terça-feira, 7 de junho de 2011

Televisão tem novo director-geral

Bissau – A Televisão da Guiné-Bissau (TGB) tem um novo director-geral, nomeado na reunião do Conselho de Ministros de 3 de Junho.

Trata-se de Luís Camará de Barros, ex-chefe de gabinete da Ministra da Comunicação Social guineense, Maria Adiatu Djalo Nandigna. Luís Barros substitui Eugénio Nunes, que não aguentou a pressão dos sindicatos de base da TGB, acusado de má gestão de fundos da única estação da televisão pública da Guiné-Bissau.


Num comunicado, o Executivo avança que vai instaurar um processo disciplinar contra os responsáveis por actos de irregularidades na gestão da administração da TGB. Recorde-se que, segundo Tegna Na Fafé, presidente do Sindicato de Base da TGB, as câmaras de filmar apresentadas pela direcção da TGB não correspondem aos valores das facturas apresentadas.


«As câmaras apresentadas aos técnicos da TGB mostram que elas foram usadas e a justificação na altura foi que houve erro no momento de embalagem de câmaras por parte do fornecedor», disse Tegna Na Fafé. O sindicalista sustentou ainda que os mesmos materiais foram apresentados na presença da Ministra da Comunicação Social, Maria Adiatu Djalo Nandigna.


Neste sentido, Na Fafé disse ainda que as primeiras câmaras apresentadas no ano passado são em segunda mão, o que não agradou à ministra, tendo esta já instruído a devolução das mesmas.
Em relação à última entrega destes materiais, o presidente do Sindicato da TGB foi categórico em afirmar que os mesmos não são de qualidade. «São câmaras amadoras, até as suas qualidades são inferiores àquelas que foram entregues em 2010», disse Na Fafé.


Num total de oito câmaras, o sindicato da TGB revela que quatro são velhas e as outras quatro são amadoras. «Se compararmos a factura pró-forma que o projecto japonês aprovou com estas câmaras, são duas coisas que não têm nada a ver, nem em termos do preço nem de qualidade», salientou.


Recentemente, o director-geral da Televisão Pública, Eusébio Nunes, desmentiu estas informações, tendo na ocasião apresentado provas de que o negócio não conheceu nenhuma irregularidade e que o montante foi bem aplicado.

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