domingo, 31 de julho de 2011

Duro caminho para os favoritos na África

(FIFA.com)

Duro caminho para os favoritos na África

Primeira fase
O grande jogo
Guiné-Bissau x Togo: O fato de o Togo, país que esteve na Alemanha 2006, ter de disputar a etapa inicial das eliminatórias africanas é uma demonstração do quanto a sua seleção vem passando por dificuldades. Para complicar a situação, os togoleses ficaram cara a cara com o selecionado de melhor ranking do pote com os piores classificados. Ambos já se enfrentaram no torneio preliminar para o Mundial de 2002. Na ocasião, o Togo levou a melhor, se classificando com uma vitória em casa por 3 a 0. Antes, porém, os guineenses haviam se mostrado um páreo duro jogando em Bissau, já que seguraram um empate sem gols.

Segunda fase


O grupo mais duro

É evidente que a África do Sul é uma das principais forças no sul do continente, mas a ambiciosa seleção de Botsuana não pretende facilitar a vida dos sul-africanos no Grupo A, que também terá a ascendente República Centro-Africana e o vencedor de Somália e Etiópia. Os botsuaneses foram o primeiro selecionado a garantir uma vaga na Copa Africana de Nações 2012, vencendo um grupo difícil. Além disso, desde o início de 2010, derrotaram Tunísia (duas vezes), Moçambique, Togo eZimbábue, entre outros, e só perderam um jogo — um amistoso com a Suécia. Por outro lado, osBafana Bafana têm mais experiência e um retrospecto favorável diante dos vizinhos e, por isso, ainda são favoritos para duas partidas que prometem ser emocionantes. Por sua vez, a República Centro-Africana não fez feio até agora contra Marrocos, Argélia e Tanzânia em uma chave complicada na preliminar do torneio continental. Por isso, não seria nenhuma surpresa se o país aprontasse para os rivais mais fortes.

Os favoritos
Apesar de às vezes mostrar certa dificuldade quando considerada favorita, a Nigéria, com as suas quatro presenças em Copas do Mundo da FIFA, não deve ter reclamado de cair em um grupo comMalaui e outras duas seleções que virão da primeira fase. O mesmo vale para Camarões, o país africano com mais participações em Mundiais, que enfrentará a Líbia e mais dois países do pote com os piores classificados. Por outro lado, se valer o retrospecto, estes dois selecionados podem serTogo e República Democrática do Congo, que estão entre os mais perigosos da etapa inicial. Já aArgélia espera se redimir da fraca campanha na África do Sul 2010 passando sem problemas por um Grupo H que parece descomplicado, já que conta com os enfraquecidos conjuntos de Mali e Benin, além de Eritreia ou Ruanda.

Quem corre por fora
Para um país pequeno, Cabo Verde vem conseguindo resultados surpreendentes nos últimos anos e agora tem boas chances de se classificar para a próxima Copa Africana. Por isso, os cabo-verdianos devem estar ansiosos para surpreender novamente, desta vez diante da Tunísia e de Serra Leoa pelo Grupo B. Já o irregular selecionado de Senegal, que esteve na Coreia do Sul/Japão em 2002, pode até ser o favorito no Grupo J, mas terá de encarar dois rivais com um excelente desempenho em casa:Angola, que disputou o Mundial em 2006, e Uganda, que vem em boa fase. Quem vem igualmente bem é a Guiné, que vive um grande momento desde que derrotou a Nigéria em outubro do ano passado. Agora os guineanos querem aprontar novamente contra o Egito, uma potência continental que costuma ter problemas nas eliminatórias.

Jogos fundamentais
Gana x Zâmbia: Destaque africano na Copa do Mundo da FIFA 2010, Gana terá pela frente um confronto onde tudo pode acontecer contra Zâmbia, uma das melhores "seleções de futuro" da África. Como o Grupo D também tem a presença de um Sudão que vem melhorando, qualquer tropeço pode custar caro para os ganeses.
Costa do Marfim x Marrocos: Apesar de os grandes momentos do Marrocos terem sido as décadas de 1980 e 90, o selecionado pode ser uma prova de fogo para a Costa do Marfim pelo Grupo C. Por outro lado, o Brasil 2014 poderia ser o desfecho ideal para a carreira de uma geração dourada de marfinenses. Assim, na busca pelo seu terceiro Mundial consecutivo, eles não devem facilitar para os marroquinos.
Burkina Fasso x Gabão: Burkina Fasso pode até ter ficado entre os cabeças de chave da África, mas não deve ser considerada favorita diante do Gabão, que tem ao seu favor a grande campanha que fez nas eliminatórias para 2010, quando derrotou Gana e deu trabalho para Camarões. Os dois países ficaram no empate nos seus três últimos encontros. Com selecionados imprevisíveis como Nígere possivelmente o Congo também no Grupo E, esta com certeza será uma das chaves mais interessantes na África.

O número
98
— O total de jogos que o Marrocos já disputou pelas eliminatórias, recorde na África. Na campanha rumo ao Brasil 2014, o país entrará para o seleto grupo de seleções com mais de cem partidas, além de possivelmente conquistar a sua 50ª vitória. A seguir, os países africanos com maior número de encontros pelo torneio preliminar são Nigéria e Tunísia, com 88.

O próximo passo
Os vencedores das 12 séries de jogos de ida e volta da primeira fase preencherão as vagas restantes nos dez grupos da segunda etapa, que têm quatro países cada. Os campeões destas chaves, que serão disputadas em sistema de todos contra todos, se classificam para a terceira fase, onde serão emparelhados em cinco séries de duas partidas. Os ganhadores destes confrontos representarão a África no Brasil 2014.

sábado, 30 de julho de 2011

A Guiné-Bissau de Norton de Matos vai defrontar o Togo para disputar o acesso ao grupo I, onde estão Líbia e Camarões.

A Guiné-Bissau de Norton de Matos vai defrontar o Togo para disputar o acesso ao grupo I, onde estão Líbia e Camarões. Moçambique recebe as Comoros para aceder ao grupo G do Zimbabué, Guiné e Egipto.São Tomé e Príncipe vai ao Congo disputar uma vaga no grupo E do Níger, Gabão e Burkina Faso.

A selecção angolana vai encontrar o Senegal, o Uganda e o vencedor do Maurícias - Libéria no grupo J da zona africana de qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol.

No sorteio realizado no Rio de Janeiro, o primeiro continente a ver duelos definidos foi África. Cabo Verde aterrou no grupo B com a Tunísia, Serra Leoa e o vencedor do Guiné Equatorial – Madagáscar. Angola defrontará então no grupo J o Senegal, o Uganda e o vencedor do Maurícias - Libéria.

Portugal em grupo fácil

Na zona europeia de qualificação, calhou a Portugal a Rússia, Luxemburgo, Azerbaijão, Irlanda do Norte e Israel no grupo F.
Os restantes grupos da zona europeia:
grupo A
– Croácia, Sérvia, Bélgica, Escócia, Macedónia, País de Gales;
grupo B – Itália, Dinamarca, República Checa, Bulgária, Arménia e Malta;
grupo C
– Alemanha, Suécia, Irlanda, Áustria, Ilhas Faroé, Cazaquistão;
grupo D – Holanda, Turquia, Hungria, Roménia, Estónia e Andorra;
grupo E – Noruega, Eslovénia, Suíça, Albânia, Chipre e Islândia;
grupo G
– Grécia, Eslováquia, Bósnia, Lituânia, Letónia e Lichtenstein;
grupo H – Inglaterra, Montenegro, Ucrânia, Polónia, Moldávia e São Marino,
grupo I
– Espanha, França, Bielorrússia, Geórgia e Finlândia.
Queiroz defronta o Qatar
Na zona asiática, onde o português Carlos Queiroz defronta o desafio de levar o Irão à fase final e onde Timor-Leste já foi eliminado nas rondas preliminares, o sorteio produziu os seguintes grupos:
A - Singapura, Iraque, Jordânia e China;
B - Líbano, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Coreia do Sul;
C - Coreia do Norte, Síria, Uzbequistão e Japão;
D - Tailândia, Omã, Arábia Saudita e Austrália;
E - Indonésia, Bahrain, Qatar e Irão.
Na zona norte-americana, estão definidos os seguintes grupos para a primeira fase:
A - Rep. Dominicana, Ilhas Caimão, Suriname, El Salvador;
B - Bermuda, Barbados, Guiana, Trindade e Tobago;
C - Bahamas, Nicarágua, Dominica, Panamá;
D - Sta. Lucia, Porto Rico, S. Kitt e Nevis, Canadá;
E – Belize, S. Vicente, Guatemala, Grenada;
F - Ilhas Virgens Britânicas, Coraçaa, Antigua e Barbuda, Haiti.
Na segunda fase norte-americana, o esquema eliminatório é composto pelo
grupo 1: EUA, Jamaica, vencedor do grupo F e vencedor do grupo F;
grupo 2: México, Costa Rica, vencedor do grupo A e vencedor do grupo B;
grupo 3: Honduras, Cuba, vencedor grupo C e vencedor do grupo D.
Já os sul-americanos defrontam-se num único grupo de qualificação entre a Argentina, a Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, o Paraguai, o Peru, o campeão continental Uruguai e a Venezuela. Passam 4 equipas, com uma quinta a disputar um play off com uma selecção de outro continente. O Brasil, como anfitrião, já tem lugar assegurado na fase final do Campeonato do Mundo.
Na Oceania, o vencedor da zona de apuramento menos cotada da FIFA, da qual a Austrália já não faz parte, terá que defrontar uma selecção repescada de outro continente. O grupo A é composto pelo Taiti, a Nova Caledónia, Vanuatu e o vencedor de uma fase eliminatória prévia entre arquipélagos menores (Samoa, Tonga, Ilhas Cook e Samoa Americana). No grupo B, a Nova Zelândia joga para aquecer frente à Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão e Fiji.

