segunda-feira, 30 de maio de 2011

Guiné-Bissau confrontada com ruptura de stock de medicamentos

Bissau - O sistema de saúde da Guiné-Bissau está sem stock de medicamentos essenciais há mais de seis meses.

A informação foi avançada à PNN na semana passada pelo responsável do Centro de Saúde de Varela, no sector de São-Domingos, Herínio de Jesus Gomes Catar, no âmbito de uma visita de trabalho que o Comité Internacional da Cruz Vermelha e Cruz Vermelha da Guiné-Bissau realizaram nesta zona.

A preocupaçao é enorme, tendo em conta o aproximar da época das chuvas, o período em que é registada uma maior taxa de paludismo na Guiné-Bissau. De acordo com o responsável, entre os medicamentos que se encontram em falta no país, estão as quininas, paracetamol e cuartem, o que tem dificultado o tratamento dos pacientes, em particular, no Centro de Saúde de Varela.


A notícia foi confirmada por várias fontes do Ministério da Saúde guineense. Contactada pela PNN, uma fonte da Direcção-Geral da Central de Compra de Medicamentos Essencias (CECOME), disse que tais informaçoes não correspodem à verdade, tendo sustentado mesmo que não há ruptura no stock de medicamentos na Guiné-Bissau.

Para sustentar a sua afirmação, a fonte exibiu à PNN recibos das últimas compras efectuadas pela direcção de Compra de Medicamentos regional em São-Domingos, datado de 11 de Maio. Nestas facturas não consta a compra de Cuartem. A fonte informou que o referido medicamento é fornecido através do Projecto do «Fundo Global», razão pela qual não consta nas facturas da sua instituição.


Relativamente aos medicamentos anti-retrovirais, a fonte do CECOME admitiu que pode ser para breve a ruptura destes medicamentos. «Enfrentamos alguns problemas de ordem burocrática entre os doadores, quando é assim registamos atrasos na chegada dos medicamentos», disse a fonte. Entre os doadores, o Brasil figura em primeiro lugar, em parceria com o «Fundo Global».
De referir que esta não é a primeira vez que se assiste na Guiné-Bissau a um problema de escassez de medicamentos.

Em 2010, o país esteve por um longo período sem vacinas anti-tétano, contudo, a situação veio a ser ultrapassada com a intervenção dos doadores.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

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