terça-feira, 29 de junho de 2010

Nomeação de António Indjai como CEMGFA foi "legal"

Cidade da Praia, 28 jun (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau disse hoje em Cabo Verde que a escolha de António Indjai para a chefia das Forças Armadas guineenses foi "legal", uma vez que, defendeu, "cumpriu todas as formalidades da Constituição".
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E o bom senso ?

Adelino Mano Queta, antigo embaixador em Lisboa, falava à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV) momentos após chegar à ilha cabo-verdiana do Sal, onde vai participar, na terça e quarta feira, na reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

"As altas chefias militares reúnem-se e escolhem entre si a pessoas que pensam possuir todas as condições. O Governo debruça-se sobre as propostas apresentadas e submete a escolha ao Presidente da República. Portanto, todos os trâmites constitucionais foram respeitados e foram cumpridas todas as formalidades", afirmou.

Português assume comando de missão na Guiné-Bissau

A missão da União Europeia (UE) de apoio à reforma do setor da segurança na Guiné-Bissau (SSR) será liderada por um militar português da GNR, o coronel português Fernando Afonso, disse hoje à Lusa fonte comunitária.

A nomeação de Fernando Afonso foi proposta pela Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, e aceite pelo Comité Político e de Segurança da UE.

Fernando Afonso era o número dois do espanhol Juan Esteban Verastegui, que termina o seu mandato no próximo dia 30 e a nova missão SSR tem um mandato até final de setembro.

Diário Digital / Lusa

Adiada reunião chefes Forças Armadas CEDEAO

A reunião extraordinária dos chefes das Forças Armadas da Comunidade dos Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prevista para hoje e terça feira foi adiada, disse à Lusa fonte militar.

«Ficou adiado por razões logísticas», disse a fonte militar, sem avançar mais pormenores, a não ser que será marcada uma nova data para a reunião.

Durante o encontro, os chefes das Forças Armadas da CEDEAO iriam discutir, à porta fechada, a situação política e de segurança da Guiné-Bissau e ouvir exposições da ONU e da União Europeia sobre a reforma do setor de defesa e segurança.

Diário Digital / Lusa

domingo, 27 de junho de 2010

Guiné-Bissau irrita Europa e EUA




Nomeação de António Indjai para chefia militar, sob proposta do Governo, mereceu críticas internacionais.


A nomeação do general António Indjai para a chefia do Estado-Maior das forças armadas da Guiné-Bissau mereceu críticas americanas e europeias, mas estará a ser aceite pelos países vizinhos. Amanhã, realiza-se na capital guineense uma reunião de chefias das forças armadas dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e será ali discutida a situação do país.


Fonte da presidência guineense disse ao DN que a comunidade internacional precisa de "estar consciente da situação da Guiné-Bissau". Segundo este dirigente, o "contexto não é fácil" e "as instituições são extremamente frágeis". Os líderes civis querem garantir a estabilidade e dizem que o "país não pode ser abandonado pelos seus parceiros no momento de maior dificuldade".
Na prática, o general Indjai já chefiava as forças armadas há três meses, mas houve pressões contra a sua nomeação, dadas as suspeitas de envolvimento no narcotráfico e o facto de ter liderado um golpe, a 1 de Abril, que resultou na prisão do seu superior hierárquico, almirante Zamora Induta, que foi exonerado anteontem.


A proposta de nomeação de Indjai foi feita pelo Governo, após negociação entre o general e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que regressou à Guiné na semana passada. Indjai e Gomes Júnior têm más relações, que se agravaram a 1 de Abril, quando o primeiro-ministro foi detido durante horas e humilhado pelos militares revoltosos.


O procedimento legal da nomeação do novo chefe de Estado-Maior teria de incluir proposta do governo, seguida de confirmação pelo Presidente da República, Malan Bacai Sanhá, que mediou todo o processo.


Fontes em Bissau garantem que a situação político-militar é agora calma, mas existe enorme incógnita no que diz respeito às relações entre forças armadas e governo. Um dos cenários de futuro passa pelo afastamento de Carlos Gomes Júnior da chefia do partido no poder, o PAIGC, o que permitiria substituir o primeiro-ministro.


Logo após a nomeação, ainda na sexta-feira, o governo americano reagiu com irritação, ameaçando não apoiar a reforma do sector da defesa enquanto não houvesse submissão do poder militar ao poder civil. Washington queria um chefe militar sem ligações ao golpe de 1 de Abril e que pudesse "reconquistar a confiança da comunidade internacional". A posição europeia é semelhante, mas os guineenses dizem que o "abandono" da comunidade internacional só poderá "agravar a situação".


Zamora Induta continua preso em Mansoa e deverá ser julgado por crimes ainda não especificados. A questão do narcotráfico é a que mais preocupa os diplomatas, devido ao seu potencial de desestabilização de toda a região da África Ocidental. Uma das explicações para as divisões das forças armadas tem a ver com os dez anos de alta instabilidade militar na Guiné-Bissau e o conflito latente entre oficiais mais velhos, que combateram na guerra colonial, como é o caso de Indjai, e a geração mais nova, sem essas referências, a que pertence Zamora.

FMI satisfeito com desempenho económico guineense, nova missão em Setembro

O Fundo Monetário Internacional considerou hoje, em comunicado, que o desempenho económico da Guiné-Bissau até Maio "foi satisfatório" e que as autoridades guineenses continuam comprometidas em promover o crescimento da sua economia para diminuir a pobreza.


"O desempenho económico até ao mês de Maio foi satisfatório e as autoridades conseguiram progressos significativos nos indicadores estruturais estabelecidos para meados de 2010", refere o FMI no documento.

"A missão ficou satisfeita com o compromisso por parte das autoridades na implementação do seu programa de reformas, cujo objectivo é a promoção do crescimento económico e o alívio da pobreza", acrescenta.

Em declarações à agência Lusa, o chefe da missão, Paulo Drummond, disse que vão regressar em Setembro para um "avaliação formal dos primeiros seis meses do ano".

"Todo o guineense sabe que a estabilidade política é necessária. O governo está a implementar o seu programa económico, essa implementação é possível e permitirá ao governo alcançar um maior crescimento económico, reduzir a pobreza e à Guiné-Bissau um novo começo", sublinhou.

A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) terminou sexta-feira uma visita técnica a Bissau, tendo mantido encontros com as autoridades guineenses.

Em Maio, o FMI aprovou um apoio de 33,3 milhões de dólares (cerca de 26 milhões de euros) ao programa económico do Governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida.

A administração do FMI, reunida em Washington, aprovou ainda o pagamento de uma segunda tranche de ajuda, no valor de 1,5 milhões de dólares, ao abrigo do programa de apoio a países altamente endividados (HIPC).

A aprovação do programa de apoio, designado ECF, estava prevista para o início de Abril, mas foi adiada devido à desestabilização política registada naquela data em Bissau, com a detenção de alguns militares e políticos.

No âmbito do programa, o Governo prevê reformas na administração pública, no sector da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o sector privado.

A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentado, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.

Lusa

Chefes das Forças Armadas da CEDEAO reúnem-se segunda feira em Bissau

Bissau, 26 jun (Lusa) -- Os chefes das Forças Armadas da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se extraordinariamente entre segunda e terça feira na Guiné-Bissau, refere um comunicado à imprensa do Estado-Maior guineense.

Segundo o documento, na segunda-feira, numa sessão à porta fechada, será feita uma exposição sobre a situação política e de segurança da Guiné-Bissau, bem como exposições da ONU e da União Europeia sobre a reforma do setor de defesa e segurança.

No encontro de segunda-feira, serão também apresentados os resultados da missão de informação dos chefes das Forças Armadas da CEDEAO enviados à Guiné-Bissau, após os acontecimentos de 01 de abril.

sábado, 26 de junho de 2010

EUA endurece posição sobre nomeação do novo Chefe de Estado-maior

Bissau – Os EUA advertiram mais uma vez para a necessidade de nomear um novo Chefe de Estado-Maior das Forcas Armadas, sem implicações na última tentativa de golpe de Estado.

A advertência de Washington foi transmitida esta sexta-feira por Lucy Chang, representante da Embaixada dos EUA na Guiné-Bissau. «Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo Chefe de Estado-Maior das Forcas Armadas é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 01 de Abril», lê-se no comunicado.

A representante da diplomacia americana na Guiné-Bissau, disse que os EUA continuam indignados pelos indícios de que altos membros das Forças Armadas, bem como do Governo, estão envolvidos no narcotráfico.

Para conter a situação, os EUA esperam trabalhar com o Governo guineense a fim de desenraizar os indivíduos em posições de autoridade, que usam os seus poderes e as suas influências para facilitar o tráfico de droga no país. «A recente designação pelo Departamento do Tesouro dos EUA de Ibraima Papa Camara, Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, e de José Américo Bubo Na Tchuto, o ex-Chefe de Estado-Maior da Armada, como barões do narcotráfico é apenas um exemplo dos nossos esforços», sublinha Chang.

Para a Administração Obama, a permanência em detenção ilegal do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o Almirante José Zamora Induta, legalmente nomeado, bem como outros oficiais e soldados, e o fracasso do Governo em iniciar qualquer processo de investigação a esses actos, levantam questões sobre o poder do Governo no controle das Forças Armadas.

Para Washington, não será possível os parceiros internacionais da Guiné-Bissau apoiarem o processo de reforma do sector da Segurança, sem a demonstração clara de que as Forças Armadas respeitam o princípio da submissão ao poder civil, o Estado de Direito e a Democracia.

Quase que uma coincidência, o Governo guineense, reunido ontem em Conselho de Ministros, aprovou a proposta da nomeação de um novo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armada, cujo nome ainda se desconhece, mas que se trata de um Oficial General.

A proposta já foi remetida ao Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, que por outro lado, recebeu do Governo recomendações para que promova diligências no sentido de ser restituída a liberdade ao vice-almirante, José Zamora Induta, em prisão há quase três meses, no aquartelamento de Mansoa, situado há 60 quilómetros de Bissau.

Para o Executivo guineense, uma decisão política que ponha em liberdade o antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, poderá ter reflexos nas relações entre as autoridades guineenses e a comunidade internacional, especialmente com os parceiros de desenvolvimento.

(c) PNN Portuguese News Network

Indjai é o novo CEMFA da Guiné-Bissau


O General António Indjai foi, esta sexta-feira, nomeado como novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
A nomeação foi feita pelo Presidente Malam Bacai Sanhá, horas depois da embaixada norte-americana no Senegal ter emitido uma forte declaração sobre a Guiné-Bissau.

