sexta-feira, 24 de junho de 2011

Rebeldes são problema do Senegal - CEMGFA guineense António Indjai

Bissau- O chefe do estado-maior general das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, disse hoje (quinta-feira) que nenhum rebelde da Casamança pode ver o território guineense como lugar de refúgio para perturbar a paz no Senegal, noticia a LUSA. 

"A rebelião é (um problema) do Senegal. Não é da Guiné-Bissau, mas se os rebeldes vierem para cá arranjar refúgio para perturbar a paz no Senegal serão imediatamente devolvidos para lá", afirmou, em declarações à imprensa, o general Indjai no âmbito da visita do seu homologo senegalês à Bissau.

O general Abdoulaye Fal chegou hoje à Bissau para uma visita de trabalho de 24 horas durante a qual será recebido pelas autoridades civis e militares e ainda visitará algumas unidades do exército guineense.  

Falando do seu primeiro encontro com o responsável militar do Senegal, o general António Indjai explicou que estão a passar em revista os aspectos gerais da cooperação e é nesse âmbito que abordaram a questão da rebelião da província senegalesa da Casamança que há mais de 20 anos luta pela independência do resto do Senegal. 

"Não podemos ser um santuário da rebelião do Senegal, como também pensamos que o Senegal jamais aceitaria rebeldes que possam desestabilizar a Guiné-Bissau", frisou o chefe das Forças Armadas guineenses. 

Segundo o general António Indjai, durante o encontro foram abordados a cooperação bilateral, a "circulação de armas ligeiros e da droga", bem como aspectos de controlo das águas territoriais, que "estão sem vigilância necessária devido a variados factores". 

"Para nós a cooperação com o Senegal é uma cooperação sã que poderá ter êxitos. De mãos dadas como o Senegal poderemos ter tranquilidade e combater o banditismo na nossa fronteira comum", enfatizou o chefe das Forças Armadas guineense.  

Por sua vez o chefe do estado-maior general das Forças Armadas do Senegal, general Abdoulaye Fal, destacou o "espírito fraternal" que está a nortear a sua visita, lembrando que recentemente o seu homólogo guineense esteve, também em visita de trabalho, em Dakar. 

O responsável militar senegaleses salientou que estão a discutir todos os aspectos da cooperação "sem qualquer tabu", referindo-se à problemática da rebelião da Casamança. 

Sobre as perspectivas do futuro, o Senegal comprometeu-se em formar os jovens militares guineenses, nomeadamente no domínio da cozinha do exército e ainda a ajudar na ecuperação do quartel da Marinha de Guerra em Bissau.

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