quinta-feira, 24 de junho de 2010

PGR quer maior envolvimento dos EUA e das Nações Unidas


Bissau – A Guiné-Bissau quer uma maior implicação dos EUA e da ONU nos processos sobre os mais recentes assassinatos ocorridos no país.

As autoridades guineenses quase que viram cumprida a promessa da Administração norte-americana, numa altura em que se acentuam as vozes quanto à necessidade de aligeirar o processo de investigação das mortes de «Nino» Vieira, Tagme Na Wayé, Baciro Dabo e Hélder Proença.

Uma delegação enviada por Washington para preparar a deslocação de um Procurador norte-americano que vai trabalhar juntamente com as instâncias judiciais nacionais nos processos mais candentes, esteve reunida na sexta-feira com o Procurador-geral da República.

Foi uma reunião que durou cerca de uma hora e que serviu de apresentação dos planos, ou agendas de trabalho, ao Ministério Público, com o qual o magistrado norte-americano vai trabalhar durante o tempo em que estiver na capital guineense, para investigar e, eventualmente julgar, os processos ligados ao narcotráfico e crime organizado na Guiné-Bissau.

Durante a reunião, o Procurador-geral da República, Amine Saad, disse aos jornalistas ter informado a delegação norte-americana que, mesmo concluindo os processos de investigação sobre as mortes ocorridas nos dois últimos anos, estes não serão acusados sem que tenham o «selo de garantia» das autoridades judiciais norte-americanas ou das Nações Unidas, argumentando que é preciso manter a imagem positiva da Guiné-Bissau.

O pedido das autoridades guineenses ao Governo dos EUA para acompanhar e reforçar as investigações, aconteceu depois dos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Wayé, em Março de 2008, até porque na altura, Washington enviara para Bissau uma equipa do FBI. Essa equipa trabalhou com a Polícia Judiciária guineense, tendo daí resultado um relatório, cujo conteúdo deverá fazer parte do processo.

A delegação norte-americana, chefiada por uma Procuradora, deixa Bissau e lava para Washington todos os elementos, que necessitava para preparar a deslocação do Procurador judicial a Bissau, que segundo informações disponíveis deverá estar na capital guineense até Setembro deste ano.

(c) PNN Portuguese News Network

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