Os EUA avisaram os guineenses que não se envolverão nos esforços internacionais para a reforma das forças armadas guineenses a menos que estas afastem alegados 'barões da droga'.

Em Abril, os EUA indicaram os nomes de dois altos oficiais guineenses tidos como narco-traficantes, dias depois de um motim ter afastado do cargo o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, José Zamora Induta.

O motim foi liderado por António Indjai, até então adjunto de Zamora Induta.

Na altura, Indjai mandou prender Induta e o Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior.

Apesar mesmo de ter proferido ameaças de morte contra o chefe do governo, mais tarde Indjai minimizou o incidente.

Por sua parte, o Presidente Bacai Sanhá referiu que o motim de 1 de Abril havia sido "apenas uma confusão entre soldados".

Nos últimos anos, a Guiné-Bissau transformou-se numa 'placa giratória' para o trânsito de cocaína traficada da América Latina para a Europa.

Essa condição causou ao país uma enorme instabilidade política.

A Guiné-Bissau tem, na sua costa atlântica, mais de 80 ilhas pouco povoadas que são usadas pelos narco-traficantes.

Influência

Em Abril, o chefe da Força Aérea da Guiné-Bissau, Ibrahima Papa Camará, e o antigo chefe do Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto, foram indiciados pelos EUA como 'barões da droga' e os seus bens em território norte-americano foram congelados.

A declaração da embaixada norte-americana no Senegal fez saber que estava alarmada com o contínuo envolvimento dos dois homens no tráfico de drogas.

A declaração questionou o controlo do governo sobre as forças armadas, uma vez que Zamora Induta continua detido pelos amotinados.

"Será impossível aos EUA contribuirem para o processo de reforma [das forças] de segurança e de defesa se estes e outros indivíduos implicados no narco-tráfico forem nomeados ou continuarem a servir em posições de autoridade nas forças armadas," disse a declaração.

O documento também dizia que "o governo norte-americano espera trabalhar com o governo da Guiné-Bissau para afastar os indivíduos em posições de autoridade que usam os seus poderes e influência para facilitar o narco-tráfico".

Analistas dizem que Bubo Na Tchuto continua a gozar de grande influência 'nos bastidores'.

Ele foi posto em liberdade a seguir ao motim de Abril, depois de se ter escondido, em Dezembro de 2009, num edifício das Nações Unidas em Bissau.

Bubo Na Tchuto regressara secretamente à capital depois de um ano exilado na Gâmbia, a seguir a alegações que o ligavam a uma tentativa de golpe de Estado em 2008.

EUA negam ajudar a reformar o exército guinense

Dacar (Senegal) - Os Estados Unidos da América avisaram a Guiné-Bissau de que não podem ajudar a reformar as forças armadas guineenses enquanto o país não garantir que os seus lideres militares não estão envolvidos no tráfico de drogas da África Ocidental.

A embaixada americana, sediada em Dacar, no Senegal, emitiu um comunicado em que diz continuar alarmada com os indicadores de que altos membros das forças armadas, assim como elementos do governo da Guiné-Bissau, estão implicados no tráficos de drogas.

O comunicado mencionava ainda que a detenção do chefe das forças armadas, José Zamora Induta, por soldados leais aos líderes do motim do início deste ano, voltava a levantar dúvidas quanto ao controlo do governo sobre os seus militares.

Conselho de Ministros recomenda a PR libertação de Zamora Induta


Bissau, 25 jun (Lusa) -- O Governo da Guiné-Bissau recomendou ao Presidente, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas, para libertar o antigo chefe das Forças Armadas Zamora Induta, refere um comunicado do Conselho de Ministros, divulgado hoje.

"O Conselho de Ministros entendeu recomendar a sua excelência o senhor Presidente da República, enquanto comandante Supremo das Forças Armadas, que se promovam diligências no sentido de ser restituído à liberdade o almirante Zamora Induta, em regime prisional há quase três meses", refere o documento.

"O Conselho de Ministros está convicto de que uma decisão política que ponha em liberdade o antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas poderá ter reflexos entre as autoridades da Guiné-Bissau e a comunidade internacional, especialmente com os parceiros do desenvolvimento", salienta.

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Comunidade internacional reunida na ilha do Sal

A comunidade internacional reúne-se informalmente a 03 de julho na ilha cabo-verdiana do Sal para discutir formas para se ultrapassar a crise política e militar na Guiné-Bissau, disse hoje o chefe da diplomacia de Cabo Verde.

José Brito indicou que a reunião contará com a sua presença e a dos ministros dos Negócios Estrangeiros guineense e português, bem como de representantes das Nações Unidas, das Uniões Europeia (UE) e Africana (UA), e das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Numa antevisão da «intensa actividade diplomática» que Cabo Verde está a desenvolver e vai prosseguir nas próximas duas semanas, José Brito salientou que a ideia da reunião, que esteve inicialmente prevista para contar só com os chefes da diplomacia da CPLP, é analisar formas de estabilizar política e militarmente a Guiné-Bissau.

Agência anti-droga da ONU sem "interlocutores credíveis" em Bissau

Nova Iorque, 25 jun (Lusa) -- O Gabinete das Nações Unidas para a Droga e a Criminalidade (UNODC) está sem "interlocutores credíveis" entre as autoridades da Guiné-Bissau, principalmente desde a intervenção militar de abril, que alterou a cúpula das Forças Armadas.
"A situação é muito fluida. Gostávamos eventualmente de ter uma visão clara de quem manda e se estas novas pessoas são de confiança", disse o diretor executivo do UNODC, António Maria Costa, em entrevista à Lusa em Nova Iorque.

No último relatório da agência sobre o tráfico de droga internacional, a Guiné-Bissau é apontada como o "melhor exemplo" da instabilidade causada pelo narcotráfico dentro de um país com instituições frágeis.

EUA avisam Guiné-Bissau contra tráfico de droga

Os Estados Unidos da América avisaram a Guiné-Bissau de que não podem ajudar a reformar as forças armadas guineenses enquanto o país não garantir que os seus lideres militares não estão envolvidos no tráfico de drogas da África Ocidental.

A embaixada americana, sediada em Dacar, no Senegal, emitiu um comunicado em que diz continuar alarmada com os indicadores de que altos membros das forças armadas, assim como elementos do governo da Guiné-Bissau, estão implicados no tráficos de drogas.

O comunicado mencionava ainda que a detenção do chefe das forças armadas, José Zamora Induta, por soldados leais aos líderes do motim do início deste ano, voltava a levantar dúvidas quanto ao controlo do governo sobre os seus militares.

Governo agiliza criação de empresas para melhorar ambiente de negócios

Bissau, 24 jun (Lusa) -- A ministra da Economia da Guiné-Bissau, Helena Embaló, anunciou hoje que o governo está a implementar medidas para facilitar o ambiente de negócios do país, tendo já reduzido o número de dias necessários para a criação de uma empresa.
Segundo dados do último relatório do Doing Business de 2010, do Banco Mundial, na Guiné-Bissau eram precisos 213 dias para criar uma empresa, o que torna este país um lugar menos bom para fazer negócios.
"Hoje, com os procedimentos simplificados são precisos 23 dias para ter a empresa legalizada", disse Helena Embaló, numa conferência de imprensa para anunciar algumas das medidas para melhorar o clima de negócios no país.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Presidente Lula da Silva visita seis países africanos em 10 dias incluindo a Guiné Bissau


Cidade da Praia - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inicia em Cabo Verde, no próximo dia 3 de Julho, uma viagem ao continente africano, que o levará à Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.

Em Cabo Verde, o presidente Lula da silva estará na Ilha do Sal, no dia 3 de Julho, por ocasião da Cimeira Brasil – CEDEAO. No dia seguinte, o chefe de Estado brasileiro parte para Guiné-Bissau (dia 4) e Guiné Equatorial (no dia 5).

A agenda do presidente Lula inclui também compromissos na Tanzânia, 7 de Julho, e na Zâmbia, no dia 8.

A última etapa do périplo pelas nações do continente africano será na África do Sul. Lula chega ao país sede da Copa do Mundo no dia 8 e permanece até 12 de Julho. O Presidente brasileiro deve assistir ao jogo da final em Joanesburgo.

PRS exige nomeação de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas


Bissau - O Partido da Renovação Social (PRS), partido da oposição, exigiu esta terça-feira, ao Presidente da República, a nomeação «imediata» do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).

Em comunicado, o PRS avança que «as Forças Armadas, sendo uma instituição de tamanha envergadura e de importância no concerto orgânico do Estado guineense, que exige reformas e medidas urgentes no respeitante à sua reestruturação, não pode estar à mercê de hesitações e de cálculos políticos de circunstância e, por consequência, ficar indefinidamente sem um chefe».

Para o Partido da Renovação Social, a nomeação de um novo CEMGFA torna-se um imperativo nacional e, por isso, deve ser tido em conta. A Guiné-Bissau está sem Chefe de Estado-Maior General desde o afastamento, à forca, e consequente prisão, de José Zamora Induta, no dia 01 de Abril, tendo o vice-Chefe de Estado-Maior, António Indjai, assumido a liderança das Forças Armadas guineenses.

A posição pública do PRS sobre esta matéria saiu da reunião da sua direcção superior, que teve lugar esta terça-feira em Bissau. Recentes declarações do Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, avançaram que algumas figuras políticas guineenses estão envolvidas nas mortes de «Nino» Vieira e de Tagme Na Wayé.

Para os renovadores sociais, Bacai Sanhá não deve permitir que se faça deste caso uma matéria de agenda política pessoal, pactuando pela divulgação da verdade sobre esses factos. O PRS quer que se faça a promoção de medidas conducentes à publicação do relatório sobre os assassinatos de «Nino» Vieira, Tagme na Wayé, Baciro Dabo e Hélder Proença.

(c) PNN Portuguese News Network

PGR quer maior envolvimento dos EUA e das Nações Unidas


Bissau – A Guiné-Bissau quer uma maior implicação dos EUA e da ONU nos processos sobre os mais recentes assassinatos ocorridos no país.

As autoridades guineenses quase que viram cumprida a promessa da Administração norte-americana, numa altura em que se acentuam as vozes quanto à necessidade de aligeirar o processo de investigação das mortes de «Nino» Vieira, Tagme Na Wayé, Baciro Dabo e Hélder Proença.

Uma delegação enviada por Washington para preparar a deslocação de um Procurador norte-americano que vai trabalhar juntamente com as instâncias judiciais nacionais nos processos mais candentes, esteve reunida na sexta-feira com o Procurador-geral da República.