Imigrantes guineenses em Espanha = Governo Espanhol promete reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau

Bissau - O Secretário de Estado das Comunidades guineense anunciou, após o encontro com o director-geral da Imigração e Segurança de Espanha, que o Governo espanhol vai reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau.

Esta visita tem o objectivo de acompanhar as situações da imigração e funcionamentos dos Consulados Honorários, em cooperação com a Embaixada da Guiné-Bissau em Espanha.


Fernando Gomes Dias, titular da pasta das Comunidades, ficou satisfeito com o resultado da visita e assegurou que a promessa do Governo espanhol em fortalecer a sua cooperação com a Guiné-Bissau trouxe a abertura de uma porta importante para a solução dos problemas dos imigrantes guineenses em Espanha.


Fernando Gomes Dias sublinhou ainda que, juntamente com o secretário de Estado Espanhol do Interior, analisaram os acordos sobre a luta contra a imigração clandestina, assinado entre os dois países com a intenção de pôr em prática algumas medidas tais como a concessão das autorizações de residência e a criação de projectos de desenvolvimento para a juventude guineense em Espanha, que continua ressentir-se com o desemprego.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Primeiro ministro da Guiné Bissau diz que não se demite

Bissau - O cenário político, na Guiné-Bissau, tende a suscitar cada vez um maior debate ou reflexão entre as facções partidárias. A exoneração do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, exigida pela oposição democrática, continua a dominar agenda do Presidente da Republica.


À saída de um encontro com o presidente da República, Malam Bacai Sanhá, Gomes Júnior, interrogado pelos jornalistas sobre a posição dos partidos políticos da oposição, que pedem a sua exoneração, disse não estar preocupado e que a sua eventual saída do Governo deverá feita através dos mecanismos democráticos.


Também a presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro, esteve reunida com o presidente da República.

Brasil acredita em maior angariação de recursos para a Guiné-Bissau

Embaixadora junto às Nações Unidas disse que o optimismo do Brasil foi reforçado na recente reunião ministerial dos países-membros da CPLP.

Nova York - Um encontro internacional deve acertar aspectos para a busca de recursos para reforma do sector de segurança da Guiné-Bissau, disse a embaixadora do Brasil junto das Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti.


Em entrevista à Radio ONU, na sede da organização, a diplomata brasileira disse que o optimismo do seu país foi reforçado na recente reunião ministerial dos países-membros da Comunidade de Países de Língua portuguesa, CPLP, realizado na capital angolana, Luanda.


“Nós devemos realizar, em Nova York, nos próximos meses, em conjunto com a Guiné-Bissau, uma reunião para afinar os detalhes desse plano e procurar consciencializar a comunidade internacional a contribuir com maiores recursos para a sua implementação”, apontou.


O Brasil lidera a estratégia para a reforma de segurança na Guiné-Bissau. Ribeiro Viotti lembrou a importância do trabalho da Comunidade dos Países da África Ocidental (Cedeao) e da CPLP ao endossarem o roteiro de defesa e segurança.


A diplomata afirmou que o plano, já aceite pelo governo guineense, ajudou a criar as condições para que haja mobilização mais ampla da comunidade internacional para apoiar o programa.

Pnud apoia formação de funcionários públicos de Angola e Guiné-Bissau

Quatro acções de capacitação técnica em gestão pública reuniram mais de 100 participantes.

Nova York - Mais de uma centena de funcionários públicos guineenses e angolanos receberam capacitação técnica em gestão pública, em quatro estados brasileiros.


A iniciativa, desenvolvida em quatro etapas, foi promovida com o apoio do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, e contou com o financiamento da Noruega, informa a rádio ONU.


Em nota, os organizadores realçaram o contributo da parceria ao incentivar e aprimorar as relações entre Guiné-Bissau e Angola.
Através da capacitação técnica dos 106 participantes, em gestão pública, a intenção era “qualificar e fortalecer os conhecimentos sobre o tema, intensificando o processo de intercâmbio técnico e cultural.”


Daniel Furst, oficial de programas de Cooperação Sul-Sul da agência da ONU, indicou que “países com problemas similares podem encontrar mais facilmente soluções viáveis para a sua abordagem.”

Através desse tipo de parceria, o Pnud defende que nações em desenvolvimento têm a oportunidade de trocar experiências e reflectir juntos “em alternativas que os ajudem a superar as dificuldades e desenvolver de maneira sustentável e duradoura.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Presidente da República nomeia embaixador para Espanha

Bissau - O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, nomeou Paulo Silva para exercer funções de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, da República da Guiné-Bissau, em Espanha.

A escolha de Paulo Silva foi tornada pública no decreto presidencial datado de 27 de Julho. Esta medida acontece numa altura em que o Secretário de Estado das Comunidades guineense, Fernando Augusto Dias, se encontra, desde 25 de Julho, numa visita de sete dias a Espanha com o objectivo conhecer a situação das relações diplomáticas bilaterais.


A comunidade guineense tem sido confrontada, há já algum tempo, com dificuldades de várias ordens, entre as quais a falta de representação diplomática em Espanha e a escassez de documentação dos emigrantes da Guiné-Bissau naquele país.


Durante a visita, Fernando Augusto Dias deverá manter contacto com as autoridades espanholas e com a comunidade guineense ali estabelecida. O Secretário de estado das Comunidades da Guiné-Bissau deverá deslocar-se também à Bélgica, com o mesmo objectivo.


Sumba Nansil

Presidente da Guiné-Bissau tenta acalmar contestação ao P.M.

Malam Bacai Sanhá, presidente da república da Guiné-Bissau

O presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, estava de férias no estrangeiro, mas logo após o seu regresso, convocou os partidos políticos para se inteirar da situação no País, dado existir um clima de crispação.

Em audiências separadas, o Presidente guineense ouviu as cinco forças com representação parlamentar. O PRS e o PRID reafirmaram aquilo que têm defendido nas manifestações de rua dos últimos dias : Ou o presidente demite o Primeiro-Ministro, ou então vão continuar com as acções de protesto nas ruas do País. O correspondente da RFI em Bissau, Mussá Baldé, presente na conferência de imprensa, recolheu as declarações de Abdu Mané, do Partido Republica da Independência e Desenvolvimento.

Embora na oposição, as outras duas forças com representação parlamentar, a AD e o Partido Nova Democracia, não têm a mesma opinião, e afirmam que qualquer acção do Primeiro-Ministro terá de ser julgada no Parlamento, e nas urnas. Esta é também, de resto, a opinião do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, na pessoa de Adiatu Nandigna, vice-presidente deste partido.

Cor.Guiné Bissau
 
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Solidariedade com as crianças da Guiné-Bissau

A primeira-dama da Guiné-Bissau veio a Famalicão, no âmbito de uma visita a Portugal, agradecer pessoalmente à Escolinha – Centro de Educação e Ensino pela solidariedade que tem tido para com os miúdos órfãos do
“Ninho da Criança”.

