sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Lisboa Mistura. Um buffet de música do mundo

Diabo na Cruz, no sábado às 21h30

A partir de hoje à tarde, o centro de Lisboa torna-se um lugar ainda mais étnico. O Teatro São Luiz, no Chiado, poderá assemelhar-se a um aeroporto internacional onde músicos de várias culturas tocam melodias dos seus países enquanto fazem horas para o próximo voo. Do guitarrista guineense Kimi Djabaté ao senegalês Nuru Kane, da brasileira com ascendência japonesa e italiana Adriana Miki, aos portugueses Dead Combo, todos vão fazer check-in (ou neste caso sound-check) no palco principal do teatro lisboeta.


É a 5ª edição do Lisboa Mistura, um festival multicultural que "pretende misturar pessoas, energias, continentes e, sobretudo, promover a cultura como meio de inclusão". Quem o diz é o músico Carlos Martins, o director artístico do festival que se realiza desde 2006. "Começámos em fase experimental, mas a interculturalidade na cidade era tão importante que repetimos", explica Carlos. "Agora já há mais festivais deste género, mas este foi o primeiro."

Até domingo há oito concertos para ver sem pagar um tostão no Jardim de Inverno do teatro. Entre eles está o do cantor senegalês Nuru Kane (às 19h00 de sábado), que é também uma lição de música do Oeste africano, já que pode descobrir a que é que soa a kora, o ngoni ou o calabasse. Os concertos na sala principal também não são caros: dez euros cada espectáculo, mas quem tem até 30 anos só paga cinco. E como é habitual em tudo o que é festas interculturais na cidade, os portugueses Terrakota marcam presença (às 22h00 de sexta) e vão apresentar o seu novo álbum "World Massala".


No sábado, a noite é dedicada aos portugueses e às últimas tendências da música urbana. Lis-Nave é o nome do projecto que reúne no mesmo palco artistas nacionais como os Dead Combo (que convidam a dupla de bateristas dos PAUS), Diabo na Cruz ou Galandum Galundaina (vencedores do prémio Megafone). "É como uma nave que faz uma viagem musical por Lisboa", diz Carlos Martins.


A festa acaba no domingo, na noite em que actua Kimi Djabaté, o aclamado guitarrista da Guiné-Bissau.

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