Foi uma reunião que durou cerca de uma hora e que serviu de apresentação dos planos, ou agendas de trabalho, ao Ministério Público, com o qual o magistrado norte-americano vai trabalhar durante o tempo em que estiver na capital guineense, para investigar e, eventualmente julgar, os processos ligados ao narcotráfico e crime organizado na Guiné-Bissau.

Durante a reunião, o Procurador-geral da República, Amine Saad, disse aos jornalistas ter informado a delegação norte-americana que, mesmo concluindo os processos de investigação sobre as mortes ocorridas nos dois últimos anos, estes não serão acusados sem que tenham o «selo de garantia» das autoridades judiciais norte-americanas ou das Nações Unidas, argumentando que é preciso manter a imagem positiva da Guiné-Bissau.

O pedido das autoridades guineenses ao Governo dos EUA para acompanhar e reforçar as investigações, aconteceu depois dos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Wayé, em Março de 2008, até porque na altura, Washington enviara para Bissau uma equipa do FBI. Essa equipa trabalhou com a Polícia Judiciária guineense, tendo daí resultado um relatório, cujo conteúdo deverá fazer parte do processo.

A delegação norte-americana, chefiada por uma Procuradora, deixa Bissau e lava para Washington todos os elementos, que necessitava para preparar a deslocação do Procurador judicial a Bissau, que segundo informações disponíveis deverá estar na capital guineense até Setembro deste ano.

(c) PNN Portuguese News Network

ONU preocupada com narcotráfico na Guiné-Bissau


A Guiné-Bissau é citada como sendo uma plataforma giratória de cocaína e onde os traficantes já conseguiram recrutar figuras de topo da sociedade.



A Guiné-Bissau está outra vez no relatório mundial sobre drogas, divulgado hoje pelas Nações Unidas.

O documento sublinha a instabilidade regional que o narcotráfico está a causar nos países africanos, gerando mais violência, mais crime e corrupção, ameaças que podem até colocar em perigo as soberanias do Estado.

A Guiné-Bissau é citada como sendo uma plataforma giratória de cocaína e onde os traficantes já conseguiram recrutar figuras de topo da sociedade.

O documento alerta para o aumento do consumo de drogas nos países em desenvolvimento, apesar da estabilização nos países ocidentais.

A nível geral, fica a saber-se que a produção das duas principais drogas, a heroína e a cocaína, está a descer, ao contrário do que acontece com as drogas sintéticas, que são cada vez mais usadas.

O relatório dá também conta de alterações na rota do tráfico de cocaína, devido à diminuição do consumo na América do Norte. A quebra da procura é um dos motivos para o aumento da violência entre carteis no México.

Na Europa, o número de consumidores de cocaína tem vindo a aumentar e com as alterações na procura as rotas do tráfico também mudaram. Dos países dos Andes, a droga é transportada para os países da África Ocidental e depois para a Europa.

Os trabalhos de Carlos Gomes Júnior


Luanda - Com o regresso ao trabalho do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, é esperada a resolução de vários «casos» pendentes que marcam a agenda política e militar da Guiné-Bissau desde 01 de Abril. No topo das prioridades, a nomeação do novo CEMGFA, em substituição de Zamora Induta, ainda detido.

Poucas dúvidas parecem existir de que António Indjai, o líder dos revoltosos de 01 de Abril, é o candidato escolhido para o lugar mais elevado na hierarquia militar no país. Indjai tem vindo a cimentar a sua posição com visitas aos quartéis do país para tomar o pulso à classe militar e assumir a posição de herdeiro natural do ex-CEMGFA Tagmé Na Waie, assassinado num atentado à bomba em 2009.

Acossado tanto a nível militar como a nível político pelas alas internas do PAIGC que procuram a queda do seu governo, Carlos Gomes Júnior gere o actual momento em busca de equilíbrios que lhe permitam garantir a sua sobrevivência, política e não só. As movimentações militares do 01 de Abril lideradas por António Indjai mostraram a debilidade das alianças internas e as limitações do poder político guineense.

A nomeação de Indjai até poderia ser vista como a sucessão natural de Zamora, não fosse Indjai ser o responsável pela detenção do ainda CEMGFA e por na manhã de 01 de Abril ter detido Carlos Gomes Júnior, ameaçando mesmo com a sua morte para dispersar uma manifestação popular espontânea que tomou conta das ruas de Bissau. Indjai é ainda acusado de ter orquestrado a operação de narcotráfico em Cufar no início de Março, factos largamente apontados pela Comunidade Internacional como impeditivos da sua continuação na estrutura das Forças Armadas guineenses. A nomeação de António Indjai como CEMGFA só poderá ser entendida numa lógica de cedência do poder político, e nomeadamente do primeiro-ministro, ao poder militar e como forma do Governo responsabilizar o Presidente da República pela política de índole presidencialista seguida e que conduziu aos eventos de 01 de Abril.

Em segundo lugar na lista de prioridades está a anunciada remodelação Governamental. Carlos Gomes Júnior, a viver um momento de fragilidade política depois da sua detenção a 01 de Abril, terá necessariamente de fazer cedências ao aparelho do PAIGC, já de si dividido entre os seus apoiantes e os seus detractores. A necessidade de Cadogo em pacificar a cena política poderá mesmo levar à inclusão no novo Governo de elementos que contribuíram para a erosão da estabilidade governativa do país. Carlos Gomes Júnior poderá ter de ceder alguns dos nomes do seu novo Governo ao próprio Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, também ele um reconhecido opositor interno do primeiro-ministro no PAIGC, como forma de recuperar estabilidade governativa.

Como consequência destas cedências em prol de uma paz, nem sempre pacífica, Carlos Gomes poderá ver-se numa situação de refém dos interesses do seu próprio partido. Um papel que forçosamente terá de desempenhar, de modo a garantir uma certa imunidade às ameaças que pairam sobre si, tanto a nível político, como ao nível pessoal.

Rodrigo Nunes

(c) PNN Portuguese News Network

Praia discute alargamento da plataforma continental

Praia - O segundo atelier sobre o alargamento da plataforma de continente entre hoje~(quarta-feira) no seu último dia de trabalho, mas falta ainda consenso entre os seis países africanos participantes.


Com duração de dois dias termina hoje, na ilha de S.Vicente, o segundo atelier sobre o alargamento da plataforma continental para além das 200 milhas com os representantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Gâmbia, Senegal e Mauritânia e da Noruega.

A reunião não tem sido, no entanto, fácil, tendo em conta os interesses em jogo.

No primeiro dia dos trabalhos, iniciados terça-feira, verificou-se que o consenso entre as partes estava a revelar-se difícil.

Em causa estava sobretudo a definição dos termos em que devem acontecer os estudos científicos, a cargo da Noruega, com vista a suportar as pretensões de cada um daqueles seis países representados no encontro do Mindelo.

Segundo o director dos Assuntos Globais dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Carlos Semedo, a Noruega defende a definição prévia de uma base comum de entendimento com o conjunto dos referidos países da África Ocidental e só depois avançar com os estudos, propriamente, conforme o defendido pelas Nações Unidas.

“Porque a ideia é termos um acordo entre os seis países que permita que quando vierem os barcos que façam o levantamento dos dados sísmicos ou hidrográficos, já possam fazer-se um trabalho válido para os seis estados.”

Mas para isso, diz ainda aquele diplomata cabo-verdiano, impõe-se que os próprios seis países da África ocidental cheguem a um entendimento, o que não se tem revelado fácil.

“E há outras questões de fundo. No quadro da nossa sub-região há outros aspectos, como o da delimitação de fronteira marítimas, que ainda não estão clarificados e a Noruega quer salvaguardar esses aspectos no acordo de modo a que tenha o consenso dos países.”

O alargamento para além das 200 milhas das zonas exclusivas é uma possibilidade admitida pelas Nações Unidas, desde que cada país interessado consiga comprovar através de meios técnicos que os novos domínios que reivindica são um prolongamento natural do seu actual território marinho.

Tal possibilidade despoletou na prática uma nova corrida ao mar, tendo em contas riquezas haliêuticas e minerais que cada país poderá obter a partir desse alargamento.

Detentora de alta tecnologia neste domínio, e tendo em conta os elevados custos das investigações, a Noruega é um dos países que já se disponibilizou a colaborar com Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Gâmbia, Senegal e Mauritânia neste capítulo.

Mas para isso impõe-se os referidos países da África Ocidental se ponham acordo em algumas questões prévias que o atelier do Mindelo, que hoje termina, pretende definir.

Praia discute alargamento da plataforma continental

Praia - O segundo atelier sobre o alargamento da plataforma de continente entre hoje~(quarta-feira) no seu último dia de trabalho, mas falta ainda consenso entre os seis países africanos participantes.


Com duração de dois dias termina hoje, na ilha de S.Vicente, o segundo atelier sobre o alargamento da plataforma continental para além das 200 milhas com os representantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Gâmbia, Senegal e Mauritânia e da Noruega.

A reunião não tem sido, no entanto, fácil, tendo em conta os interesses em jogo.

No primeiro dia dos trabalhos, iniciados terça-feira, verificou-se que o consenso entre as partes estava a revelar-se difícil.

Em causa estava sobretudo a definição dos termos em que devem acontecer os estudos científicos, a cargo da Noruega, com vista a suportar as pretensões de cada um daqueles seis países representados no encontro do Mindelo.

Segundo o director dos Assuntos Globais dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Carlos Semedo, a Noruega defende a definição prévia de uma base comum de entendimento com o conjunto dos referidos países da África Ocidental e só depois avançar com os estudos, propriamente, conforme o defendido pelas Nações Unidas.

“Porque a ideia é termos um acordo entre os seis países que permita que quando vierem os barcos que façam o levantamento dos dados sísmicos ou hidrográficos, já possam fazer-se um trabalho válido para os seis estados.”

Mas para isso, diz ainda aquele diplomata cabo-verdiano, impõe-se que os próprios seis países da África ocidental cheguem a um entendimento, o que não se tem revelado fácil.

“E há outras questões de fundo. No quadro da nossa sub-região há outros aspectos, como o da delimitação de fronteira marítimas, que ainda não estão clarificados e a Noruega quer salvaguardar esses aspectos no acordo de modo a que tenha o consenso dos países.”

O alargamento para além das 200 milhas das zonas exclusivas é uma possibilidade admitida pelas Nações Unidas, desde que cada país interessado consiga comprovar através de meios técnicos que os novos domínios que reivindica são um prolongamento natural do seu actual território marinho.