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Na recepção à comitiva da Fundação “Ninho da Criança”, da Guiné-Bissau, as crianças da Escolinha cantaram o hino do estabelecimento, onde proferem a seguinte frase: “Tudo o que aqui fiz fez de mim mais feliz”. Mas, perante o gesto de solidariedade, de enviar três contentores com roupa, alimentos, material escolar e brinquedos, os meninos órfãos do “Ninho da Criança” poderão acrescentar ao hino a frase: “tudo o que fizeram fez de mim mais feliz”.
Após a recepção de boas-vindas, a primeira-dama, Mariama Sanhá, através do seu adjunto Queba Djaita, agradeceu em nome dos 48 meninos órfãos do seu projecto “Ninho da Criança”, afirmando que «esta Escolinha vai nos nossos corações», afirmou.
A direcção da Escolinha, através de Paula Ruivo, explicou que esta acção solidária para com os meninos da Guiné vem no seguimento do projecto educativo e pedagógico que tem outros exemplos ao nível da solidariedade para com aqueles que mais precisam, nomeadamente em África. «A nossa Escola dá às crianças o que não se encontra à venda. Dá-lhes a atenção que as faz desabrochar, o afecto que as humaniza e o sentido de responsabilidade pelos outros que as faz crescer por dentro. Por isso, acolheram de braços abertos e corações ale-gres a campanha da vossa Fundação», explicou Paula Ruivo.


Em Março seguiu para a Guiné-Bissau um contentor com roupa, calçado, brinquedos, livros, material escolar e outros objectos do mundo das crianças, e brevemente embarcam mais dois contentores com outro material do género.


A opção por ajudar a Fundação “Ninho da Criança”, criada pela primeira-dama da Guiné-Bissau, surgiu por intermédio da mãe de uma aluna da Escolinha, que conhecia o projecto da ex-colónia portuguesa. Habituada a colaborar com outras instituições, a Escolinha respondeu afirmativamente ao pedido e começou a trabalhar, juntando crianças e pais, na angariação e no arranjo das peças. Além deste material, foi oferecida uma incubadora para recém-nascidos, que contou com a colaboração dos Associação dos Bombeiros Famalicenses, representada nesta cerimónia pelo presidente, António Meireles.


O material servirá para suprimir parte das necessidades do “Ninho da Criança”. Uma instituição que além de ajudar crianças órfãs, apoia mulheres que se encontram em situação de extrema pobreza, no sentido de as apoiar numa economia de subsistência em pequenos negócios para poderem dar educação aos seus filhos; ajuda hospitais e maternidades, com a entrega de ambulâncias e incubadoras. A taxa de mortalidade entre as grávidas é elevada e, como explicou Queba Djaita, deve-se em parte à distância que as mulheres são obrigadas a percorrer até às maternidades, e em transporte desadequado. «Torna-se complicado fazê-las chegar a tempo sendo levadas em carroça de burro ou de bicicleta», elucida Queba Djaita. Mas, outra das funções da Fundação “Ninho da Criança” diz respeito ao transporte de crianças doentes e seus acompanhantes para hospitais no exterior. Até ao momento, evacuou 45 crianças para Portugal e Senegal (república africana).


Além da Escolinha, a primeira-dama da Guiné-Bissau passou pela ATC- Teatro Construção de Joane e por outras instituições bracarenses na procura de parcerias financeiras ou de material para as causas que abraça.


ATC celebra protocolo de colaboração
A Primeira-Dama da Guiné-Bissau esteve, também, na Associação Teatro de Construção (ATC) para firmar um protocolo de colaboração que tem como objectivo a partilha da experiências e o apoio financeiro para a criação de infraestruturas de apoio às crianças guineenses.


Aproveitando a sua deslocação ao distrito de Braga, onde contactou com diversas entidades e instituições em busca de apoio financeiro e logístico para as suas actividades, Mariama Sanhá ficou a conhecer a capacidade de resposta das valências de infância da ATC e presidiu à assinatura do protocolo, antecedida por uma dramatização, que teve como protagonistas as próprias crianças. Uma visita que foi rodeada de fortes medidas de segurança.


Ao abrigo do documento, a ATC compromete-se a acolher, nas suas instalações, algumas crianças da Guiné-Bissau e a desenvolver esforços para ajudar na construção de infraestruturas. Custódio Oliveira, presidente da ATC,  lembrou que o apoio social na instituição «iniciou-se numa garagem» e sublinhou a importância do contacto com a realidade de outros países no desenvolvimento das suas valências.

Diogo Salomão recusa Guiné Bissau

Extremo teve a possibilidade de representar a selecção do país de origem do seu pai, mas declinou o convite

  Diogo Salomão festeja golo com André Santos (SCP)Luís Norton de Matos pretendeu levar Diogo Salomão para representar a Guiné Bissau, mas o extremo que está no D. Corunha cedido pelo Sporting não manifestou disponibilidade, ao contrário do que foi aventado.
Diogo Salomão, de 22 anos, é internacional sub-21 por Portugal e foi, de facto, desafiado há uns tempos por Luís Norton de Matos. No entanto, ao que o Maisfutebol apurou, o jovem atleta optou por lutar pela chamada à selecção de Portugal.


A Guiné Bissau vai defrontar a Guiné Equatorial a 10 de Agosto, num jogo marcado para Lisboa, provavelmente no Estádio do Restelo. Diogo Salomão, é certo, não estará lá.


[artigo actualizado]

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Guiné-Bissau recebe 19 milhões de euros para combate à sida

A Guiné-Bissau prepara um novo plano estratégico de luta contra sida. O primeiro-ministro pede que o novo plano seja adequado ao documento estratégico nacional de redução da pobreza no país.


Conflito de competências entre o Ministério Publico e o Tribunal Militar Superior

Bissau – O conflito de competências é o ponto de discórdia em que assenta o processo sobre o caso «4 e 5 de Junho de 2009», marcado pelas mortes de Baciro Dabo e Hélder Proença, acusados da tentativa de Golpe de Estado.

O processo que declarou Baciro Dabo e Hélder Proença de tentativa de Golpe de estado está já arquivado e consiste num dos motivos de desentendimento entre a oposição e o Primeiro-ministro guineense.


No dia 21 de Julho, a Procuradoria-geral da Republica remeteu ao Tribunal Militar Superior o caso «4 e 5 de Junho de 2009», invocando um dos artigos do Código da Justiça Militar. No dia seguinte, o Tribunal decidiu destinar novamente o processo ao Ministério Publico, afirmando não ter competências para julgar o caso.

O Coordenador dos Serviços do Ministério Público para o Sector Autónomo de Bissau e Região de Biombo, Cipriano Naguelim, desdramatizou a situação afirmando que o único órgão competente para definir a quem cabe julgar o caso é o Supremo Tribunal da Justiça. Assim, o Ministério Público prontificou-se a solicitar uma intervenção, uma vez que não existe nenhum tipo de conflito entre as duas instituições.


Em entrevista à rádio privada Pindjiguiti, o Presidente do Tribunal Superior Militar, Eduardo Costa Sanha, afirmou que esta instituição militar entende não poder intervir nesta matéria, dois anos depois do crime. Foi por este motivo que enviou o processo de volta ao Ministério Publico.


Quanto aos casos dos homicídios de Nino Vieira, ex-presidente da Republica, e Tagme Na Way, antigo Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas, Costa Sanha revelou que «o Tribunal Militar Superior não recebeu nenhum processo sobre este caso».


Cipriano Naguelim diz nunca ter sido referido que o caso foi remetido ao Tribunal Superior Militar pois a conclusão destes processos está dependente dos resultados da peritagem efectuada pelas equipas brasileira e norte-americana, nomeadamente nas instalações militares onde Tagme Na Way foi morto por uma bomba.
Lassana Cassama

PR recebe partidos com assento parlamentar para analisar pedido de demissão do primeiro-ministro

Bissau, 26 jul (Lusa) -- O Presidente guineense deve receber hoje os partidos com assento parlamentar e representantes da sociedade civil para discutir o pedido de demissão do primeiro-ministro que tem sido feito nos últimos dias pela oposição, disse à Lusa fonte da presidência.

Segundo a mesma fonte, Malam Bacai Sanhá, que regressou ao país no domingo, quer saber o que se passa e quais as motivações dos partidos e também qual a opinião da sociedade perante a insistência da oposição na demissão do primeiro-ministro.

A oposição, reagrupada no chamado coletivo de oposição democrática, que junta 17 partidos, na sua maioria sem representação parlamentar, tem exigido, através de manifestações nas ruas de Bissau, a demissão do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Guiné-Bissau tem 25 milhões de dólares para a luta contra a sida

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, apresentou hoje o novo Plano Estratégico Nacional de Combate à Sida, cuja taxa de prevalência é estimada em 3.6%, de acordo com os dados do inquérito geral da população de 2010.

