sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Preços podem aumentar por falta de apoios orçamentais da UE

Bissau- O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, admitiu hoje (quarta-feira) os preços dos produtos essenciais em 2011 se os apoios orçamentais prometidos pela União Europeia, França e Espanha não entrarem nos cofres do Tesouro Público.

"Até hoje, a participação da França no apoio orçamental é zero, a União Europeia deu no ano passado ao país qualquer coisa como 21 milhões de euros, mas até ao momento zero", afirmou o ministro em conferência de imprensa.

Segundo José Mário Vaz, as "contas públicas estavam equilibradas contando com os apoios de França, Espanha e União Europeia". 

"Esses recursos não entraram no Tesouro Público e as contas públicas começaram a se desequilibrar  de uma forma acentuada", explicou.

"A União Europeia é um parceiro incontornável. O país tem de encontrar uma solução para este problema, se o país não a encontrar a situação em 2011 vai ser muito complicada", disse, explicando que terá de tomar medidas impopulares que vão provocar o aumento dos preços do bens de primeira necessidade.

Segundo o ministro, o Governo terá de "reduzir os subsídios sobre os produtos de primeira necessidade para equilibrar as contas públicas".

"Há muitas outras medidas que vamos ter de tomar senão existir entendimento entre o país e a União Europeia", sublinhou.

Questionado sobre qual o problema da União Europeia com a Guiné-Bissau, o ministro das Finanças explicou que "tudo está relacionado com o 01 de Abril".

"O 01 de Abril está a condicionar todo o apoio ao país da União Europeia", afirmou, não acrescentando mais explicações.

"Eu francamente não gostaria de participar nessa discussão. O entendimento entre o país e a União Europeia é urgente, é vital dado o papel da União Europeia na nossa vida colectiva", concluiu.

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