Tal possibilidade despoletou na prática uma nova corrida ao mar, tendo em contas riquezas haliêuticas e minerais que cada país poderá obter a partir desse alargamento.

Detentora de alta tecnologia neste domínio, e tendo em conta os elevados custos das investigações, a Noruega é um dos países que já se disponibilizou a colaborar com Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Gâmbia, Senegal e Mauritânia neste capítulo.

Mas para isso impõe-se os referidos países da África Ocidental se ponham acordo em algumas questões prévias que o atelier do Mindelo, que hoje termina, pretende definir.

Guiné é o «melhor exemplo» de instabilidade causada por cartéis

A Guiné-Bissau é o «melhor exemplo» da instabilidade política causada pelos cartéis traficantes de droga em países produtores, afirma o gabinete das Nações Unidas para as Drogas e Criminalidade (UNODC).

O Relatório Mundial de Drogas 2010, UNODC, hoje divulgado, sublinha que nos últimos anos a África Ocidental tornou-se numa plataforma de distribuição para os traficantes sul-americanos, que pretendem aceder ao mercado europeu, o maior a nível mundial para a cocaína.

«Os traficantes conseguiram cooptar altas figuras» nalguns destes países, como a Guiné-Bissau.

Diário Digital / Lusa

terça-feira, 22 de junho de 2010

Portugal conquista o primeiro leão em Cannes


Portugal conquistou um leão de prata na primeira noite de entrega de prémios em Cannes, na categoria Relações Públicas.

O troféu foi entregue à Leo Burnett, com o “Projecto Viva”, desenvolvido para o Lidl.

O objectivo do “Projecto Viva” era melhorar a vida de uma região na Guiné-Bissau, onde muitas mulheres percorrem dezenas de quilómetros para ter acesso a água potável.

Numa primeira fase, e para sensibilizar os portugueses para este problema, a marca trouxe uma representante da região de S. Domingos para participar na Maratona de Lisboa e mostrar ao mundo a sua rotina.

Depois, nas lojas, foram expostas garrafas de 1,5 l junto das caixas registadoras, prontas a serem registadas por um euro. Este valor revertia na totalidade para a abertura de furos artesianos. No total foram abertos 15 furos, contribuindo assim para melhorar a qualidade de vida de 23 mil pessoas.

Mas houve mais trabalhos portugueses entre os finalistas na competição de promoções, relações públicas e marketing directo. A Leo Burnett chegou à ‘shortlist’ em relações públicas com “Tyrannybook” para a Aministia Internacional; em marketing directo a presença portuguesa neste grupo coube ao “Entra em campo”, da Fischer para a Sagres, e à “Loja que vende esperança”, também da Leo Burnett para a Cruz Vermelha.

Tráfico de droga em declínio na África lusófona -- ONU

Nova Iorque, 22 jun (Lusa) -- O tráfico de drogas regrediu recentemente na África lusófona, onde a Guiné-Bissau serve como plataforma de distribuição, segundo o gabinete das Nações Unidas para as Drogas e Criminalidade (UNODC).

"O declínio do tráfico, que afetou particularmente a África Lusófona, pode ser a razão da acentuada redução de apreensões de cocaína entre 2006 e 2008", refere o estudo Globalização do Crime, apresentado esta semana pelo diretor do UNODC, António Maria Costa.
As apreensões de cocaína registaram um forte aumento entre 2003 e 2006, particularmente com origem na África Ocidental.

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mundial2010: Portugueses em Bissau festejaram 7-0 frente à Coreia do Norte e querem vitória sobre o Brasil

Bissau, 21 jun (Lusa) -- Os portugueses em Bissau, Guiné-Bissau, festejaram hoje efusivamente os sete golos que Portugal marcou frente à Coreia do Norte, na segunda jornada do Grupo G, do campeonato do mundo de futebol, a decorrer na África do Sul.

Apesar de em Bissau, o jogo ter começado às 11:30 (12:30 em Lisboa), hora em que a maior parte das pessoas está a trabalhar, e quando começou a cair uma grande chuvada, os portugueses, a maior parte dos quais professores, não deixaram de fazer a festa num café local.

Para o jogo com o Brasil, previsto para sexta-feira, os portugueses pedem uma vitória e há até quem avança com uma vitória por 2-0.

"Foi um grande jogo 7-0, um grande jogo para Portugal", afirmou uma das portuguesas que assistiu ao jogo.

Questionado sobre se Portugal vai ganhar ao Brasil, a portuguesa não teve dúvidas ao afirmar que sim por "2-0".

A seleção portuguesa de futebol colocou-se hoje praticamente nos oitavos de final do Mundial2010.

Portugal estabeleceu a maior goleada na prova que está a decorrer desde 11 de junho, ultrapassando os 4-0 da Alemanha à Austrália.

Na terceira ronda, sexta feira, a partir das 16:00 locais (15:00 em Lisboa), Portugal defronta os pentacampeões do Mundo, em Durban.

MSE.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

PM deverá visitar a China em Setembro

Bissau, 21 jun (Lusa) – O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, deverá visitar a China no próximo mês de setembro para reforçar a cooperação entre Bissau e Pequim, anunciou hoje o chefe do executivo guineense aos jornalistas.

Carlos Gomes Júnior fez este anúncio no âmbito de uma série de visitas realizadas a várias unidades hospitalares da capital guineense, nomeadamente ao novo hospital Militar em construção pela cooperação chinesa no bairro de Brá.

O hospital Militar, que terá todas as valências médicas, deverá ser inaugurado no próximo mês de julho, declarou o primeiro-ministro.

Carlos Gomes Júnior voltou a agradecer os apoios que a China tem dado à Guiné-Bissau “praticamente em todas as vertentes”.

Em relação aos hospitais visitados, o primeiro ministro guineense prometeu uma melhoria substancial das condições de atendimento aos doentes, nomeadamente ao nível dos serviços da pediatria do Hospital Simão Mendes (hospital de referencia), onde crianças são internadas em condições difíceis.

Há situações em que duas ou três crianças ocupam a mesma cama.

O chefe do governo de Bissau visitou também as instalações do Hospital Raoul Follerou (tratamento de doentes de SIDA e tuberculose), Hospital 03 de Agosto (laboratório de saúde pública) e antigas instalações do centro de tratamento de doentes mentais e de prótese (danificadas pela guerra civil de 1998/99).

Carlos Gomes Júnior disse as obras de reabilitação dos dois centros serão iniciadas “muito brevemente”.

MB.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

Cabo Verde-Chico Barros já deixou prisão de Conacry


Encontra-se livre em Bissau, desde o dia 10 de Maio passado, o cidadão cabo-verdiano, Francisco de Fátima Frederico Barros, de 42 anos, natural da Praia, depois de 10 meses preso em Guiné Conacry, para onde foi extraditado, em Setembro do ano passado, pelas autoridades militares da Guiné-Bissau, por alegada tentativa de Golpe de Estado naquele país vizinho.

Recorde-se, entretanto, que, Francisco Barros foi preso na capital guineense, no dia 10 de Agosto de 2009, por um grupo de militares guineenses, fortemente armado, a mando do responsável da Contra Inteligência Militar (CIM), o coronel Samba Djalô, sob alto patrocínio do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Zamora Induta. De seguida, segundo Barros, foi levado para uma Base Aérea, onde esteve detido durante 21 dias, sem culpa formada, juntamente com os militares que terão participado na morte de João Bernardo "Nino" Vieira e Tagmé Na Waié, cujas investigações encontram-se sob alçada da justiça guineense.

De acordo com Chico, como é conhecido no seu círculo de amizade, ele estaria a organizar uma intentona militar, na fronteira com a Conacry, mas tudo não passava de uma farsa. "Depois de 10 meses de profunda amargura e, vivendo situações perfeitamente inumadas naquelas instalações prisionais em Conacry estou em condições de afirmar, categoricamente, que a prisão de 10 de Agosto, não passava de uma cabala, para denegrir a minha imagem e a do meu país, tendo como protagonistas os senhores Zamora Induta e Samba Djalô", garante Francisco Barros que, visivelmente emocionado não descarta a possibilidade de intentar uma acção contra o Estado da Guiné-Bissau, quer nacional, quer internacional, pelos danos morais e psíquicos causados por aquele barbárie.

Para aquele ex-presidiário da prisão de Conacry, está-se perante uma tamanha violação dos direitos humanos, pois nunca foi presente a nenhum tribunal para ser julgado e condenado, por alegada prática de um crime. Por isso, acha estranho e inconcebível, num Estado de Direito Democrático, que um cidadão estrangeiro, alegadamente, cometa um crime no país de acolhimento seja sequestrado e depois extraditado para outro país, sobretudo quando este viva em clima de instabilidade político-militar, como foi o caso da Guiné Conacry.

Liga dos Direitos Humanos condena o acto

Para a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), na pessoa do seu porta-voz, Augusto Mário, o que aconteceu com o cabo-verdiano, Chico Barros é prova inequívoca, do nível de violação dos direitos humanos a que a Guiné-Bissau atingiu. "Nós só tomámos conhecimento um mês depois de extradição de Francisco Barros, quando a sua esposa dirigiu aos nossos serviços, para denunciar a barbárie que os militares tinham protagonizado através da busca à sua residência, pilhagens e roubos dos seus bens, sem o competente mandato do juiz", conta aquele responsável que é também jurista de profissão e que condena de forma veemente as atitudes dos militares. Por isso, continua aquele responsável, a LGDH considera que, independentemente, do que, aquele cidadão estrangeiro terá cometido, a extradição é, absolutamente, ilegal porque quem tem a competência para o fazer são as autoridades judiciárias, depois da competente instrução do processo-crime. Ainda assim, a LGDH accionou vários contactos junto dos seus congéneres internacionais, inclusive o da Guiné-Conacry que se prontificaram em ajudar na libertação do Chico, a 10 de Maio deste ano.

Recorde-se que Francisco Barros foi extraditado para aquele país vizinho da Guiné-Bissau, numa altura particularmente difícil entre a oposição e o regime militar liderado por Moussá Dadys Camará. De acordo com Barros, quando pisou o solo daquele país viveu momentos conturbados e de pânico pois pôde registar, da prisão onde se encontrava, trocas de tiros entre militares e a oposição, em plena rua, situação que resultou na morte de perto de uma centena de pessoas, muitas delas civis e inocentes. "Felizmente fui muito bem tratado na prisão em Conacry, porque muito cedo as autoridades daquele país perceberam que estava a ser alvo de uma cabala orquestrada pelas autoridades militares guineenses, com forte motivação política e pessoal", sublinha o nosso conterrâneo, residente em Bissau, acusando os militares guineenses de o tentar extorquir 70 mim euros em troca da sua libertação.

