quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pedro Pires condena interferência militar na política da Guiné-Bissau


Praia - O Chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires, condenou esta terça-feira, na cidade da Praia a interferência da instituição militar guineense na vida política da Guiné-Bissau.

Segundo Pedro Pires, «a situação da Guiné-Bissau é uma questão que está na nossa agenda comum, mas também na agenda da CEDEAO, da União Africana e da Organização das Nações Unidas, porque ela é complexa, e por isso pede uma abordagem realista, inteligente para se poder encontrar os caminhos para a sua solução».

Pedro Pires, sublinhou entretanto, que a Guiné-Bissau tem os seus poderes legítimos eleitos, nomeadamente, o Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Governo, «mas que existe um outro poder que interfere frequentemente na vida política do país», a instituição militar.

O Presidente cabo-verdiano avançou, por outro lado, que os chefes de Estado da CPLP irão abordar este assunto na VIII Cimeira a decorrer em Luanda, Angola, daqui a menos de duas semanas, em cuja agenda de trabalhos se incluirá também o interesse manifestado pela Guiné Equatorial, em tornar-se membro de pleno direito da comunidade.

Já o Presidente de Portugal foi mais diplomático em palavras ao abordar a a questão Guiné-Bissau com a imprensa. Cavaco Silva disse que «depositamos neste momento grande confiança no acompanhamento da situação no âmbito da CEDEAO, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da União Europeia e Nações Unidas, para dar um contributo no fortalecimento do país».

(c) PNN Portuguese News Network

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