segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Kumba Yala acredita que missão de estabilização contribui para agudizar tensões

Bissau - O presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Yala disse, este fim-de-semana, que uma missão de estabilização para a Guiné-Bissau irá apenas contribuir para agudizar as tensões por mais tempo no país.

O líder do PRS falou aos jornalistas por telefone a partir de Marrocos, no âmbito das comemorações do 29º aniversário da sua formação política. «Penso que a vinda de uma força estrangeira só tem sentido quando estamos num conflito como o que aconteceu no passado 7 de Junho de 1998. Então fazia sentido trazer forças da ONU ou outra organização para vir mediar o conflito existente. Mas isso não é o caso, pelo menos, neste momento no país», referiu Kumba Yala.
Kumba Yala foi mais longe, ao afirmar que a intenção da missão no país seria uma alienação. «Isso é uma alienação da nossa soberania, que ficaria entregue a autoridades estranhas e só contribuiria para a criação de dúvidas no país. O que precisamos de fazer é pôr gelo no coração e avançarmos sem criar tensões com as populações, que já estão cansadas de agitações», aconselhou.
A nível do seu partido, Kumba Yala lançou um apelou aos dirigentes, militantes e simpatizantes, para se desculparem uns aos outros no sentido do fortalecimento das relações dentro do partido, com vista à vitória nas próximas autárquicas, legislativas e presidenciais.
«Não é por acaso que escolhemos os nomes Renovação Social. É porque a renovação é uma mudança constante e paulatina, sempre para defender os interesses do nosso partido, da sociedade e do povo guineense em geral, dentro do espírito da não-violência, da tolerância, do diálogo e contra todas as descriminações», assinalou Kumba Yala.
O líder do PRS manifestou a sua gratidão à Sola Inquilin Bitchita e aos restantes companheiros do partido por este momento que considerou histórico na vida do PRS. «Estou profundamente agradecido e satisfeito porque a celebração do 19º aniversário da fundação do PRS vai trazer mais força ao partido», manifestou, acrescentando que o PRS representa o futuro do povo da Guiné-Bissau.
O líder dos renovadores disse que, embora o país seja independente, o seu nível de organização, bem como suas estruturas não são iguais

 

às dos outros países vizinhos. «Temos um país essencialmente agrícola, contudo é uma agricultura ainda tradicional e o nosso sistema comercial é desorganizado., portanto precisamos de apoios de outros países. É necessário que os nossos aliados nos concedam apoios para nos pudermos organizar», vincou. «Lançamos um apelo aos nossos compatriotas para metermos gelo no coração e evitarmos envolvero povo em novas tensões», disse Kumba Yala em jeito de conclusão.
Sola Inquilin, que falou em nome dos dirigentes do PRS outrora desavindos com a actual direcção, disse que estão a pedir nada mais do que um Congresso, como oportunidade para se reconciliarem e renovarem o PRS, tendo em conta as metas a atingir. «Trata-se pois, não só de uma exigência legal e estatutária, assim como ela expressa a vontade da maioria dos militantes», disse Kumba Yala.
Sola Inquilin revelou estar profundamente convencido deste desejo e manifestou o seu empenho em trabalhar para que o congresso do partido seja uma realidade e que o PRS saia dele mais coeso e reforçado.

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