"Antes da minha extradição para Conacry nunca fui ouvido, sequer foi-me permitido constituir um advogado. Ao invés disso, pediram-me 70 mil euros em troca da minha liberdade. Sofri chantagens e perseguições dos militares, designadamente de Samba Djalô e de Zamora Induta que mandaram prender-me, na vã tentativa de obterem provas de um crime que nunca existiu", assevera Francisco Barros que acusa as duas altas patentes, na ocasião, de o tentarem extorquir dinheiro em troca da liberdade. Facto que só não aconteceu, segundo ele, porque recusou, terminantemente. Pois, Barros acreditava que estava totalmente inocente do crime que lhe era acusado.

"Foi feita a Justiça Divina"

Para aquele empresário cabo-verdiano, residente na capital guineense onde vive com a esposa e um filho de um ano e 10 meses, a primeira justiça já está feita. Trata-se pois, segundo Barros, da justiça Divina. É que, por ironia do destino ou não, os últimos acontecimentos de 1 de Abril na Guiné-Bissau, levaram a prisão de Zamora Induta e Samba Djalô, os dois verdadeiros protagonistas da sua prisão. "Sempre acreditei na minha inocência, embora estivesse à beira da morte, mas na companhia de Deus Nosso Senhor, uma Entidade que nunca deixei de evocar, em todos os momentos da minha angústia na prisão", revela.

Instado a pronunciar-se sobre, se não sente medo de deambular pelas ruas de Bissau, considerando as acusações que sobre ele impendem, Chico diz que quem não deve não teme. "Eu nunca cometi nenhum crime. Escolhi este país para investir, porque fui convidado pelo ex-presidente Nino Vieira, a quem eu era amigo pessoal, quando ainda vivia asilado em Portugal, para investir na Guiné-Bissau. Quando cá cheguei, em 2004, abri a empresa: Auto Volante - GB, SA, onde vendia viaturas e peças sobressalentes a vários serviços públicos e privados do país e da sub-região. Dava emprego a várias pessoas, fiz muitas amizades no seio da população guineense e por isso decide viver cá e constituir uma família", conta Francisco Barros, garantindo que não vai sair por agora de Bissau, a não ser para Cabo Verde, em 2012, onde pensa estabelecer-se definitivamente.

Garante que, para Cabo Verde tem um projecto interessante para a vida do país, no domínio do ambiente, em parceria com uma empresa estrangeira. Instado a falar sobre os pormenores do projecto, diz que se trata de um investimento muito importante, que iria contribuir para debelar a problemática do ambiente no país e que por isso gostava que fosse uma surpresa.

No final da conversa com o repórter, Chico Barros não conseguiu conter as lágrimas e espera que, através desta reportagem, os seus familiares de Lém Cachorro, na Praia, consigam encontrar algum conforto depois destes longos dez meses de odisseia, na prisão de Conacry.

Internacional Socialista devia ter condenado tentativa de golpe de Estado de 01 de abril


Nova Iorque, 21 jun (Lusa) - A Internacional Socialista (IS) devia ter condenado a tentativa de golpe de Estado de 01 de abril na Guiné-Bissau, cujo Governo é liderado por um partido membro daquela organização, defendeu hoje em Nova Iorque o Secretário Internacional do PS.

Aquele dirigente socialista, que intervinha perante o Conselho da IS, reunido durante dois dias em Nova Iorque, disse, designadamente, que "a tentativa de golpe partiu de alguns militares influentes com ligações reconhecidas ao narcotráfico".

"É por isso que peço à Internacional Socialista que esteja atenta ao desenrolar dos acontecimentos e para intervir caso seja necessário", acrescentou.

O Governo guineense é liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Na sua intervenção, José Lello requereu a aprovação de uma "declaração de apoio" à Guiné-Bissau, "apelando ao regresso pleno à normalidade democrática" e para que o primeiro ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente Malam Bacai Sanhá "possam exercer sem quaisquer constrangimentos os seus poderes constitucionais, bem como à libertação das personalidades do Estado que foram presas".

"Devemos também apoiar a continuação do combate determinado ao narcotráfico, a reforma urgente do setor da defesa e da segurança e a continuação do apoio e do enquadramento da comunidade internacional à Guiné-Bissau. Fazendo este apelo, estaremos a cumprir a nossa missão", concluiu.

A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado dia 01 de abril, devido a uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.

O primeiro ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

EL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

domingo, 20 de junho de 2010

Comunidade internacional não deveria voltar costas ao país

Raimundo Pereira (à direita), presidente da
assembleia nacional popular da Guiné- Bissau. Á esquerda, Serifo Nhamadjo, nº . 2 do parlamento


Os parceiros de cooperação da Guiné-Bissau acompanham com atenção o evoluir da situação após incidentes de 1 de abril, mas por ora não deveriam diminuir as ajudas ao país.

A detenção do líder dos militares, Zamora Induta, pelos seus subordinados a 1 de abril, altura em que o próprio primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foi convocado por algumas horas pela hierarquia castrense, gerara um clima de forte suspeitas dos parceiros externos da Guiné-Bissau.

Em causa a crónica instabilidade político-militar que assola este país da África ocidental e que poderia estar a gerar algum cansaço junto da comunidade internacional.

No entanto o representante da União Europeia na capital guineense, o embaixador italiano Franco Nulli, afirmou nesta quinta-feira que a situação no terreno não se alterou desde aqueles acontecimentos e, desta feita a posição do bloco dos 27 mantém-se na mesma.

Nulli proferiu estas declarações à saída de um com o chefe do executivo guineense que só no início da semana regressou a Bissau após uma ausência de praticamente 45 dias, oficialmente para tratamento médico em Cuba e convalescença, posterior, em Portugal.

Também o ministro português dos negócios estrangeiros, Luís Amado, rejeitou um cenário de diminuição do apoio internacional a Bissau, admitindo a existência de alguma expectativa em relação à prossecução da normalização do país.

Por sua vez Raimundo Pereira, presidente da Assembleia nacional popular guineense, admitiu nesta quinta-feira em Lisboa à agência Lusa, encarar « com preocupação » as ameaças de cortes nas ajudas por parte dos parceiros externos reafirmando a necessidade de que a Guiné-Bissau, mais do que nunca, obtenha a « solidariedade da comunidade internacional ».

O presidente do parlamento guineense efectuou uma visita a Portugal onde se avistou com o chefe de Estado, Cavaco Silva, e com o seu homólogo luso, Jaime Gama.

No mês passado o português José Costa Pereira, que dirige a Unidade África no secretariado do Conselho da União Europeia, condicionara a manutenção da ajuda dos 27 à libertação de Zamora Induta, bem como à nomeação de novas chefias para as forças armadas e à apresentação perante a justiça dos responsáveis da intervenção militar de 1 de Abril.

FMI realiza dois seminários em Bissau



Bissau – O Fundo Monetário Internacional (FMI) está, a partir desta quinta-feira, e até dia 25 de Junho, na Guiné-Bissau para contactos com as autoridades.

O Ministério das Finanças guineense anunciou que o FMI vai realizar dois seminários destinados a membros do Governo, doadores, organizações não-governamentais, sector privado e sindicatos sobre o apoio ao programa económico do Governo e a iniciativa HIPC (sigla inglesa para os países pobres altamente endividados).

O FMI aprovou em Maio deste ano um apoio de 33,3 milhões de dólares ao programa económico do Governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida. A dívida externa do país está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares.

(c) PNN Portuguese News Network

PGR em Dacar para se encontrar com advogado

O Procurador-geral da República (PGR) da Guiné-Bissau, Amine Saad, viaja hoje para Dacar (Senegal) para se encontrar com o advogado senegalês que representa a família do ex-presidente 'Nino' Vieira, disse à agência Lusa fonte judicial.

Segundo a fonte, Amine Saad viaja hoje e tem previsto um encontro com o advogado Boucounta Dialo, contratado por Isabel Vieira, mulher de 'Nino' Vieira, testemunha ocular das circunstâncias em que o marido foi assassinado no dia 02 de março de 2009.

Amine Saad pretende ouvir pessoalmente os eventuais elementos de provas que o advogado tem na sua posse, fornecidos por Isabel Vieira, para avançar com o processo, indicou ainda a fonte judicial.

Diário Digital / Lusa

Posição da UE continua a mesma - representante europeu

Bissau, - O representante da União Europeia na Guiné-Bissau, o embaixador italiano Franco Nulli, disse hoje, em Bissau, que a situação no país não mudou desde 01 de Abril e que a posição da União Europeia (UE) continua a mesma.

"A situação do país não mudou desde 01 de Abril, portanto a posição da União Europeia continua a mesma", disse, no final de um encontro com o primeiro ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, para apresentar cumprimentos e abordar assuntos do país.


"A União Europeia continua a ser um amigo da Guiné-Bissau, um parceiro fiel, mas também muito atento à evolução da situação e, por enquanto, a solução não está a evoluir", sublinhou o diplomata.


O representante da União Europeia disse também que as autoridades guineenses estão a trabalhar para tentar encontrar uma solução para ultrapassar o problema.


"Sabemos que o primeiro ministro vai ter uns dias muito carregados de tarefas para encontrar com o senhor presidente da República as soluções para os problemas do país", disse.

A União Europeia condicionou, em maio, a continuação da ajuda ao país à libertação do almirante Zamora Induta, à nomeação de novas chefias militares e à apresentação à justiça dos responsáveis pela intervenção militar de 01 de Abril.


No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, rejeitou na terça feira o risco de uma diminuição do apoio
externo à Guiné-Bissau, considerando haver na comunidade internacional uma expetativa de normalização da situação política no
país.


O representante especial do secretário geral da ONU para a Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, apelou, em Maio, à comunidade
internacional para não deixar o país "sozinho", mas admite que "a paciência tem limites" e as "crises recorrentes" são frustrantes para
quem quer ajudar.


A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado 01 de Abril, com uma intervenção militar que culminou com a
deposição e a detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.


O primeiro ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Presidente Parlamento preocupado com ameaças de cortes nas ajudas

O presidente do Parlamento guineense, Raimundo Pereira, declarou hoje que vê com «preocupação» as ameaças da comunidade internacional de cortar as ajudas, devido à instabilidade política vivida no país africano lusófono.

