sexta-feira, 14 de maio de 2010

CEMFA de Cabo Verde considera "um sucesso" a missão militar

Cidade da Praia - O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA) cabo-verdianas afirmou quinta-feira que a missão da CEDEAO feita na semana passada à Guiné-Bissau foi um sucesso, mas se recusou explicar as razões que impediram um encontro com Zamora Induta.


Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), o coronel Fernando Pereira, que integrou uma missão de chefes militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), sublinhou que, antes de dar a conhecer à comunicação social os pormenores da visita, terá primeiro de o fazer junto do Governo.

"Fomos à Guiné-Bissau na sequência dos acontecimentos de 01 de Abril. A nossa missão teve como base um termo de referência, em que se diz claramente o que íamos fazer. Considero que cumprimos a nossa missão, que era difícil de não cumprir", defendeu.

A missão era integrada por quatro chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) de outros tantos países da sub-região oeste africana - Cabo Verde, Gana, Libéria e Togo -, bem como pelo presidente da Comissão para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da CEDEAO.


"A missão foi bem sucedida. Tínhamos de ver, no terreno, as questões que estiveram na origem da crise e o que se está a fazer para ultrapassar a situação", insistiu, lembrando que foi elaborado e aprovado um relatório, entretanto já enviado para a Comissão da CEDEAO.

O CEMFA cabo-verdiano indicou, por outro lado, que foi reforçada a intenção de realizar na Guiné-Bissau a próxima reunião do Comité de CEMGFA da CEDEAO, "como forma de exercermos aquilo que considero ser a diplomacia militar".


"Não posso dizer mais nada, porque ainda estou a trabalhar a parte que me cabe. Para estar na missão fui autorizado pelo Governo de Cabo Verde e é ao Governo de Cabo Verde que devo apresentar o relatório em primeira mão. Não posso avançar com mais pormenores", concluiu.

A deslocação de uma missão militar da CEDEAO à Guiné-Bissau surgiu na sequência dos acontecimentos de 01 de Abril último, que levaram à destituição e detenção do CEMGFA guineense, almirante Zamora Induta.

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