No seu discurso na ocasião, Carlos Gomes Júnior diz ser preocupante para o seu Governo o facto de a Guiné-Bissau ser considerada um "país de epidemia generalizada", onde, contudo, ocorrem progressos no combate à doença.

"Em reconhecimento do nosso empenho, dos importantes progressos alcançados nos últimos anos, o Fundo Mundial, decidiu atribuir à Guiné-Bissau a segunda fase da subvenção da Ronda 7, no montante de 19 milhões de euros para três anos, destinados a fortalecer ainda mais a resposta nacional", declarou o chefe do executivo guineense.

A juntar a esta verba, o Programa das Nações Unidas rubricou com o governo, através do Ministério da Saúde Pública, um protocolo para atribuir ao país 2.9 milhões de dólares americanos destinados a apoiar a luta contra a sida no biénio 2011-2012.

Mesmo com estas verbas, o secretário executivo do comité nacional de luta contra a sida, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Silva Monteiro, defendeu que o país está aquém das reais necessidades financeiras.

"Longe disso, só para as necessidades estabelecidos precisamos de 34 milhões de dólares. Ora, neste momento só temos 25 milhões do Fundo global, instituição que dá mais dinheiro. Alguém disse aqui que falta dinheiro para dar comida aos seropositivos em tratamento com os antirretrovirais e é verdade", disse Silva Monteiro.

Actualmente mais de sete mil guineenses são submetidos aos tratamentos com os antirretrovirais, recebendo medicamentos e alimentação gratuitos do governo.

Para o responsável do comité nacional de luta contra a sida, a situação da doença "é mesmo preocupante, pelo menos em termos estatísticos", isto porque, assinalou, a Guiné-Bissau está acima dos restantes países da sub-região. 

"Cabo Verde nem chega a 1%, a Gâmbia e o Senegal também, em termos de sero-prevalência. É preciso encararmos o problema", afirmou Monteiro.

Chefe das Forças Armadas de Angola inicia visita de uma semana ao país

Bissau, 24 jul (Lusa) -- O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Angola, general Geraldo Nunda, inicia hoje uma visita de trabalho de uma semana à Guiné-Bissau para analisar os aspetos gerais do programa de reforma do setor militar guineense que conta com o apoio do governo angolano.

Segundo fonte do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, o responsável militar angolano chega hoje a Bissau, onde permanece até quarta-feira, dia em que parte para uma visita a Cabo Verde, regressando à capital guineense no sábado e seguindo no dia a seguir para Luanda.

A visita do general Nunda começa verdadeiramente na segunda-feira, com uma reunião com os elementos da Missang (Missão de Cooperação Técnica de Segurança Angolana na Guiné-Bissau) e no mesmo dia terá um encontro com o seu homologo guineense, o general António Indjai.

Presença de Angola "é desejada e querida"

         Ministro Adelino Queta revela optimismo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau disse, sábado, em Luanda, que, com a adopção pela CPLP, do roteiro para reforma do sector de defesa e segurança do seu país passa a haver "o elemento que faltava para o efectivo início do processo".


Adelino Queta, em entrevista ao Jornal de Angola, Angop e Rádio Nacional de Angola, afirmou que a adopção do roteiro pela CPLP era o passo que faltava para o processo de reformas do sector de defesa e segurança da Guiné-Bissau começar, de facto, a ser desenvolvido.
"O roteiro é um documento trabalhado pelo Estado-Maior das Forças Armadas dos países da CEDEAO, com a colaboração da parte angolana, aprovado pelo Conselho de Ministros da Guiné-Bissau e submetido às instâncias superiores da CEDEAO, que o ratificaram, em Março, numa cimeira, em Abuja. Faltava a parte da CPLP", referiu.


Mano Queta declarou que, embora estejam reunidas as condições técnicas para a execução da reforma, é fundamental a componente financeira, que, adiantou, foi, em parte, assegurada pela CEDEAO.
"Grande parte da componente financeira está assegurada pela CEDEAO, que, na cimeira de Abuja, atribuiu 63 milhões de dólares para a reforma do sector de defesa e segurança". O ministro guineense realçou a "forte participação de Angola" na ajuda à paz e à estabilidade no seu país.


"Temos a Missang, que tem ajudado a colmatar algumas lacunas, designadamente na formação dos nossos militares e na reparação de algumas casernas", disse, salientando ser necessário "que todos, Guiné-Bissau e comunidade internacional, designadamente, CEDEAO e CPLP, de mãos dadas, comecem a trabalhar na execução da reforma do sector de defesa e segurança".


O roteiro para reforma do sector de defesa e segurança da Guiné-Bissau, afirmou, é resultado do trabalho não só das Forças Armadas da Guiné-Bissau, mas também das da CEDEAO, através dos Chefes de Estado-Maior", que numa das reuniões, na capital económica da Nigéria, contou com a presença dos ministros da Defesa e Segurança da CEDEAO e do ministro da Defesa e do secretário de Estado das Relações Exteriores angolanos.

O roteiro, frisou, era necessário para a comunidade internacional, não só a CEDEAO ou a CPLP, mas as Nações Unidas, pois era uma das condições exigidas para se começarem a desencadear acções para obter meios financeiros indispensáveis para a concretização do processo de reformas.


Presença querida
Adelino Queta enalteceu o empenho de Angola na ajuda ao seu país, no plano multilateral e bilateral. "No âmbito da CPLP, a nível multilateral, há empenho de Angola em ajudar a Guiné-Bissau e bilateralmente decidiu tomar a dianteira e tem estado a desempenhar um papel importante", declarou, frisando que o seu país se congratula com essa posição "aberta e fraternal".
A presença de Angola na Guiné-Bissau, garantiu, é não só desejada, mas querida. Adelino Queta disse que a presença das Forças Armadas Angolanas, por intermédio da Missang, junto da comunidade castrense da Guiné-Bissau é total e que o seu país "até agradece".


O ministro guineense afirmou que o seu país tem em conta não só a componente financeira, mas "o aconselhamento, o estímulo e todas as diligências que Angola tem feito a favor da Guiné-Bissau no exterior".


"No Conselho de Segurança da ONU é apresentado, periodicamente, um relatório ao Secretário-Geral sobre a situação na Guiné-Bissau e nessas alturas, quer o secretário de Estado de Angola, quer o próprio ministro, estão sempre presentes e têm sido grandes advogados do meu país", disse.


Crença na paz
A estabilidade é um facto na Guiné-Bissau, e, disse Mano Queta, já existe uma consciência geral sobre a paz como factor indispensável para o desenvolvimento do país.


Mano Queta referiu-se também ao papel desempenhado pelo Conselho Nacional de Reconciliação, encabeçado pelo Presidente Malam Bacai Sanha, e o amplo movimento de sensibilização das comunidades guineenses, quer a nível interno, quer a nível das diásporas.


Sobre o papel da Missang, realçou o trabalho conjunto que está a ser desenvolvido e a sinergia entre militares angolanos e guineenses.
"Os nossos militares têm plena consciência que a presença dos colegas angolanos é para ajudar. Só quem não tem consciência é que pode desprezar aquele que vem ajudar e nós temos plena consciência do papel importante que as Forças Armadas Angolanas, através da Missang, desempenham", disse o ministro Mano Queta, lembrando que "recentemente houve uma missão no interior do país para ver as casernas que devem ser recuperadas".

“AS ORAÇÕES DE MANSATA” Cena Lusófona apresenta hoje o mais recente título da sua colecção de dramaturgia

«Oito conselheiros do Supremo-Chefe, encarregados de assuntos como tchumul-tchamal [confusão], meker-meker [intriga] ou nhengher-nhengher [conspiração] disputam entre si a melhor forma de derrubar o líder e ocupar a cadeira da Suprematura. Para o efeito, partem em busca das “Orações de Mansata”, que supostamente lhes facilitariam a dominação sobre o seu povo, num processo em que a traição, a tortura e o assassinato são reduzidos à banalidade».

 

Escritor com três romances editados, o guineense Abdulai Silá estreia-se na dramaturgia com “Orações de Mansata”, um retrato impiedoso dos mecanismos da corrupção, da luta pelo poder e da violência que caracterizam vários regimes políticos e que têm também marcado a realidade da Guiné-Bissau.


