sábado, 15 de maio de 2010

LUÍS AMADO EM BISSAU Portugal defende apoio ao "processo de reformas" na Guiné-Bissau

O ministro português dos Negócios Estrangeiros defendeu em Bissau a "continuação do esforço de apoio ao processo de reformas nos diferentes sectores da vida" do país. Luís Amado considera fundamental "arranjar uma solução política para a situação que se criou" a 1 de Abril com a intervenção militar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que é possível "manter a esperança que o país ultrapassará mais esta dificuldade" se a "comunidade internacional, a União Europeia, a ONU, os países vizinhos" mantiverem vontade de "continuar a trabalhar com a Guiné-Bissau".
A 1 de Abril deste ano uma intervenção militar criou instabilidade política no país. O primeiro-ministro e o chefe das Forças Armadas foram então detidos. O chefe do Governo foi mais tarde libertado mas o responsável das Forças Armadas continua detido.

Numa visita de poucas horas a Bissau, Luís Amado encontrou-se com a ministra dos Assuntos Parlamentares e com o presidente da Guiné.

"É importante que as instituições da Guiné-Bissau, em particular o Governo, legítimo, democraticamente eleito, e o senhor Presidente da República, democraticamente eleito por todos os guineenses, tenham o apoio da comunidade internacional, dos países amigos, da União Europeia, da ONU para que a situação difícil que o país ainda hoje conhece possa ser ultrapassada", disse o ministro português.

"É por isso que a minha vinda aqui hoje é um sinal de confiança da capacidade do senhor Presidente da República de ultrapassar a situação complexa e difícil e que possa a breve prazo encontrar soluções para os problemas que o sistema político da Guiné hoje conhece", afirmou Luís Amado.

O responsável português lembrou que "o incidente de 1 de Abril não pode ser ignorado" porque se trata de "um incidente muito grave do ponto de vista das relações entre o poder político e o poder militar num Estado democrático". Mas, acrescentou, "é preciso que trabalhemos na procura" de soluções.

"Não é preciso criar mais problemas do que aquelas que nós já temos", disse. "A Guiné-Bissau vai saber encontrar o seu caminho para que no seio da comunidade das Nações seja um Estado respeitado e um Estado com voz própria".

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