quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Procurador-Geral da República pede apoio dos EUA e das Nações Unidas


Bissau – O Procurador-geral da República (PGR), Amine Saad solicitou à embaixada dos EUA, rapidez no cumprimento do acordo entre os dois países que prevê o envio de um Procurador judicial a Bissau.

Amine Saad, instou esta quarta-feira, em Bissau, o Adido dos Assuntos Políticos da Embaixada dos EUA, no sentido do cumprimento, «no mais curto espaço de tempo» do acordo firmado com o Governo da Guiné-Bissau que prevê o envio de um Procurador judicial norte-americano, que deverá apoiar e também participar nos processos a serem investigados pelo Ministério Público.

O pedido de Amine Saad, ouvido na audiência concedida a este responsável, foi extensivo ao escritório das Nações Unidas Contra a Droga e o Crime Organizado, cujos representantes também recebeu no seu gabinete. O Procurador-geral da República, formalizou o pedido do envio de um jurista experiente da ONU para integrar a equipa dos magistrados do Ministério Público, que investiga o caso dos 674 quilos de droga, desaparecidos dos cofres do Tesouro Público guineense, em 2006.

O processo foi recentemente reactivado, tendo sido ouvido, e constituído suspeito, o ex-Secretário de Estado da Ordem Pública, Mamadu Saico Djalo. Ainda serão ouvidos no âmbito deste processo, o antigo Primeiro-ministro, Aristides Gomes, e o ministro das Finanças da altura, Victor Mandinga.

Para Amine Saad, a iniciativa de solicitar o apoio da ONU e dos EUA nas investigações judiciais, nomeadamente sobre os assassinatos do ex-Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Batista Tagme Na Wayé, e do antigo Presidente da República, «Nino» Vieira, e do caso da alegada tentativa de golpe de Estado, que resultou nas mortes de Baciro Dabo, então candidato presidencial, e Hélder Proença, ex-ministro da Defesa, visa reforçar a credibilização e prestigio da justiça, sendo «esta a condição indispensável para o cimentar do Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau», refere um comunicado do gabinete de imprensa do PGR.

Lassana Cassamá

(c) PNN Portuguese News Network

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