A obra apresentada hoje, às 21h30, no Teatro da Cerca de S. Bernardo, é o mais recente título da colecção de dramaturgia da Cena Lusófona, sendo definida por Abdulai Silá como «uma adaptação de Macbeth à realidade africana». Nesta peça, como na de Shakespeare, «o tema prevalente é o desejo de possuir poder e o uso do poder adquirido», escreve Russell G. Hamilton, decano da Faculdade de Letras da Universidade de Vanderbilt (EUA) e autor do prefácio. 

domingo, 24 de julho de 2011

Delegação do Fórum Macau inicia hoje visita à Guiné-Bissau para reforçar trocas comerciais

Bissau,  (Lusa) -- Uma delegação do secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa inicia hoje uma visita à Guiné-Bissau para reforçar as transações comerciais entre os dois países.

Segundo um comunicado à imprensa do Ministério da Economia guineense, o objetivo da visita é "reforçar as transações comerciais entre as empresas da China e o setor privado do espaço da língua portuguesa, bem como aumentar o fluxo de investimento, sendo o papel do estados o de facilitar o processo".

A delegação do Fórum, com sede em Macau, é liderada pelo secretário-geral daquela organização, Chang Hexi, e inclui ainda os seus dois adjuntos, um assessor do Ministério do Comércio chinês e um membro do gabinete de ligação do governo central de Pequim na região especial de Macau.

© 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A

CPLP. Conselho de Ministros aprova roteiro de reformas na Guiné-Bissau

Lisboa,  (Lusa) -- Os chefes da diplomacia dos países de língua portuguesa aprovaram hoje em Luanda o roteiro para a reforma do setor de defesa e segurança na Guiné-Bissau, refere o comunicado final da XVI Reunião do Conselho de Ministros da CPLP.

No documento, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) apelam às autoridades, forças políticas e ao conjunto da sociedade civil da Guiné-Bissau a "mobilizarem todos os esforços, com vista à concretização das reformas previstas" no Roteiro CEDEAO-CPLP para a Reforma do Setor de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau.

Exortam igualmente a Presidência da CPLP para, em "concertação com o Governo da Guiné-Bissau, o secretariado executivo e a CEDEAO [Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental, encetar diligências visando a realização de uma Conferência Internacional de Parceiros de Desenvolvimento da Guiné-Bissau para a mobilização adicional de recursos financeiros".

SK

Lusa/Fim

(CPLP) Situação na Guiné-Bissau dominou um ano de presidência angolana

Luanda,(Lusa) -- Angola, no primeiro ano de presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dedicou especial atenção à situação na Guiné-Bissau, à Língua Portuguesa e à entrada da Guiné Equatorial na comunidade, destacou hoje o chefe da diplomacia.

George Chicoti, que falava na abertura da XVI reunião ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, em Luanda, a presidência angolana dedicou especial atenção ao seguimento da situação na Guiné-Bissau, acompanhando "atentamente a evolução da reforma do setor de defesa e segurança".

O ministro angolano saudou os Estados-membros pela solidariedade prestada à Guiné-Bissau, "com ações concretas, de formação ou de concertação político-diplomática", para o fortalecimento das estruturas institucionais do Estado de direito desse país.

George Chicoti referiu que a aspiração da Guiné Equatorial, em aceder ao estatuto de membro de pleno direito da CPLP, foi outra questão candente da presidência angolana, tendo já sido percorrido um caminho nesse sentido.

"Um longo caminho resta ainda a percorrer e estamos convictos que se forem dados passos concretos no preenchimento das normas estabelecidas na Cimeira de Luanda, será possível cimentar alicerces para o alargamento da nossa comunidade", referiu o governante angolano.

Angola durante um ano da sua presidência prestou ainda particular atenção à promoção da Língua Portuguesa, a sua difusão e utilização nas organizações internacionais.

"Este é outro desiderato fundamental, contribuindo para a realização da nossa comunidade e para o seu fortalecimento", sublinhou George Chicoti, acrescentando que "esta é uma responsabilidade incontornável da comunidade e de cada um dos Estados-membros".

O chefe da diplomacia angolana saudou a criação da Direção para a Ação Cultural e Língua Portuguesa no Secretariado Executivo, cujo diretor já foi escolhido, diminuindo assim o "défice permanente" da ação cultural na comunidade.

No seu discurso, o ministro das Relações Exteriores de Angola referiu-se igualmente à decisão relativa às novas instalações do Secretariado Executivo, para que muito em breve a CPLP disponha da sua sede em Lisboa.

"A presidência angolana está profundamente comprometida com a solução desta questão, que confira maior valor à organização, provendo-a de meios para que a CPLP cumpra efetivamente a sua vocação", referiu o ministro.

Relativamente à questão orçamental da CPLP, considerada pelo governante angolano como "grave fator de estrangulamento da comunidade", George Chicoti disse esperar que ela seja tomada "ainda mais a sério pela organização".

"Temos esperança que deste Conselho de Ministros saia uma deliberação relativa ao crescimento do orçamento do secretariado e que a norma referente ao crescimento real e nominal zero do orçamento, a terminar em 2012, seja ultrapassada, prevendo o seu crescimento", disse.

Na reunião do Conselho de Ministros estão presentes os chefes da diplomacia de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, enquanto Timor-Leste se faz representar pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.

NME.

Lusa/Fim

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Oposição explica à comunidade internacional porque pede demissão do primeiro-ministro

Bissau, 22 jul (Lusa) -- Os partidos da oposição da Guiné-Bissau que estão a exigir a demissão do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, iniciaram hoje ações de esclarecimento junto dos representantes da comunidade internacional para lhes explicar os seus propósitos.

Segundo Fernando Vaz, da União Patriótica Guineense (UPG), um dos 17 partidos da oposição que exigem a demissão de Carlos Gomes, os esclarecimentos visam "explicar melhor e apresentar provas das acusações" que são dirigidas contra o primeiro-ministro.

"Há uma grande campanha de desinformação sobre o que realmente estamos a exigir. Nós não queremos alterar a ordem constitucional e muito menos chegar ao poder, queremos apenas e só que haja justiça", disse Fernando Vaz, em declarações à Agência Lusa a margem de uma conferência de imprensa hoje realizada pelo chamado coletivo da oposição democrática.

Governo da Guiné-Bissau anuncia privatização da Guiné Telecom

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, anunciou hoje que o governo está a trabalhar no saneamento e revalorização do património da Guiné Telecom e que seguidamente vai privatizar a empresa. Carlos Gomes Júnior falava hoje no lançamento do projecto de reestruturação das empresas Guiné Telecom (rede fixa) e Guinetel, ambas exclusivas do Estado guineense, mas em estado de falência técnica. Para o relançamento das duas empresas, o Governo recebeu hoje uma verba de mais de 10 mil milhões de euros do Banco Africano de Desenvolvimento e do Ecobank, dinheiro que o primeiro-ministro disse ser suficiente para reequilibrar as empresas em termos técnicos e depois privatizá-las.

Georges Chikoti afirma que reforço das estruturas institucionais é fundamental na Guiné Bissau

Ministro das Relações  Exteriores, Georges Chikoti

Luanda – O ministro das Relações  Exteriores, Georges Chikoti, defendeu hoje, em Luanda, a necessidade do reforço das estruturas institucionais como fundamentais para que a Guiné Bissau possa gozar de um clima de paz, confiança e de estabilidade política e social.

Por este motivo, o ministro, que falava na abertura da XVI reunião ordinária do Conselho de Ministro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), saudou, de modo particular, os estados membros que, numa acção solidária e fraterna, inscreveram acções concretas, de formação ou concertação político-diplomática para assistir à Guiné Bissau.

Frisou que no quadro da Presidencia angolana foram definidas várias questões, entre elas a situação neste país da comunidade, que mereceu um acompanhamento atento no que toca a reforma do sector de defesa e segurança.

O ministro referiu igualmente que o encontro constitui uma oportunidade para proceder ao balanço, bem como uma ocasião para reflectir sobre os caminhos que  a comunidade deverá trilhar no futuro.

O órgão, em seu entender, deverá gizar estratégias e programas profundos que permitam ultrapassar os problemas que urge resolver.

Neste quadro, argumentou que recebeu, da parte do seu homólogo de Portugal, Paulo Portas, informações sobre diligências para a aquisição de uma nova sede da organização, em Lisboa, que em seu entender darão prestígio a organização.

De acordo com o ministro, a presidência angolana está profundamente comprometida com a solução desta questão no sentido de conferir um maior valor à organização.