«Com preocupação como governante, estas ameaças (de corte das ajudas) estão ligadas a uma situação concreta, mas eu espero que não passe de ameaças, porque a Guiné-Bissau precisa neste momento, mais do que nunca, da solidariedade da comunidade internacional», disse à Lusa Raimundo Pereira à saída de um encontro com o presidente de Portrugal Cavaco Silva, em Belém.

Lusa

FMI em mais uma missão técnica em Bissau

Bissau,17 Jun - Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) vai estar na Guiné-Bissau entre hoje, quinta-feira, e o próximo dia 25 para contactos com as autoridades, anunciou quarta-feira em Bissau o Ministério das Finanças guineense.

Durante a sua estada em Bissau, o FMI vai realizar dois seminários destinados a membros do Governo, doadores, organizações não-governamentais, sector privado e sindicatos sobre o apoio ao programa económico do Governo e a iniciativa HIPC (sigla inglesa para os países pobres altamente endividados).

Em Maio, o FMI aprovou um apoio de 33,3 milhões de dólares ao programa económico do Governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida.

A administração do FMI, reunida em Washington, aprovou ainda o pagamento de uma segunda fatia de ajuda, no valor de 1,5 milhões de dólares, ao abrigo do programa de apoio a países altamente endividados (HIPC).

A aprovação do programa de apoio, designado ECF, estava prevista para o início de Abril, mas foi adiada devido à desestabilização política registada naquela data em Bissau, com a detenção de alguns militares e políticos.

A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentado, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Líderes da Guiné-Bissau discutem futuro


O chefe das forças armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, encontrou-se ontem com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que regressou na véspera à Guiné.
Indjai garantiu que não havia nenhum problema entre os dois homens e que ambos "vão trabalhar juntos". A 1 de Abril, quando Indjai tomou o poder militar, Gomes Júnior foi detido durante algumas horas e ameaçado.

Guiné-Bissau regista surto de diarreia

Bissau - O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Camilo Simões Pereira, negou terça-feira a existência de casos de cólera no país, apesar de várias pessoas terem sido internadas devido a um surto diarréico.

Camilo Pereira afirmou que as análises laboratoriais feitas não apontam para a existência de cólera na Guiné-Bissau, mas de surtos diarréicos.

Adiantou que o país está a seguir uma série de recomendações produzidas por uma equipa de técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) em matéria de prevenção da cólera, doença endémica na Guiné-Bissau que causou a morte de 400 pessoas em 2005.

"Estamos a seguir as recomendações (da OMS), por enquanto ainda não podemos falar na existência da cólera no país, mas é preciso estarmos vigilantes", defendeu o ministro da Saúde, destacando o facto de o país estar já na época das chuvas, altura ideal para o surgimento da doença.

Para este ano, o ministro da Saúde disse que o país está preparado com materiais, medicamentos de socorro e viaturas que em menos de uma hora conseguem atingir qualquer parte do país em busca do doente.

Nos últimos dias, tem havido relatos de internamentos de populares atingidos pelo surto diarréico no norte e sul da Guiné-Bissau.

Em 2005, o pior registo nos últimos 10 anos, a cólera matou 400 pessoas, num surto epidémico que durou cerca de seis meses.

As chuvas, a falta de água potável, as práticas ancestrais de tratamento e manuseamento de cadáveres e as aglomerações de pessoas nas cerimónias e nas festas constituem os principais meios de propagação e contágio com a cólera.

PM bissau-guineense regressa ao país sob fortes medidas de segurança

Bissau, Guiné-Bissau - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, regressou terça-feira ao país, sob fortes medidas de segurança no aeroporto, depois de mais de um mês de ausência,fonte oficial em Bissau.

Falando brevemente à imprensa à distâncias momentos após a sua chegada a Bissau, Carlos Gomes Júnior disse "estar bem" e que regressou "para trabalhar".

De seguida, Carlos Gomes Júnior cumprimentou os membros do seu Governo, sempre rodeado duma forte segurança, e entrou numa viatura com destino à sua residência em Bissau.

Carlos Gomes Júnior tinha viajado no final de Abril para Cuba, onde foi submetido a uma intervenção médica, tendo depois seguido para Portugal para um período de convalescença.

Posteriormente, o primeiro-ministro esteve para Paris (França) para um encontro com o Presidente Malam Bacai Sanhá na presença do chefe de Estado de Cabo Verde, Pedro Pires.

O teor do encontro não foi revelado, mas, em comunicado, a Presidência da Guiné-Bissau e o gabinete do primeiro-ministro afirmaram que ele decorreu num ambiente de "cordialidade".

Rumores sobre a demissão de Carlos Gomes Júnior após o encontro o Presidente Malam Bacai Sanhá foram desmentidos pelo gabinete do primeiro-ministro.

Luís Amado rejeita que apoio internacional à Guiné-Bissau esteja em causa

A comunidade internacional apresenta uma «expectativa de normalização» da situação política na Guiné-Bissau, considera o ministro dos Negócios Estrangeiros português, que rejeita que aquele país corra o risco de uma diminuição do apoio internacional.

«O processo de estabilização da Guiné-Bissau ou o processo de instabilidade da Guiné-Bissau prolonga-se há muitos anos, portanto, não será nenhum problema», disse Luís Amado, após uma reunião com a comissão parlamentar da especialidade.

O ministro afirmou ainda, que várias missões se deslocaram à capital guineense nos últimos meses e que as principais organizações internacionais têm acompanhado a situação, depois da intervenção militar de 1 de Abril.

Cancelado conselho de ministros extraordinário para debater Guiné-Bissau

O conselho de ministros extraordinário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), previsto para o início de Julho, foi cancelado, garantiu hoje à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, sem adiantar as razões.
“A reunião foi cancelada e já não se realizará”, disse José Brito.

A 7 deste mês, o primeiro ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, afirmou que a ilha do Sal acolheria, no início de Julho, uma reunião extraordinária do conselho de ministros da CPLP totalmente consagrada ao impasse político e militar na Guiné-Bissau.

A reunião deveria acontecer na ilha do Sal, na sequência das Cimeiras da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a 2 de Julho, e da organização oeste-africana com o Brasil, onde estará presente o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia seguinte.

O cancelamento da reunião surge numa altura em que o clima na Guiné-Bissau parece ter desanuviado, com o regresso ao país do primeiro ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, que esteve ausente de Bissau cerca de um mês, oficialmente a recuperar de uma intervenção cirúrgica em Cuba.

José Maria Neves manifestou já publicamente a intenção de visitar oficialmente a Guiné-Bissau logo que Carlos Gomes Júnior regressasse a Bissau, mas ainda não há data prevista para o fazer.

terça-feira, 15 de junho de 2010

ANGOLA É FONTE E DESTINO DO TRÁFICO DE SERES HUMANOS


Angola está a servir como destino e fonte do tráfico de seres humanos, segundo o relatório 2010 do Departamento de Estado norte-americano.

O país lusófono figura no nível 2, dos estados incumpridores de padrões mínimos, mas empenhados no combate ao fenómeno.

O documento cita o caso de imigrantes congoleses sujeitos a trabalhos forçados e a prostituição nas zonas diamantíferas e de crianças utilizadas para traficar bens na fronteira com a Namíbia.

Refere que, apesar dos esforços das autoridades, sobretudo, antes do recente Campeonato africano de Futebol, nenhum traficante foi condenado e o apoio às vítimas é escasso.

O tráfico de mulheres e crianças para o exterior tem como destino os países vizinhos e europeus, primordialmente Portugal.

Entre os países lusófonos, Moçambique e Guiné-Bissau surgem como os casos mais complicados e colocados sob vigilância.

Moçambique aparece, sobretudo, como fonte de tráfico e os trabalhos forçados de crianças são “comuns” em zonas rurais, muitas vezes com a cumplicidade dos familiares.

A África do sul é o destino para muitas mulheres e raparigas aliciadas com promessas de empregos e instrução que acabam na prostituição ou como empregadas domésticas.

A Guiné-Bissau é fonte para o trafico de crianças, nomeadamente as “talibé”, sujeitas a trabalhos forçados, mendicidade e até a prostituição, principalmente no Senegal, Mali e Guiné-Conacry.

Criança de 14 anos morta por recusar casamento forçado

Bissau - Uma menina de 14 anos, que recusou casar-se com um homem escolhido pelo pai, acabou por ser morta depois de ter sido espancada por várias pessoas, que continuam livres e sem sofrerem as consequências.


"Aconteceu no sul da Guiné-Bissau, em Catió, e essa menina, de 14 anos, foi forçada a casar-se com um homem de 70 anos, como ela não queria, o pai obrigou as pessoas a prenderem a menina", contou à Agência Lusa o pastor Caetano, da igreja evangélica.


Esta é uma das realidades que crianças guineenses têm de enfrentar quando se assinala, na quarta feira, mais um Dia da Criança Africana.


"A menina foi torturada de tal maneira para aceitar o casamento forçado, ela foi resistindo porque não queria casar, e com tanto açoite não aguentou e morreu", lembrou, constrangido, o pastor, que actualmente recolhe em sua casa, em Bissau, nove meninas que fugiram ao casamento.



Questionado sobre o que aconteceu às pessoas que espancaram a menina, o pastor disse: "Nada aconteceu, infelizmente. Lá estão livres. É lamentável".


"Esta situação é complicada. Nós denunciámos a situação junto das autoridades competentes e nada aconteceu até hoje. As meninas continuam a fugir e antes de ontem (domingo) chegaram mais três", salientou o pastor Caetano.


Um choque cultural que está a abalar as sociedades tradicionais guineenses, principalmente a velha tradição de oferecer as filhas ou sobrinhas em casamento, em troca de um dote antecipado ou por serviços prestados.


"Nesta época, as meninas não consentem esse tipo de casamento", explicou o pastor.


Para a manter a tradição, os pais impedem as meninas estudar, porque aceitam os homens, explicou o pastor.


"Acham que é uma questão cultural e que a essa questão cultural deve ser dado espaço ainda que venha a prejudicar os interesses de particulares, nomeadamente das meninas que estão sendo maltratadas por causa desta situação", salientou.


Para o pastor e advogado, o "Estado não move uma palha" e "deixa tudo no esquecimento".


"Muitos que defendem essa questão cultural, vivem aqui em Bissau, são pessoas cultas e não levam os seus filhos para aquelas práticas, porque defendem isto?", questionou o pastor.


"Aqui em Bissau, defendem essa ideia porque não são os seus filhos a serem dados em casamento forçado, se fossem os seus filhos tenho a certeza que não fariam isso", lamentou.


