quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estados Unidos congelam bens do chefe da força aérea da Guiné-Bissau



O Governo Federal norte-americano anunciou o congelamento dos bens do chefe da força aérea da Guiné-Bissau nos Estados Unidos. O Tesouro norte-americano acusa o brigadeiro-general Ibrahima Papa Camará de participar no tráfico de droga na Guiné-Bissau.

Também o antigo chefe do estado-maior da marinha é alvo de sanções idênticas. O contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto é acusado de vários crimes relacionados com o tráfico de droga, entre os quais o desvio de 600 quilos de cocaína interceptados a bordo de um avião proveniente da Venezuela em Julho de 2008.

As forças armadas são uma das mais poderosas instituições da Guiné-Bissau, uma nação regularmente marcada por crises e assassínios político-militares. No dia um de Abril o país foi sacudido pela deposição do CEMGFA, almirante Zamora Induta, levada a cabo pelo seu adjunto, o general António Indjai.

No mesmo dia o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, considerado como próximo do general Induta, foi detido, ameaçado de morte e colocado em residência vigiada.

Washington apelou ao regresso da ordem constitucional: "As medidas hoje anunciadas sublinham o papel nefasto que a corrupção ligada ao tráfico da droga desempenham na África Ocidental, em particular na Guiné-Bissau", sublinha o comunicado do Tesouro norte-americano.

A Guiné-Bissau transformou-se nos últimos anos num importante ponto de trânsito e de armazenagem para a droga sul-americana destinada à Europa.

As sanções individuais de que Camará e Na Tchuto são alvo, determinam o congelamento dos bens que os dois militares possam ter em território dos Estados Unidos e proíbem também a qualquer cidadão norte-americano de negociar com eles.

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