quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Registado subida de produtos de primeira necessidade

Bissau, - Os preços dos produtos de primeira necessidade aumentaram na Guiné-Bissau em meados de Julho de 2010, mas o Governo já anunciou medidas para estabilizar a situação nos próximos 15 dias. 

"O arroz passou de 12 mil para 14 mil francos CFA (de 18 para 21 euros)", afirmou  Bambo Sanhá, presidente da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços. 

Um saco de açúcar de 50 quilogramas passou de 15 mil para 27 mil francos CFA (de 23 para 41  euros), disse ainda aquele responsável. 

O presidente da Acobes apontou ainda os casos dos produtos de origem local,  nomeadamente, a carne e o peixe, que viram os seus preços aumentados em mais de 75  porcento. 

Por exemplo, o alho de cozinha passou, num mês, de dois mil francos CFA/quilo para quatro mil  quinhentos francos (de três para 7 euros) e chegou mesmo a desaparecer do mercado, tal como as  cebolas, segundo comerciantes locais contactados pela Agência Lusa. 

Indagado pela Lusa sobre os motivos deste aumento dos preços, Bambo Sanhá afirmou que os  comerciantes alegam que o executivo guineense agravou as taxas alfandegárias e aumentou os  impostos sobre a venda dos produtos importados. 

Esta semana, o Governo anunciou que os preços vão estabilizar nos próximos 15 dias, na  sequência de uma ordem dada pelo Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, para os ministros das  Finanças e do Comércio tomarem medidas para que os preços baixem. 

O Governo considera que não há nenhuma razão para o aumento dos preços junto do consumidor.

Segundo Malam Jawara, secretário geral do Ministério do Comércio, houve uma rutura de stocks  no país e alguns comerciantes a aproveitaram para inflacionar os preços. 

O secretário geral do Ministério do Comércio indicou também que os comerciantes  aumentaram os preços devido ao Ramadão, que começou a 10 de Agosto de 2010 na  Guiné-Bissau, principalmente o açúcar. 

Aquele produto é muito consumido durante aquele período. 

O Governo reuniu-se com os operadores económicos e apelou para que importem produtos para  não haver escassez de bens de primeira necessidade e anunciou também a entrada de novos  operadores no mercado.

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