O Dia da Criança Africana foi instituído em 1991 pela então Organização da Unidade Africana (OUA) -- substituída pela União Africana (UA) em 2002 -, em homenagem ao massacre de estudantes no Soweto (África do Sul) durante uma manifestação em 1976 de protesto contra a introdução da língua "afrikaans" no ensino.

Meninas fogem casamentos forçados

Bissau - A Sandra, a Débora e a Filomena são meninas guineenses e todas fugiram de casa dos pais para evitarem se casar com homens mais velhos e escolhidos pela família, como manda a tradição em várias zonas da Guiné-Bissau.

Sandra, que não sabe quantos anos tem, chegou sábado a casa do pastor Caetano, da igreja evangélica, em Antula, nos subúrbios de Bissau.


Débora, de 16 anos, vive em casa do pastor há vários meses, já aprendeu um pouco de crioulo e português e já anda na escola.


"Estou aqui por causa do casamento forçado. Os meus pais querem que eu case este ano, mas uma das minhas colegas disse-me que eu ia ser casada e fugi para Bissau, porque não queria casar, eu quero continuar a estudar", disse à agência Lusa Sandra.


"Conheço o homem que queria casar comigo. Era o marido da minha mestre", explicou, sublinhando que o homem era mais velho e não gostava dele.


Débora afirmou que fugiu por causa do casamento. Não queria casar com um homem velho que não conhece e queria estudar.


"Impediram-me de estudar desde a minha infância, porque não havia dinheiro. Eu prefiro, agora que já sou grande, fugir e procurar ir à escola", acrescentou.


Na sua casa em Antula, o pastor Caetano acolhe nove meninas que fugiram de casa dos pais para não casarem com homens velhos. Foi também em casa daquele pastor que esteve a Filomena, de 19 anos.


Filomena chegou a Bissau com apenas 13 anos. Também fugiu a um casamento forçado.


Hoje, está a acabar o quinto ano e vende gelo, sumos frescos e alguns fritos no mercado do Caracol.


"Fugi porque não queria um casamento forçado. Era um homem de muita idade e velho. Eu queria estudar", afirmou Filomena.


"Quando sai de Tabanca não sabia escrever. Hoje sei escrever o meu nome e também já sei outras coisas. Trabalho e vendo muitas coisas e estou muito contente", explicou à Lusa.


Com o humor típico guineense, Filomena disse que até já arranjou um namorado.


No seu último relatório sobre a situação mundial da infância, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) diz que a taxa de casamentos de crianças é de 39 por cento na África subsahariana.


Na Guiné-Bissau, a igreja evangelista tem tentado acabar com aquela prática e recolhe as meninas que fogem ao casamento forçado.


Actualmente, aquela igreja tem mais de 30 daquelas crianças ao seu cuidado.

Crianças "talibé" guineenses e prostitutas moçambicanas no Mundial entre principais casos lusófonos

Nova Iorque, 14 jun (Lusa) -- O tráfico de seres humanos continua ativo nos países lusófonos, com alunos corânicos guineenses (talibé) forçados à mendicidade em países vizinhos, ou prostitutas moçambicanas no Mundial de futebol na África do Sul, disse hoje o Departamento de Estado norte-americano.

No relatório de 2010 sobre o tráfico de seres humanos, hoje divulgado nos Estados Unidos, todos os seis países lusófonos incluídos são "nível 2" -- incumprimento dos padrões mínimos, mas empenhados no combate ao fenómeno -- e Moçambique e Guiné-Bissau surgem como os casos mais complicados, colocados sob vigilância.

Moçambique aparece sobretudo como fonte de tráfico e os trabalhos forçados de crianças são "comuns" em zonas rurais, muitas vezes com a cumplicidade de familiares.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PM regressa hoje ao país depois de ausência de mais de um mês


Bissau, 14 jun (Lusa) -- O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, regressa hoje ao país, depois de ter estado ausente mais de um mês devido a uma intervenção médica em Cuba, que o obrigou a um período de convalescença em Portugal.
O chefe do Governo guineense deveria ter regressado ao princípio da madrugada de hoje no avião da TAP para Bissau, mas as condições atmosféricas impediram a aterragem e o aparelho teve de aterrar em Dacar.
Durante a sua ausência do país, Carlos Gomes Júnior esteve reunido em Paris, França, com o Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, na presença do chefe de Estado de Cabo Verde, Pedro Pires.
© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa vai receber centena e meia de empresários chineses


Nos próximos dias 23 e 24 de Junho, Lisboa vai acolher o 6º Encontro para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países lusófonos, que deverá contar com a presença de cerca de 150 empresários chineses.

Fonte do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) citada pela edição online do i, garantiu que, só de Macau, são esperados cerca de 40 empresários.

Os sectores empresariais de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste também estarão representados, numa iniciativa que pretende reforçar a cooperação bilateral entre os diferentes países participantes.

Guiné-Bissau quer alfabetizar a população até 2015


Bissau - O Governo da Guiné-Bissau tem como meta o ano de 2015 para acabar com o analfabetismo que afecta 51 por cento da população.

O anúncio do desafio foi feito pelo ministro da Educação, Artur Silva, na semana passada, no lançamento do programa de generalização da alfabetização para adultos. O programa é financiado pelo Japão num valor de nove milhões de dólares.

O ministro da Educação defende que uma população alfabetizada «mais facilmente consegue lutar e vencer a pobreza». O primeiro desafio será alfabetizar em oito meses seis mil pessoas, com ênfase nas mulheres adultas que nunca entraram numa sala de aula.

Artur Silva mencionou o projecto «Sim eu Posso», com recurso a meios audiovisuais enquadrados por técnicos cubanos e coordenado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), através do qual já foram alfabetizadas duas mil pessoas, num período de cinco anos.

(c) PNN Portuguese News Network

Dicionários e gramáticas foram os manuais mais vendidos na Feira do Livro

Bissau - Os dicionários e gramáticas de língua portuguesa foram os manuais mais vendidos na Feira do Livro que decorreu, nos dias 11 e 12, deste mês, no Centro Cultural português em Bissau, Guiné-Bissau, indicou domingo uma fonte da organização.


"Os títulos mais procurados foram os dicionários e gramáticas de língua portuguesa. Sendo que os dicionários de língua portuguesa gotaram todos", salientou.

Na feira, estive disponível ao público cerca de 15 mil títulos distribuídos por diversos géneros literários e manuais técnicos, que foram
vendido com descontos entre 80 e 90 por cento sobre o preço de capa.


Segundo a organização, o objectivo foi tornar o livro "acessível aos guineenses".


A Feira do Livro do Centro Cultural português em Bissau incluiu também um espaço dedicado ao público infantil e juvenil.


A iniciativa contou com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Ministério da Cultura português e direcção geral do Livro e das Bibliotecas de Portugal.

sábado, 12 de junho de 2010

Mulheres pedem ao Governo para ratificar Tratado de Haia


Mulheres da Guiné-Bissau exortaram, ontem, o Governo a ratificar o tratado de adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para os casos de violações dos direitos humanos e impunidade poderem ser julgados naquela instância, noticiou a Angop.
O apelo está contido numa carta - “As Perspectivas das Mulheres sobre a Resolução de Conflitos” – entregue, ontem, ao representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba.
Na carta, as guineenses defendem também maior participação feminina nos programas de reformas em curso no país, principalmente ao nível do sector da Defesa e Segurança. As mulheres chamam a atenção para a importância da questão do género ser levada em conta na composição das novas forças de defesa e de segurança e pedem que sejam chamadas a participar nos programas de sensibilização nas escolas, nos bairros, nas aldeias e nas zonas urbanas, sobre os valores da paz e do diálogo na Guiné-Bissau.
No documento as mulheres bissau-gunieenses dizem que gostariam de ver responsabilizados todos os que no país pegam em armas para materiar as suas ambições , causando a dor e o luto na população guineense.

Assessoria Cubana na Guiné Bissau, do programa de luta anti-vectorial (dengue e paludismo) despediram se das autoridades locais

Bissau, 11 Junho Autoridades da Guiné Bissau despediram-se hoje dos assessores sanitários cubanos que trabalharam neste país africano por um período de quatro meses na formação de pessoal para enfrentar doenças como o dengue e o paludismo.

O ministro de saúde guineense , Camilo Simões Pereira, manifestou que este tipo de assessoria e investigação, pela primeira vez realizada em seu país, permitiu efetuar levantamentos entomológicos e formação de especialistas em luta antivectorial.

Também incluiu"afirmou- a tomada de amostras no terreno e uso de produtos e equipas para as campanhas de fumigación, entre outras atividades.

O titular de Saúde, quem agradeceu o apoio do governo da Ilha caribeña na luta para erradicar múltiplas doenças na Guiné Bissau, assinalou que a aprendizagem de pessoal deste país africano se enquadra nos estreitos laços de colaboração com Cuba.

Pedro Doña Santana, embaixador de Cuba na Guiné Bissau, destacou o interesse mostrado pelo governo deste Estado em receber os conhecimentos transmitidos por assessores cubanos, o que redunda em maior proteção da população contra estas doenças.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Regresso de Cadogo garante apoio da UE a OGE


Bissau - Perante as notícias que dão conta do regresso do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior à Guiné-Bissau, após mais de um mês de ausência por motivos médicos, a União Europeia informou o Ministro das Finanças que irá desbloquear a verba previamente combinada para apoio do Orçamento Geral do Estado daquele país.

O Primeiro-Ministro permaneceu em Lisboa durante o período de convalescença, após ter sido submetido a uma cirurgia em Cuba. Durante este período, foram conseguidos um conjunto de contactos institucionais, quer com representantes de países amigos quer com a União Europeia, com quem manteve uma reunião em Lisboa, onde estiveram presentes diversos ministros guineenses. Cadogo assegura assim com o seu regresso, a viabilidade orçamental do país, que se encontra numa grave situação de dependência externa.

(c) PNN Portuguese News Network

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Presidente de organização da sociedade civil ameaçado de morte

Bissau O presidente do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, Jorge Gomes, disse terça-feira ter sido ameaçado de morte por ter apelado publicamente sexta-feira ao Presidente Malam Bacai Sanhá para ser um "factor de pacificação".

Numa carta dirigida à directora-geral da Polícia Judiciária (PJ) e à imprensa, com conhecimento ao Procurador-Geral da República, Jorge Gomes afirma que tem sido vítima de ameaças de morte.

