Dezembro de 2009 e procurado refúgio nas instalações da ONU.
As Nações Unidas, por seu lado, remetem para as autoridades qualquer esclarecimento sobre o assunto.
Fontes militares guineenses afirmaram que o contra-almirante deveria sair imediatamente daquelas instalações para um quartel militar, aguardando-se o regresso ao país do Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, e do Presidente, Malam Bacai Sanhá.
Contudo, nas últimas semanas vários rumores davam conta da saída de Bubo Na Tchuto da ONU.

As fontes divergem também em relação ao local onde Bubo Na Tchuto permanecerá depois de sair daquelas instalações.

Dois semanários guineenses destacaram na semana passada os 30 dias de Bubo Na Tchuto nas instalações da ONU, em Bissau. O Diário de Bissau refere: "Caso de Bubo em stand by...", sublinhando que "neste momento mantém-se a situação de não notícia".
"Parece que ninguém quer tomar o protagonismo para ultrapassar a situação, deixando espaço aos agitadores, boatos e contra-indicação", acrescenta o Diário de Bissau.

Já o Última Hora noticia que um mês depois de Bubo Na Tchuto se ter refugiado nas instalações da ONU "Militares mantêm cerco à sede das Nações Unidas".

"Ninguém consegue explicar as razões pelas quais os militares guineenses cercaram a sede da ONU", acrescenta o semanário.

No passado dia 08 de Janeiro, o Governo e a representação local da ONU assinaram um acordo para a entrega voluntária do contra-almirante e o início de consultas com Bubo

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