Além de um lugar de funcionários que executam as suas tarefas, disse Georges Chikoti, ela deve ser também um ponto de encontro de todos aqueles que trabalham para a concretização dos objectivos da promoção e defesa dos valores e da herança cultural comum.

Outro grande factor de constrangimento da organização, disse, tem a ver com a questão orçamental, que em seu entender deverá ser tomada ainda mais a sério pelos membros da organização.

O ministro manifestou a esperança que do Conselho de Ministros saia uma deliberação relativa ao crescimento do orçamento do secretariado.

O encontro reúne os responsáveis das diplomacias de São Tomé e Príncipe, Salvador Ramos,  António Patriota (Brasil), Jorge Borges (Cabo Verde), Paulo Portas (Portugal), Oldemiro Veloi (Moçambique) e Guiné Bissau, Adelino Queta.

Da agenda consta a apresentação dos relatórios do presidente do Conselho de Ministros, do coordenador do Comité de Concertação Permanente, do Secretariado Executivo e do coordenador da reunião dos pontos focais de cooperação da CPLP.

Entre outras questões, os ministros deverão aprovar uma resolução sobre a “estratégia de segurança alimentar e nutricional na CPLP” e sobre a realização do primeiro fórum da sociedade civil.

Devem ainda adoptar um projecto de resolução sobre o roteiro para a reforma do sector de defesa e segurança da Guiné Bissau, em parceria com a comunidade económica dos estados da África Ocidental (CEDEAO).

Prevê-se igualmente se pronunciar sobre a melhoria das instalações da CPLP, conferindo melhores condições de trabalho da organização.

A reunião de ministros vai abordar também sobre os projectos de resoluções sobre o prémio “José Aparecido de Oliveira”, as eleições em São Tomé e Príncipe e uma homenagem ao antigo Presidente do Brasil, Itamar Franco.

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Ministro das Relações Exteriores do Brasil e Guiné Bissau em Luanda

Luanda – Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, António de Aguiar Patriota, e da Guiné Bissau, Adelino Mano Queta, chegaram  (quinta-feira), ao país, onde vão participar no XVI Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a decorrer sexta-feira, em Luanda

No aeroporto, o governante brasileiro, proveniente da Guiné Bissau, onde cumpriu missão oficial em nome do seu executivo, recebeu cumprimentos de boas-vindas da embaixadora do Brasil, Ana Lucy Cabral Petersen, acompanhada de alguns membros da sua missão diplomática acreditados na capital do país.

Por sua vez, receberam Adelino Mano Queta, o cônsul-geral da Guiné Bissau em Angola, José Issac Monteiro, conselheiro político e diplomático do ministro Cipriano Gomes, que se encontra já em Luanda a participar nas sessões de preparação do Conselho de Ministros, incluindo altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores de Angola.

A XVI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai ter lugar na cidade de Luanda de 18 a 22 de Julho, sob o lema" o papel da CPLP nas Nações Unidas". O encontro será presidido por Georges Chicoti e contará com a presença de membros do Executivo angolano, assim como representantes das missões diplomáticas acreditadas em Angola.

O acto é promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e vai debater, dentre outros assuntos, as relações económicas entre os estados membros e Língua Portuguesa nas Organizações Internacionais.

De acordo com a agenda de trabalhos, nos dia 18 e 19 decorreu a reunião dos pontos focais da CPLP, dia 20 realizou-se o encontro dos grupos de trabalho, a 21 (hoje) tem lugar a sessão do Comité de Concertação Permamente (CCP) e no dia 22 de Julho, acontece a XVI Reunião do Conselho de Ministros.

Nesta sessão serão analisadas, entre outras questões, a revisão dos estatutos da organização, do fundo especial da comunidade, e a aprovação do roteiro CEDEAO-CPLP, no âmbito do Programa de Reforma do Sector de Segurança e Defesa da  Guiné Bissau.

Será igualmente debatido o regulamento do Prémio José Aparecido de Oliveira, a concessão da categoria de observador da CPLP, o orçamento de funcionamento do secretariado executivo para o exercício 2011 e as eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe.

O conselho vai contar com a presença de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné bissau, Moçambique, Brasil, Portugal e Timor-Leste, e como membros observadores a Guiné Equatorial, Ilhas Maurícias e o Senegal.

Roteiro a aprovar prevê consulta internacional para mobilizar recursos

Lisboa- O roteiro para a reforma do sector de defesa e segurança na Guiné-Bissau, a aprovar sexta-feira em Luanda, prevê o lançamento de "uma consulta internacional para a mobilização de recursos", disse hoje o secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira.  

O documento prevê o desenvolvimento de "esforços para, junto do sistema das Nações Unidas, se trabalhar na convocação, no tempo que se entender  adequado, de uma consulta internacional para a mobilização de recursos que possam sustentar, não só o Fundo de Pensões [dos militares], mas todo o programa de reforma", disse. 

Domingos Simões Pereira, que falava à Agência Lusa explicou que esta é uma das linhas de força do texto final que mereceu o consenso dos oito estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cujos representantes participam hoje na reunião do Comité de Concertação Permanente (CCP) da organização. 

O Comité de Concertação Permanente é um órgão da CPLP que integra os embaixadores dos países-membros e que está reunido hoje, antecedendo o Conselho de Ministros da CPLP, que sexta-feira se reúne em Luanda, para, entre outros pontos, fazer o balanço de meio mandato da presidência angolana e aprovar o referido roteiro.

Considerando que este é o assunto "mais delicado" do momento, Domingos Simões Pereira adiantou que os Estados avançaram diferentes formulações para o documento que iam desde "a simples aprovação" até à "consignação de verbas específicas" ou até "à orientação dos contactos estabelecidos junto dos parceiros". 

"No final está-se a encontrar uma formulação que falando disto tudo possa não significar um comprometimento desnivelado em relação às outras organizações parceiras", disse. 

Domingos Simões Pereira lembrou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) já aprovou o roteiro ao nível dos chefes de Estado e que já se avançou com uma "task force" para a aplicação do programa.

Por isso, a aprovação do texto é uma prioridade para o Conselho de Ministros de sexta-feira, prevendo ainda o documento que a CPLP, em coordenação com a Guiné-Bissau, aposte no reforço da parceria com a CEDEAO neste domínio.

Sobre os restantes assuntos em análise no Comité de Concertação Permanente, Domingos Simões Pereira mostrou-se satisfeito com a forma como estão a decorrer os trabalhos, adiantando que os Estados "estão a conseguir consenso sobre o essencial do programa" que será proposto ao Conselho de Ministros. 

A agenda proposta prevê ainda a aprovação de projetos de resolução como a revisão do Fundo Especial da CPLP ou a atribuição do prémio José Aparecido de Oliveira, que distingue anualmente personalidades dos países-membros que tenham se destacado.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Brasil vai apoiar a Guiné Bissau na área agrícola

O acordo tem por objetivo prestar uma cooperação "mais focalizada nos esforços da Guiné-Bissau de desenvolvimento agrícola"

Bissau - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, efetuou nesta quarta-feira (20) visita de trabalho à Guiné Bissau.
Na ocasião, os governos dos dois países assinaram um acordo de cooperação técnica e científica para a área agrícola.
Segundo Patriota, o acordo tem por objetivo prestar uma cooperação "mais focalizada nos esforços da Guiné-Bissau de desenvolvimento agrícola".
"O acordo é sobre cooperação na área de aproveitamento do cajú, que é um produto estratégico para a Guiné-Bissau, e também é um produto que encontramos no Brasil em abundância", disse o ministro das Relações Exteriores.
Antonio Patriota deverá desembarcar quinta-feira (21) em Luanda onde vai participar da reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Primeiro-ministro quer inquérito que apure graves acusações

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Bissau - O primeiro-ministro guineense exigiu (quarta-feira) ao Procurador-Geral da República a abertura de inquéritos para apurar as graves acusações que foram feitas terça-feira pelos partidos da oposição, noticia a LUSA.

Terça-feira, numa manifestação convocada por partidos da oposição, Carlos Gomes Júnior foi acusado de envolvimento na morte, nomeadamente, do antigo Presidente Nino Vieira e do antigo chefe de estado-maior general das Forças Armadas, Tagmé Na Waie.

A iniciativa decorreu sem incidentes, mas manifestantes terão, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, atirado pedras a um familiar de Carlos Gomes Júnior.

