sábado, 25 de setembro de 2010

A Guiné e o futuro

25 de Setembro, 2010


A Guiné-Bissau comemorou ontem 37 anos de independência, proclamada pela Assembleia Constituinte do PAIGC a 24 de Setembro de 1973, em Boé, após 11 anos de luta armada de libertação.


Portugal só reconheceu a independência a 10 de Setembro de 1974, após a Revolução dos Cravos e o Acordo de Argel assinado entre o PAIGC e o Governo português, a 26 de Agosto de 1974.


Na altura, a Guiné-Bissau e Cabo Verde estavam inseridos num projecto comum de unidade, concebido pelo PAIGC de Amílcar Cabral. Com as independências, os dois países passaram a ser dirigidos por um único partido, o PAIGC, até 1980.


O golpe de Estado levado a cabo pelo “Movimento Reajustador” a 14 de Novembro em 1980, liderado pelo então Primeiro-Ministro
“Nino Vieira”, pôs fim ao projecto da unificação dos dois países.
Ontem, para assinalar a data , o Presidente da Guiné-Bissau, Bacai Sanhá, dirigiu uma mensagem à Nação e lançou um debate nacional sobre a missão internacional de estabilidade para Guiné-Bissau, ideia que não reúne consenso nacional.


“O mais importante para todos é que estas contribuam para as reformas na defesa e segurança e consequentemente para a estabilização do país”, afirmou Bacai Sanhá.


Passados 37 anos da independência, as finanças públicas emergem como o lado bom do país. Há registo de resultados positivos, reconhecidos com a aprovação de um programa de médio prazo pelo FMI.


Bacai Sanhá perspectivou um futuro melhor para os guineenses. Pediu que todos tenham a esperança numa Guiné-Bissau diferente dos tempos vividos. “Vamos, pois, de mãos dadas, construir o nosso país e desenhar um futuro de paz e prosperidade para as gerações vindouras”, terminou, em mensagem gravada, antes de partir para Nova Iorque.  

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