"Na sequência dessa conferência de imprensa (de sexta-feira), o presidente da organização, Jorge Gomes, foi alvo de ameaças por via telefónica, três vezes no dia 4 de junho de 2010", lê-se na carta dirigida à PJ.

O Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau exortou sexta-feira passada o Presidente guineense a ser um "factor de pacificação da sociedade" e a evitar "tomadas de posições que contrastem com os valores da paz, estabilidade e do Estado de Direito".

A organização referia-se às declarações proferidas por Malam Bacai Sanhá à revista "Jeune Afrique", nas quais afirmou que havia personalidades políticas envolvidas nos assassínios do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do ex- chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Tagmé Na Waié, em Março de 2009.

Num comunicado, a organização considerou que os acontecimentos de 1 de Abril passado, durante os quais o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Zamora Induta foram detidos por militares antes da libertação do primeiro, provocaram no país uma crise político-militar "sem precedentes".

A crise, segundo o documento, está a ser "marcada por sinais evidentes de dificuldades de relacionamento institucional entre a Presidência da República e a Primatura (gabinete do primeiro-ministro), a reafirmação da insubordinação do poder militar ao político, a ambiguidade na cadeia de comando nas Forças Armadas e a incerteza sobre o futuro do Governo e da liderança castrense".

O Movimento da Sociedade Civil apelou também ao Governo para informar as razões da "demora" do regresso do primeiro-ministro ao país e da retomada do funcionamento regular das instituições democráticas e públicas.

Carlos Gomes Júnior está ausente do país desde finais de Abril devido a um tratamento médico a que foi sujeito em Cuba, encontrando-se atualmente em convalescença em Portugal.

O que se previa-Tribunal Militar arquiva definitivamente processo de Bubo Na Tchuto

Bissau - O Tribunal Superior Militar da Guiné-Bissau decidiu arquivar definitivamente o processo relativo à tentativa de Golpe de Estado de 2008 que envolvia o Contra Almirante José Américo Bubo Na Tchuto.

Logo após a decisão do Tribunal o advogado de Bubo Na Tchuto, João Vieira Co, deu uma conferência de imprensa no Palace Hotel de Bissau.

Interpelado sobre o futuro de Na Tchuto, que «agora é militar no activo», João Vieira Co disse: «Já disse ao senhor jornalista que não me leve a descascar ovo antes que seja cozido. Há coisas que só se tratam em tempo oportuno».
Para o advogado de Bubo Na Tchuto, o facto do processo judicial ter sido arquivado definitivamente representa um passo importante no gozo dos seus direitos cívicos enquanto cidadão do seu cliente.

Sobre o eventual regresso de Bubo Na Tchuto às funções de Chefe de Estado-maior da Armada guineense, uma questão muito debatida nos diferentes círculos políticos e militares, que conta com uma clara oposição do actual Governo, liderado por Carlos Gomes Júnior, Vieira Co foi peremptório indicando que Bubo ficara à disposição do Estado-maior General das Forcas Armadas e das Autoridades guineenses.

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Histórias da droga em teatro para sensibilizar jovens

Bissau - A problemática do tráfico de droga na Guiné-Bissau levou um grupo de 23 jovens a apresentarem ao público um espectáculo sobre a história de Avelino, um estudante universitário que optou pelo dinheiro fácil e acabou louco.

"A peça vai retratar a história do jovem Avelino, que entra no mundo da droga e acaba por perder tudo, até ao ponto de enlouquecer", explicou hoje à agência Lusa Helga Fernandes, a actriz que, na peça, representa a noiva, que denuncia o caso à polícia.

Helga Fernandes disse ser uma realidade daquilo que está a viver a Guiné-Bissau, onde se registam o narcotráfico, a droga, prostituição e crimes", disse.

A triste história de Avelino é, no entanto, contada com "muito humor, porque é uma forma de chamar a atenção do público", afirmou.

O espectáculo estreou no Centro Cultural Português e até sexta feira pode ser visto no Centro Paroquial de Bissau.

Segundo a actriz, o espectáculo será depois apresentado nas escolas e associações juvenis.

"O nosso objectivo principal é atingir a camada jovem, porque somos os mais vulneráveis", salientou.

O espectáculo "I Yentranu Kasa" (entrou na nossa casa) foi criado no âmbito de um programa estabelecido entre o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e o Ministério da Justiça guineense para sensibilizar a sociedade civil contra o narcotráfico.

No âmbito daquele programa também vai ser realizado sábado um concurso de música com dez grupos dedicado ao tema "Rejeitamos o pó branco".

Lançada campanha de despistagem do VIH/Sida

Bissau - Centenas de alunos na Guiné-Bissau fizeram terça-feira o teste de despistagem do vírus do VIH/Sida, que afeta cerca de 6 por cento da população do país estimada em 1,5 milhão de habitantes, soube-se de fonte oficial em Bissau.

O acto ocorreu na cerimónia do lançamento oficial da campanha nacional de despistagem do vírus da Sida, intitulada "Fazer o Teste é Vencer o VIH/Sida".

A campanha foi presidida pelo ministro da Saúde, Camilo Simões Pereira, e arrancou num liceu de Bissau, onde centenas de alunos foram convidados a fazer o teste de despistagem.

Camilo Simões Pereira disse que "a taxa de prevalência é elevadíssima, daí que nós, em conjunto com o Ministério da Educação e do Secretariado Nacional de Luta Contra a Sida, achamos que seria bom fazer uma estratégia avançada".

Para o ministro da Saúde, a estratégia avançada passa por ir ao aglomerado populacional fazer entender que a doença existe e pela prevenção, pedindo às pessoas para fazer despistagem voluntária.

Por seu turno, o secretário executivo do Secretariado Nacional de Luta Contra a Sida, Silva Monteiro, afirmou que a campanha pretende atingir 20 mil pessoas.

Silva Monteiro disse que a campanha "começou na escola porque ela está vocacionada para transmitir mensagens úteis para a sociedade. Contamos com o apoio de professores, que são os principais mensageiros, e com os alunos, que adquirindo a mensagem sobre a Sida, vão transmiti-la".

A campanha, que termina no próximo dia 30, pretende abranger também os sectores de defesa e segurança.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PR reafirma envolvimento de personalidades políticas nos assassínios de "Nino" Vieira e Tagmé Na Waié

Bissau, 09 jun (Lusa) -- O Presidente da Guiné-Bissau reafirmou hoje que personalidades políticas estiveram envolvidas nos assassínios de "Nino" Vieira e Tagmé Na Waié e que como chefe de Estado deve dizer a verdade que um dia será tornada pública.

Em declarações aos jornalistas após ter regressado ao país proveniente de França, Malam Bacai Sanhá afirmou que perante as informações de que dispõe não podia evitar falar do assunto e nos moldes em que o fez.

"Evitar porquê? Eu não sou um Presidente de ziguezagues. Digo aquilo que penso e aquilo que sei. Eu sou Presidente da Republica, por conseguinte estou na posse dos relatórios preliminares da comissão de inquérito e os relatórios dizem isso", disse Malam Bacai Sanhá.

Duas toneladas de cocaína apreendidas na Gâmbia (Afinal não é só na Guiné Bissau)


Os arredores de Banjul, capital da Gâmbia, foram palco da apreensão de duas toneladas de cocaína, que tinham como destino a Europa. A operação resultou ainda na detenção de 12 pessoas e na apreensão de dinheiro e várias armas, noticia a BBC.

A quantidade de droga está a avaliada em mil milhões de euros. A operação contou com a participação de agentes secretos britânicos, que possibilitaram encontrar ainda computadores com dados sobre o funcionamento da rede internacional de tráfico.

A pobreza das populações e a fragilidade dos sistemas de segurança e de justiça têm permitido que a actividade dos cartéis da droga tenha aumentado nos países da região – que incluem a Guiné-Bissau.

Malam Bacai Sanha regressa hoje a Bissau

Paris – O Presidente guineense, Malam Bacai Sanha, regressa na madrugada desta quarta-feira, 09 de Junho, à Guiné-Bissau, confirmou fonte diplomática.

Após o encontro de sábado, que decorreu num «ambiente de franca cordialidade», segundo o comunicado oficial, em Paris, com o chefe do Executivo guineense, Carlos Gomes Júnior «Cadogo», onde esteve presente o presidente cabo-verdiano Pedro Pires, Malam Bacai Sanha regressa a Bissau num avião privado francês, devendo aterrar na manhã desta quarta-feira, 09 de Junho, na capital guineense.

«Cadogo» poderá também regressar a Bissau esta semana caso sejam satisfatórios os exames médicos de controlo que efectuará nesta quarta-feira em Lisboa.

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Sociedade civil critica declarações do Presidente Sanhá


Bissau - O Movimento da Sociedade Civil (MSC) da Guiné- Bissau exortou o Presidente Malam Bacai Sanhá a evitar tomadas de posições que contrastem com os valores da paz, estabilidade e do Estado de Direito.

Num comunicado a que a PANA teve hoje (terça-feira) acesso, o MSC deplora as últimas declarações de Malam Bacai Sanhá que teriam provocado uma profunda inquietação por parte do cidadão comum sobre a sua forma de conduzir a gestão da crise no país.

Para o MSC, o chefe de Estado deve ser um factor de pacificação da sociedade e evitar declarações como as que fez recentemente à revista Jeune Afrique em que afirma haver personalidades políticas envolvidas nos assassínios do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do general Tagmé Na Waié.

Segundo o comunicado daquele movimento, os acontecimentos de 1 de Abril de 2010 provocaram no país uma crise político-militar sem precedentes, marcada por sinais evidentes de dificuldades de relacionamento institucional entre a Presidência da República e o gabinete do Primeiro-ministro.

Outra dificuldade evidenciada pela nova crise é a reafirmação da insubordinação do poder militar ao político seguida da ambiguidade na cadeia de comando nas Forças Armadas e da incerteza sobre o futuro do Governo e da liderança castrense, lê-se no comunicado.

Na nota, o Movimento da Sociedade Civil apela também ao Governo para informar das razões da demora do regresso do Primeiro-ministro ao país e ao funcionamento regular das instituições democráticas e públicas.

Para o Movimento da Sociedade Civil guineense, o actual momento no país é de contenção, sendo que concorrem simultaneamente vários factores susceptíveis de desencadear vários cenários imprevisíveis e efeitos adversos à construção de um Estado de Direito democrático.

O Primeiro-ministro bissau-guineense, Carlos Gomes Júnior, encontra-se ausente do país há mais de um mês por razões de saúde e o Presidente da República viajou na semana passada para França, onde participou na cimeira França/África.