terça-feira, 28 de setembro de 2010

Guiné-Bissau celebra a independência sem representantes máximos

malambacaisanhapnn-editada Bissau – A Guiné-Bissau celebrou esta sexta-feira, pela primeira vez, os 37 anos da sua independência sem o Presidente da República, da Assembleia Nacional Popular (ANP) e sem o primeiro-ministro.

Foram lugares deixados pelos responsáveis directos da mais alta magistratura, com o Chefe de Estado, Malam Bacai Sanhá, em Nova Iorque, na Assembleia Geral das Nações Unidas. À Rádio das Nações Unidas, em Nova Iorque, destacou, entre outros aspectos os apoios da comunidade internacional à Guiné-Bissau, assim como o facto do processo de reforma dos sectores da Defesa e Segurança se encontrar numa fase «avançada».


Já o presidente do Parlamento guineense, na companhia do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, esteve no Mali, onde assistiu às comemorações dos 50 anos da independência do país. O Chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior, esteve em representação do país na Expo 2010, que decorre em Xangai, na República Popular da China.


O sector de Quinhamel, na Região de Biombo, no norte da Guiné-Bissau, foi palco de algumas actividades culturais e políticas nas comemorações dos 37 anos da independência nacional. Sob a liderança da ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social, Assuntos Parlamentares e porta-voz do Governo, Adiatu Djalo Nandigna, o Executivo convocou representantes da comunidade internacional para um jantar de confraternização alusivo ao 24 de Setembro. No encontro estiveram pouco mais de três membros do Governo, entre ministros e secretários de Estado.


Falando aos presentes, Adiatu Djalo Nandigna disse que a Guiné-Bissau assinala o momento numa fase em que os indicadores de instabilidade político-militar ensombram fortemente os indicadores da paz e do desenvolvimento. Nesta óptica, a governante lançou um apelo aos guineenses para que abracem os momentos que os unem deixando as causas que os dividem.


Por outro lado, Djalo Nandigna, em representação do primeiro-ministro, sublinhou, citando palavra de Amílcar Cabral, que «temos de ter cada dia mais consciência dos erros e faltas que fizemos, para podermos corrigir o nosso trabalho e agir cada dia melhor». São palavras que fazem eco na memória colectiva, no sentido de uma efectivação de reconciliação, paz e promoção do desenvolvimento e do bem-estar da população.

Sobre a data da independência, os guineenses mostram-se preocupados e pessimistas quanto ao desenvolvimento do país, citando entre vários acontecimentos que marcaram o país, os dias 1 e 2 de Março 2009, 4 e 5 de Junho do mesmo ano e ainda o golpe militar de 1 de Abril deste ano.

Sumba Nansil


(c) PNN Portuguese News Network

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