segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Classe política moçambicana aplaude empenho de Angola na crise da Guiné-Bissau

Luanda - O embaixador de Angola em Moçambique, João Garcia Bires, afirmou que a classe política moçambicana e o corpo diplomático naquele país vê com agrado o empenho de Angola para a resolução da situação na Guiné-Bissau.

Em declarações à Angop, a propósito, o embaixador adiantou que dos contactos que tem mantido com os dirigentes dos partidos políticos, como também a nível do governo, a opinião é de agrado.

Para o embaixador, este posicionamento tem a ver com o dinamismo de Angola ao se empenhar em ajudar, isto é, fá-lo com todo o cuidado e respeito.

"Esta vontade de Angola tem sido apreciada dentro da comunidade moçambicana e por outros embaixadores com quem troco informações sobre a situação de África em geral - adiantou o diplomata.

Explicou que a actuação de Angola na Guiné-Bissau decorre do facto de estar a presidir a CPLP que se propõe como uma das metas a atingir, pacificar aquele país em "conjunto com os nossos irmãos guineenses".

Elogiou as qualidades do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, como presidente da CPLP, para a resolução do problema da Guiné-Bissau.

O Presidente José Eduardo Santos não poupa esforço para que, a nível dos PALOP, PLP e outros organismos próximos da Guiné-Bissau se encontre uma solução para se resolver o problema.

Em sua opinião, o empenho de Angola resulta também da proximidade histórica entre os dois países, pois o dirigente máximo da Guiné-Bissau, na altura, o engenheiro Amílcar Cabral foi um dos antigos militantes em Angola nos anos 50, o que "animou o nacionalismo no nosso país, e um dos expoentes na configuração daquilo que mais tarde se viria a chamar MPLA".

Esta ligação que vem dos anos 50, ou mesmo antes, faz com que tenhamos uma atenção (reacção) especial com a Guiné-Bissau, mesmo com São Tomé - Justificou João Garcia Bires, para quem todos estes factores fizeram o Presidente José Eduardo dos Santos colocar à frente da missão diplomática de Angola naquele país o embaixador Brito Sozinho, um antigo combatente que conhece muito bem os combatentes daquele país.

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