sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Conselho de Segurança renova mandato de gabinete na Guiné-Bissau

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Conselho de Segurança da ONU prolongou o mandato do Gabinete Integrado para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) até 31 de Dezembro de 2011, devido à insegurança e à ausência de estabilidade no país, soube a PANA de fonte oficial em Nova Iorque.


O UNIOGBIS foi instalado em 2009 pelo Conselho de Segurança para promover a estabilidade na Guiné-Bissau, país da África Ocidental assolado por golpes de Estado e pela instabilidade política desde a sua independência no início dos anos 1970.


Num comunicado publicado quarta-feira, o Conselho de Segurança anunciou o prolongamento do mandato depois da adoção por unanimidade da resolução.


Ele exprimiu-se preocupado pela ausência de supervisão e de controlo das Forças Armadas pelos civis e pelas detenções prolongadas em violação da lei, que se seguiram aos eventos de 1 de Abril.


Neste dia, soldados liderados pelo chefe de Estado-Maior adjunto das Forças Armadas, o general António Indjai, tomaram o controlo do Quartel-General do Exército depois de prenderem o chefe do Estado-Maior, o vice-almirante Zamora Induta, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior.


O primeiro-ministro foi libertado, mas o antão chefe do Estado-Maior das Forças Armadas continua detido.


O Conselho de Segurança exortou os membros das Forças Armadas a respeitar a ordem constitucional, o Governo e o controlo dos civis, o Estado de Direito e os direitos humanos.


Ele instou as Forças Armadas a cessar qualquer ingerência nos assuntos políticos, a garantir a segurança das instituições nacionais e das populações em geral e a participar plenamente nas reformas do setor da defesa e da segurança.


No seu último relatório sobre a Guiné-Bissau, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, exortou tanto os líderes militares como os civis a mostrar o seu engajamento para uma estabilidade duradoura no país e a restaurar o Estado de Direito ao lutar contra a impunidade e reduzir o crime organizado.


Ele apelou igualmente aos líderes da Guiné-Bissau a favorecer o consenso nacional para melhor garantir a estabilidade do país.

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