terça-feira, 26 de outubro de 2010

Guiné-Bissau eleva taxa de zonas protegidas a 24 porcento

A Guiné-Bissau comprometeu-se a elevar a taxa de cobertura das suas áreas protegidas de 15 para 24 porcento dentro de dois anos, indica um comunicado da Organização Internacional de Proteção da Natureza (WWF).


Segundo o documento, o anúncio foi feito pelo ministro bissau- guineense do Ambiente, Tomás Gomes Barbosa, durante um jantar oferecido pela iniciativa Lifeweb do secretariado da Convenção sobre a Biodiversidade (CBD), à margem dos trabalhos da 10ª conferência dos signatários da referida instituição que se realiza em Nagoya (Japão) até 29 de Outubro próximo.


O comunicado indica que a Guiné-Bissau passa a ser a campeã na África Ocidental em matéria de criação de áreas protegidas, defendendo que, até agora, o objetivo da taxa de cobertura, tal como fixado pelo Programa de Trabalho sobre as Áreas Protegidas até 2010, é de 10 porcento do território nacional por país.


Este objetivo foi largamento ultrapassado pela Guiné-Bissau que, segundo a WWF, eleva para 24 porcento, dentro de dois anos, a sua taxa de cobertura, numa altura em que as negociações em curso em Nagoya ainda não definiram novas metas.


Com efeito, a iniciativa Lifeweb é uma plataforma de parceria para apoiar o financiamento das áreas protegidas a fim de conservar a biodiversidade, lutar contra as mudanças climáticas e proteger os meios de subsistência através da execução dum programa de trabalho sobre as áreas protegidas da Convenção sobre a Biodiversidade.


No entanto, as áreas protegidas, sobretudo nos países em desenvolvimento que albergam uma parte importante da biodiversidade do planeta, têm dificuldades em funcionar corretamente devido a um défice financeiro.


Os países em desenvolvimento precisam dum orçamento anual avaliado entre um bilião 100 milhões de dólares americanos e dois biliões 500 milhões de dólares americanos para garantir uma gestão eficaz das suas áreas protegidas, de acordo com a fonte.


O PRCM (Programa Regional de Conservação da Zona Costeira e Marítima) quer também contribuir para últrapassar o desafio do financiamento na África Ocidental, em parceria com os países do seu espaço, designadamente Cabo Verde, Gâmbia, Guiné- Bissau, Guiné-Conakry, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa, e com a iniciativa Lifeweb da CBD, ao organizar uma mesa redonda dos doadores de fundos em 2011.

Sem comentários:

Enviar um comentário