terça-feira, 31 de agosto de 2010

Empresas privadas guineenses pagam tarde

africaUrbanista_Bissau Bissau – O inspector-geral da administração pública guineense afirmou, esta quinta-feira, que o não pagamento dos salários a tempo é um dos maiores problemas das empresas privadas na Guiné-Bissau.

O inspector-geral da administração pública guineense, Augusto Sanca, acrescentou ainda que as dívidas e acumulações de salários, más condições e excesso de horas de trabalho, omissão de informações sobre os direitos dos funcionários, assim como os abusos por parte dos próprios patrões, são outros dos problemas verificados no sector empregador privado.

Em declarações à PNN, Augusto Sanca disse que esta situação tem contribuído muito para o aumento do números de funcionários que são obrigados a recorrer à sua instituição para tentar resolver as suas situações com as entidades empregadoras.


«Quando é assim, os funcionários não sabem qual é os direitos que lhes assistem relativamente a quando e como é que se devem ausentar dos seus postos de trabalho», disse o inspector. Em relação aos empregadores, Augusto Sanca afirmou ser a procura de mais lucro o seu maior empenho.


«O empregador tem sempre a tendência a ir buscar ganhos às mãos dos empregados, utilizando-o fora do horário normal de trabalho», disse Augusto Sanca. Neste sentido, o responsável máximo pela inspecção na administração pública guineense, informou que a carga horária normal não pode ultrapassar quarenta e cinco horas semanais.


Visivelmente indignado com esta realidade, Augusto Sanca frisou que, no mínimo, os empregadores deviam ter em conta questões humanitárias, lembrando que a lei prevê que as horas extra deverão acontecer de comum acordo entre a entidade empregadora e o empregado, e que estas não devem exceder mais de duas horas diárias e em dois anos não podem ser mais de cento e vinte horas.
Por outro lado, Augusto Sanca disse ainda, que muitos funcionários se encontram longe de seus postos de trabalho, uma situação que os responsáveis de empresa não têm em consideração. A diferença entre o comportamento dos funcionários e empregadores, foi um aspecto destacado por este responsável.


Instado a fazer uma comparação entre as instituições públicas e privadas em termo de cumprimento das normas legais, Augusto Sanca não tem dúvida que os proprietários das empresas privadas sãos os que mais queixas têm junto da sua instituição.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

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