quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ONU e UA satisfeitas com progressos alcançados garantem apoio ao país

Bissau - As Nações Unidas e a União Africana (UA) elogiaram hoje, terça-feira, os "progressos assinaláveis alcançados" na Guiné-Bissau nos últimos meses e anunciaram a disponibilidade das duas organizações para apoiar o país.
A posição foi transmitida hoje à imprensa por emissários das duas organizações que visitaram Bissau durante algumas horas e depois de encontros com elementos do governo e com o Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá.
Said Djinnid, representante do secretário-geral das Nações Unidas para a África Ocidental e Ramtane Lamamara, comissário para a paz e segurança da União Africana, consideraram que a Guiné-Bissau alcançou progressos e soube ultrapassar "com firmeza os momentos difíceis de 2009", tendo realizado eleições presidenciais "com sucesso".
"O ano 2009 foi um ano de desafio, particularmente com os trágicos acontecimentos que se abateram sobre o país, mas também foi um ano de promessa pela forma como as eleições foram realizadas, com sucesso", defendeu Ramtane Lamamara.
Para o comissário para a paz e segurança da União Africana, a Guiné-Bissau "deu uma lição importante à comunidade internacional", pela forma pacífica como soube resolver os problemas internos.
Lamamara afirmou que daqui para a frente a Guiné-Bissau só pode esperar apoios da comunidade internacional para se lançar na senda da reconstrução e do desenvolvimento.
Indagado sobre o teor das conversas com as autoridades guineenses, o representante do secretário-geral da ONU para África Ocidental disse que todas as questões da paz e segurança foram abordadas, mas dentro da perspetiva africana.
Said Djinnid admitiu que o caso do ex-chefe da Armada guineense, Bubo Na Tchuto, refugiado na sede da ONU em Bissau há cerca de dois meses, foi tema da conversa com o Presidente Malam Bacai Sanhá, mas escusou-se a fornecer mais informações.
"O nosso representante em Bissau, o senhor Mutaboba está em contacto com as autoridades do país, ele poderá falar desse assunto no momento oportuno, em função da evolução da situação", afirmou Djinnid.
A delegação da ONU e da UA também esteve no Níger e na Guiné-Conakry, com o objectivo de auscultar os responsáveis destes países sobre a situação política.

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