Pela "clara tentativa" de provocar "ofensas corporais graves" e pelos insultos "fáceis e cobardes", o primeiro-ministro exige a abertura de inquéritos e reserva-se "o direito de perseguir criminalmente os autores de tais acusações".

"O gabinete do primeiro-ministro quer assegurar a todo o povo da Guiné-Bissau que não existe nem nunca existirá nenhuma acusação formal contra o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, pela prática de crimes de sangue", diz o comunicado.

Carlos Gomes Júnior considera que os insultos "extravasaram de longe o âmbito da luta política", que atingiram a honra e consideração de familiares directos do chefe de governo, e que os organizadores da marcha não tiveram capacidade para o controlo da mesma.

No comunicado condena-se ainda o clima de ódio e violência e se afirmaque as palavras de ordem que foram usadas são suscetíveis de "provocar uma deriva grave na ordem política e social".

Responsável garante existência de liberdade de imprensa na Guiné-Bissau

Director-geral da Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG), Salvador Gomes

Luanda – O director-geral da Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG), Salvador Gomes, garantiu hoje, em Luanda, a existência de liberdade de imprensa no seu país, onde os jornalistas de diferentes órgãos exercem livremente a profissão.

Em declarações à imprensa, a margem da abertura da 4ª Assembleia Geral das Agências de Informação de Língua Portuguesa (ALP), acto presidido pela ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, o responsável disse não existir qualquer tipo de censura ou entrave à prática do exercício jornalístico na Guiné-Bissau.

Actualmente, exemplificou, está em curso no parlamento da Guiné-Bissau a discussão de um pacote de leis de imprensa, que vão regular o funcionamento do sector.

Mesmo antes destas discussões, lembrou, o sector nunca teve problemas relacionados com a liberdade de imprensa e os jornalistas nunca foram inibidos ou impedidos de praticarem livremente a sua profissão, mas sempre dentro dos limites estabelecidos pela deontologia e ética profissional.

“A Guiné-Bissau não se pode queixar de existência de casos de perseguição de jornalista ou de impedimento de profissionais do sector exercerem livremente a sua actividade”, sublinhou.

Sobre o encontro, Salvador Gomes espera que sirva para relançar a APL como um instrumento de produção e divulgação de informação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Disse esperar ainda que o encontro sirva para o reforço da cooperação entre os membros da APL e que a organização possa ser um catalisador das metas programadas pelas agências noticiosas da CPLP.

Apesar da APL estar um pouco atrasada em relação à dinâmica que a CPLP está a levar, espera que a aliança consiga doravante cumprir com os objectivos e acompanhar o desenvolvimento da comunidade lusófona.

Realçou, por outro lado, que a ANG mantém um bom nível de relações de cooperação bilateral com Agência Angola Press (Angop) e espera estreitar ainda mais os laços de intercâmbio.

Sublinhou que a Guiné-Bissau atravessou recentemente um período de conflito armado, que afectou várias estruturas, como ANG, que já está em fase de recuperação, para tal conta com o apoio da ANGOP-EP para o seu relançamento.

“Contamos com ajuda da ANGOP-EP, como um parceiro fundamental para recolocar a ANG no lugar que ocupava a nível das agências da ALP”, aventou.

Referiu que a ANG não tem muita posse e meios, mas possui qualidade no seu trabalho e muita informação para divulgar e que interessa aos países membros da ALP.

Participaram da cerimónia de abertura o vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho "Wadijimbi", directores nacionais do sector, administradores de órgãos de comunicação social públicos, directores gerais das agências da CPLP, adidos de imprensa, entre outras individualidades.

Brasil espera que estabilidade e democracia se enraízem no país - MNE brasileiro

Bissau - O chefe da diplomacia brasileira, António Patriota, que chegou hoje (quarta-feira) a Bissau para uma visita de 24 horas, disse esperar que a estabilidade e a democracia se enraízem na Guiné-Bissau, noticia a LUSA.

"Queremos também que a estabilidade política seja a tónica daqui para a frente, que a democracia se enraíze", afirmou o ministro brasileiro.

Segundo António Patriota, é "com esse objectivo que o Brasil lidera os esforços de consolidação da paz das Nações Unidas e deseja ampliar a sua cooperação em todos os sectores, inclusive defesa, segurança, formação profissional, saúde".

António Patriota falava à imprensa no final da assinatura de um acordo de cooperação técnico e científica no sector agrícola com as autoridades guineenses.

O acordo visa "prestar uma cooperação mais focalizada nos esforços da Guiné-Bissau de desenvolvimento agrícola", explicou António Patriota.

"O acordo é sobre cooperação na área de aproveitamento do cajú, que é um produto estratégico para a Guiné-Bissau, e também é um produto que encontramos no Brasil em abundância", disse.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Secretário Executivo da CPLP orgulhoso com apoio a Guiné-Bissau

Secretário Executivo da CPLP,  Domingos Simões Pereira

                   Secretário Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira

Luanda – O secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),  Domingos Simões Pereira, manifestou-se orgulhoso pela  disponibilidade dos Estados membros em apoiar a Guiné-Bissau, no âmbito da Missão Militar e Segurança  Angolana (Missang) naquele país.

“Penso que no global temos conseguido corresponder as expectativas dos Estados”, declarou hoje o responsável, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA) e à Angop, à margem da reunião dos pontos focais para a cooperação da CPLP, que decorre numa das unidades hoteleiras de Luanda.

Domingos Simões Pereira referiu que durante a XVI reunião ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, marcada para  o dia 22 deste mês, será avaliado aquilo que foi realizado  na Guiné-Bissau até ao momento.

Lembrou que na VIII Conferência dos Chefes de Estado e  de Governo da CPLP, realizada em Luanda, a 23 de Julho  de 2010, foi aprovada uma directiva no sentido de se apoiar a Guiné-Bissau a criar um ambiente favorável à implementação do sistema de reforma dos sectores de Defesa e Segurança, e nessa reunião ministerial será  avaliado o que foi feito. 

Por outro lado, salientou que na sessão de ministros serão igualmente analisadas as acções realizadas pela CPLP desde que Angola assumiu a presidência rotativa da organização, em Junho de 2010, o processo de adesão  da Guiné Equatorial à comunidade, bem como a revisão do  fundo especial para financiar e promover projectos  concretos de desenvolvimento, entre outras matérias.

Sobre a adesão da Guiné Equatorial, o responsável disse  que o processo está a caminhar bem, destacando a missão da CPLP chefiada pelo embaixador Luís Fonseca, que  recentemente se deslocou a Malabo para discutir com as  autoridades do país sobre a implementação do programa de aderência, dando continuidade às reuniões de concertação  havidas em Lisboa, em Novembro de 2010 e Março deste  ano.

“Agora temos um ano para implementar essas medidas e  convencer os Estados que o processo de adesão da Guiné  Equatorial está suficientemente maduro para ser aprovado”,  referiu. 

União Europeia impõe condições à Guiné-Bissau para prosseguir com cooperação

Luta contra a impunidade e a criminalidade organizada como condições

Bruxelas – O Conselho da União da Europeia (UE) considerou esta segunda-feira, 18 de Julho, que a «sublevação militar de 1 de Abril de 2010 e a posterior nomeação dos seus principais instigadores para altos cargos da hierarquia militar constituía uma violação grave e evidente dos elementos essenciais enunciados no Acordo de Cotonu», afirma em comunicado.

