terça-feira, 8 de junho de 2010

O primeiro-ministro, de Cabo Verde José Maria Neves, considera “excessivas" notícias sobre crise na Guiné-Bissau



O primeiro-ministro, José Maria Neves, disse, segunda-feira, na Praia, que as últimas notícias divulgadas pela comunicação social sobre a Guiné-Bissau "têm sido excessivas" , adiantando que se aguarda para breve a normalização da crise.

Falando numa conferência de imprensa antes de deixar o país para uma visita oficial a Portugal, o chefe do Governo cabo-verdiano não quis comentar uma alegada demissão do seu homólogo Bissau-guineense, Carlos Gomes Júnior, que, no passado fim de semana se avistou em Paris (França) com o presidente da Guiné-Bissau, Malan Bacai Sagná, um enocntro em que esteve também presente o o presidente de Cabo Verde, Pedro Pires. José Maria Neves não quis também comentar o facto de Carlos Gomes Júnior estar fora de Bissau há quase dois meses, admitindo, todavia, que estão em curso discussões internacionais para apoiar a normalização da crise guineense.

O primeiro-ministro cabo-verdiano reiterou a intenção de visitar a Guiné-Bissau ainda este mês, assim que o seu homólogo guineense regressar a Bissau, uma declaração interpretada por observadores como sendo mais uma achega em relação à não demissão de Carlos Gomes Júnior.O chefe do Executivo cabo-verdiano anunciou também que Cabo Verde vai acolher no início de Julho uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) totalmente consagrada ao impasse político e militar que se vive na Guiné-Bissau.José Maria Neves salientou que a data precisa do encontro está ainda por definir.Entretanto, fontes do Ministério cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros revelaram à imprensa que o processo visando a resolução da crise político-militar que se instalaou na Guiné-bissau, depois dos acontecimentos de 1 de Abril passado, está a ser tratado "com muito cuidado e discrição". As mesmas fontes admitiram que poderá estar para breve o regresso a Bissau de Carlos Gomes Júnior, embora também não tenham afastado o cenário de uma demissão do chefe do Governo da Guiné-Bissau.

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