sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Bacai Sanhá satisfeito com resultados alcançados em Portugal


O presidente da Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanhá, ficou "satisfeito com os resultados" da sua primeira visita oficial a Portugal, onde encontrou pessoas dispostas e prontas "para ajudar a resolver os grandes problemas" que o seu país enfrenta.


"Encontramos um Portugal aberto para cooperar com a Guiné-Bissau, o que para nós e extremamente importante. Sentimos que efectivamente Portugal está onde esperávamos que estivesse: na linha da frente no combate para a conservação e desenvolvimento do processo democrático na Guiné-Bissau e para lançamento do país para o desenvolvimento", afirmou Malan Bacai Sanhá.


Numa conferência de imprensa, em Lisboa, o chefe de Estado guineense, que ontem terminou a sua visita oficial de dois dias, realçou que sai "satisfeito de Portugal" e com a "consciência clara de que efectivamente valeu a pena termos vindo".


"Encontrámos um pais irmão, encontramos amigos e pessoas dispostas e prontas para ajudar a resolver os grandes problemas que temos, que são o problema da estabilidade e do desenvolvimento", reiterou.


Malan Bacai Sanhá sublinhou que a reunião que manteve durante a manhã de ontem com empresários portugueses foi "um momento muito importante da visita".


"Encontrei várias pessoas disponíveis para nos ajudar. Nós vamos tentar valorizar e dar espaço a essa vontade", afirmou, explicando que "o mais essencial" que foi discutido nesse encontro foi a "necessidade de preservação do clima de paz e de estabilidade que reina hoje na Guiné-Bissau e a disponibilidade de Portugal de contribuir para o desenvolvimento do país".


"Sem estabilidade politica não há investimento e não há desenvolvimento. Igualmente sem desenvolvimento dificilmente teremos a estabilidade politica necessária. É preciso conjugar estes esforços", referiu.


O presidente da Guiné-Bissau disse ainda que Portugal se mostrou "disponível" para participar na organização da mesa-redonda de doadores para a Guiné-Bissau, que deverá realizar-se no próximo mês de Abril, sem ter adiantado, no entanto, onde é que esse encontro se irá realizar.


"Isso é um problema interno da Guiné, vamos tratar disto lá em casa", disse Malan Bacai Sanhá, que amanhã deixa Portugal rumo ao Mali, onde participará numa conferência de chefes de Estado da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA), antes de regressar a Guiné-Bissau.

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