quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Guiné-Bissau/Música : Kimi Djabaté encerra hoje ciclo de verão no Museu do Chiado

Kimi-Djabate-375-txt Lisboa - O guitarrista e percussionista Kimi Djabaté actua hoje (quinta-feira) a solo no Jardim de Esculturas do Museu do Chiado, num espectáculo que encerra o ciclo de verão realizado neste local todas as quintas-feiras de Julho a Agosto de 2010. 

Intérprete da Kora e do balafón, instrumento que começou a aprender a tocar aos três anos, Kimi Djabaté é oriundo da aldeia de Tabato (Guiné-Bissau) e é descende de uma família secular de músicos mandingas - um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental e de "griots", contadores de histórias daquela região africana. 

Os mandingas vivem principalmente na África Ocidental, sobretudo, na Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné, Mali, Serra Leoa, Mauritânia, Côte d'Ivoire, Senegal, Níger, e Burkian Faso.

Por seu turno, os "griots" vivem, sobretudo, em países como o Mali, Senegal, a Gâmbia e Guiné. 

"Karam" (2009) é o segundo álbum do músico, editado no Ocidente e o primeiro com distribuição internacional que foi muito bem acolhido pela crítica. O cantor deverá interpretar no espectáculo que encerra o ciclo de verão do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado.

Este trabalho discográfico - centrado sobre África e os problemas políticos e sociais que atingem o continente - foi gravado em Portugal, é cantando em mandinga e foi considerado o segundo melhor na categoria de World Music pela BBC Rádio 3 - Awards for World Music. 

O primeiro disco de Kimi Djabaté - "Teriké" - é de 2005. 

Kimi Djabaté já actuou em vários espaços em Lisboa, entre os quais na galeria Zé dos Bois. Tocou com os Tama Lá e colaborou com músicos como Mory Kanté, Waldemar Bastos, Manecas Costa e Djumbai Jazz, entre outros. 

O espectáculos - de entrada gratuita - vai começar às 19:30 e proporcionará também visita ao museu, aberto até às 22:00 (com ingresso a custo zero a partir das 18:00). 

Rodrigo Amado Motion Trio, Tigrala, Jorge Lima Barreto, Cian Nugent, JP Simões foram os artistas que atuaram neste ciclo, que começou com uma exposição temporária de Nadir Afonso, intitulada "Nadir Sem Limites" e que integrou também visitas orientadas e oficinas pedagógicas vocacionadas para pais e filhos.

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