Assim, lembra o comunicado, em conformidade com o artigo 96.º do mesmo Acordo, a UE suspendeu temporariamente e em parte a sua cooperação para o desenvolvimento com a Guiné-Bissau e encetou consultas políticas que decorreram em 29 de Março de 2011, em Bruxelas.
Na reunião, as autoridades da Guiné-Bissau apresentaram uma série de medidas que se comprometeram a aplicar no sentido de garantir gradualmente o primado do poder civil, melhorar a governação democrática, assegurar o respeito pela ordem constitucional e o Estado de direito e lutar contra a impunidade e a criminalidade organizada.
«Acho encorajadores os compromissos assumidos pelas autoridades da Guiné¬ Bissau e espero que haja reformas bem-sucedidas. Estamos cientes dos importantes esforços que se avizinham e contamos com a determinação política dos nossos parceiros para vencer os desafios que têm pela frente, em especial quanto à reforma das forças armadas e à renovação da hierarquia militar. A UE não hesitará em tomar as medidas necessárias contra aqueles que coloquem entraves às reformas, tenham actividades ilícitas ou ameacem a paz e a estabilidade no país», afirmou Catherine Ashton, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
A Alta Representante asseverou ainda que a UE apoiaria as autoridades civis democraticamente legitimadas nos seus esforços para fazer avançar o processo de reforma, nomeadamente no sector da segurança.
«Desde o início das consultas, a UE tem prosseguido todas as suas actividades de apoio directo à população e assim continuará a fazer de futuro. A decisão hoje tomada abre a via para que gradualmente relancemos outras operações, em função dos progressos concretos efectuados pelos nossos parceiros da Guiné-Bissau no cumprimento dos seus compromissos. A primeira série de acções já está bem encarreirada. Deveremos assim poder reatar nos próximos meses a nossa cooperação no sector energético e rodoviário. Numa fase ulterior, será disponibilizada assistência de maior vulto, incluindo apoio ao orçamento, uma vez empreendidas reformas estruturais no sector da segurança e medidas credíveis para combater a impunidade e a criminalidade organizada», declarou Andris Piebalgs, Comissário da UE para o Desenvolvimento.
Enquanto não se avançar na agenda de reforma do país e na luta contra a impunidade e a criminalidade organizada, a Comissão suspenderá temporariamente e em parte a sua cooperação para o desenvolvimento, por exemplo, nos domínios do apoio ao orçamento ou da reforma do sector da segurança. Serão contudo prosseguidas as medidas humanitárias e a assistência em benefício directo da população. No âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento, foi atribuído à Guiné-Bissau um montante de cerca de 110 milhões de euros, para o período de 2007 a 2013. As verbas em causa destinavam¬ se nomeadamente a apoiar o país na consolidação do Estado de direito e da democracia (reforma da administração, do sistema judicial, das forças de segurança, etc.), bem como a facilitar o acesso da população a serviços básicos como água e energia, avança o mesmo comunicado.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Super Mama Djombo - Bissau kila mudaInserir

Mais de 300 manifestantes concentrados nos arredores de Bissau

19 de Julho de 2011, 11:17

Bissau, 19 jul (Lusa) - Mais 300 pessoas estão concentradas hoje numa estrada nos arredores de Bissau de onde deverão marchar em direção ao centro da cidade na segunda manifestação em seis dias dos partidos da oposição contra o primeiro-ministro.

O início da marcha, agendado para as 09:00 locais (10:00 em Lisboa), foi atrasado cerca de uma hora para permitir a chegada de mais manifestantes ao local, adiantou a organização.

Os manifestantes empunham cartazes com a imagem do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior com a frase "Primeiro-ministro para o tribunal".

Partidos da oposição da Guiné-Bissau organizam nova manifestação contra primeiro-ministro

Lisboa, 19 jul (Lusa) -- Cerca de dez partidos da oposição da Guiné-Bissau deverão manifestar-se novamente hoje, pela segunda vez em seis dias, nas ruas de Bissau, pedindo a demissão do primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior.

O protesto de hoje foi convocado ainda durante a primeira manifestação, realizada na quinta-feira passada, em que os partidos afirmaram que vão protestar "até que o primeiro-ministro se demita ou seja demitido".

A promessa das manifestações de rua para exigir a demissão de Carlos Gomes Júnior foi vincada por Sori Djaló, presidente interino do Partido da Renovação Social (PRS), principal força política da oposição na Guiné-Bissau.

Campanha de comercialização da castanha de caju

Bissau – O Governo da Guiné-Bissau perspectiva exportar mais de 160  toneladas de castanha de caju durante o presente ano agrícola, com o objectivo de aumentar a receita do Estado.

O optimismo do Governo foi anunciado pelo ministro do Comércio, Botche Candé, que adiantou  que, neste momento, mais de 118 mil toneladas já foram exportadas, tendo sido já autorizada a exportação de mais de 120 mil toneladas.
«Com base nestes dados, posso considerar que esta foi uma campanha bastante positiva», referiu Botche Candé. Em termos de rendimento público, o responsável disse ter arrecadado uma boa receita para o Estado.


Botche Candé afirmou ainda que o sucesso desta campanha prende-se com as medidas de controlo ao nível das fronteiras da Guiné-Bissau, o que passa, entre outros aspectos, pela exportação da castanha de caju via marítima, através do Porto de Bissau.


Outro método que teve também sucesso nesta operação foi a cobrança de 0,08 euros por cada quilograma de caju exportado, este ano aplicado a todos os exportadores, o que rendeu cerca de 10 milhões de euros ao estado.


Nesta entrevista, o ministro do Comércio anunciou ainda a chegada ao país de 30 mil toneladas do arroz importado pelo Governo, com o objectivo de conter a especulação do preço deste bem essencial no mercado nacional, que tem sofrido um aumento descontrolado por parte dos comerciantes nacionais.


Sumba Nansil

Agências de Informação de Língua Portuguesa reúnem-se na quarta-feira em Angola

Lisboa, 18 jul (Lusa) - A Aliança das Agências de Informação de Língua Portuguesa (ALP), que integra a Lusa, organiza na quarta-feira a sua 23.ª Assembleia-geral, que discutirá o estado atual das entidades bem como outros assuntos do interesse das agências.

A reunião decorrerá em Luanda, Angola, e contará, além da agência portuguesa Lusa, com representantes de Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-leste.

O discurso de abertura, diz a Agência de Notícias de Angola (Angop), deverá ser proferido pela ministra da Comunicação Social do país, Carolina Cerqueira.

A ALP foi criada em Lisboa, em julho de 1996, durante o Fórum da Comunicação realizado nessa altura no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Dos estatutos da entidade constam, entre outros, a promoção do desenvolvimento das agências de informação nacionais com vista a reduzir os desequilíbrios existentes entre as mesmas, bem como entre as agências associadas a formação profissional no campo jornalístico e tecnológico.

Na visita desta semana a Angola, os representantes das agências devem efetuar visitas às instalações da Angop e ao Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), entre outros pontos de referência do setor dos media no país.

PPF.

Lusa/Fim

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cerimónia de entrega de equipamentos na Guiné-Bissau pela Cooperação Portuguesa

PAIPA1 «A Cooperação Portuguesa, através do Projecto de Apoio à
Intensificação da Produção Alimentar – PAIPA, entregou um conjunto de equipamentos a duas comunidades das tabancas de Djana e Sucotô na Região de Bafatá.

 
transferir (1)Estes materiais visam o aumento da produção alimentar para alcançar situações de segurança alimentar e aumento de bem-estar das populações compreendendo dois tractores de 95Cv de potência, dois conjuntos de charruas para trabalhar nas bolanhas para o cultivo do arroz, dois descascadores de arroz, dois moinhos de cereais, duas motas com atrelado para transporte de alimentos para serem comercializados e duas motobombas para promover a rega.

 
transferir (2)Este projecto, que resulta da parceria entre a Cooperação Portuguesa personificada no IPAD e do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Guiné-Bissau, tem, ainda, como objectivo não só a intensificação da produção agrícola como actividades a jusante dessa mesma actividade como o transporte e a comercialização de excedentes da produção com fim de gerar renda às famílias. Para tal, além de se adquirir as duas motas com atrelado, será construído na zona de Bambadinca, um posto de venda que permitirá o escoamento dessesprodutos.

    
transferirNo terreno desde 2008, o PAIPA já conta com resultados interessantes e motivadores da sua acção presente e futura. Nesse ano, e sem utilização do tractor e respectivas charruas, produziram-se 73,5ton de arroz em 35Ha. Logo em 2009, e com recurso aos equipamentos disponibilizados, trabalharam-se 232Ha o que produziu 441ton. No ano seguinte obtiveram-se 1004ton em 416Ha. Este ano de 2011, o cenário previsto aponta para 1089Ha cultivados o que vai permitir a colheita de 2286ton do cereal.

Paralelamente, incentivou-se à produção hortícola com resultados
satisfatórios, 5.1ton de cebola, tomate e pimentão e, mais ainda, com vista a implementar uma dieta variada, implantar-se-á um pomar de citrinos (limão, tangerina e mandarina), bem como de ananás que irá promover o consumo de vitamina C nas populações.
Neste momento preparam-se acções de formação às associações de
agricultores criadas que terão a tarefa de gerir os materiais nos
domínios de contabilidade e processos administrativos.


Por força dos bons resultados e já neste ano prepara-se a expansão do PAIPA para outras três regiões da Guiné-Bissau como Gabú, Oio e
Biombo.»

P.S.

Apresentamos as nossas desculpas pelo atrazo na divulgação  desta noticia, mas mais vale tarde do que nunca!

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