segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Guiné-Bissau tem 25 milhões de dólares para a luta contra a sida

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, apresentou hoje o novo Plano Estratégico Nacional de Combate à Sida, cuja taxa de prevalência é estimada em 3.6%, de acordo com os dados do inquérito geral da população de 2010.

No seu discurso na ocasião, Carlos Gomes Júnior diz ser preocupante para o seu Governo o facto de a Guiné-Bissau ser considerada um "país de epidemia generalizada", onde, contudo, ocorrem progressos no combate à doença.

"Em reconhecimento do nosso empenho, dos importantes progressos alcançados nos últimos anos, o Fundo Mundial, decidiu atribuir à Guiné-Bissau a segunda fase da subvenção da Ronda 7, no montante de 19 milhões de euros para três anos, destinados a fortalecer ainda mais a resposta nacional", declarou o chefe do executivo guineense.

A juntar a esta verba, o Programa das Nações Unidas rubricou com o governo, através do Ministério da Saúde Pública, um protocolo para atribuir ao país 2.9 milhões de dólares americanos destinados a apoiar a luta contra a sida no biénio 2011-2012.

Mesmo com estas verbas, o secretário executivo do comité nacional de luta contra a sida, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Silva Monteiro, defendeu que o país está aquém das reais necessidades financeiras.

"Longe disso, só para as necessidades estabelecidos precisamos de 34 milhões de dólares. Ora, neste momento só temos 25 milhões do Fundo global, instituição que dá mais dinheiro. Alguém disse aqui que falta dinheiro para dar comida aos seropositivos em tratamento com os antirretrovirais e é verdade", disse Silva Monteiro.

Actualmente mais de sete mil guineenses são submetidos aos tratamentos com os antirretrovirais, recebendo medicamentos e alimentação gratuitos do governo.

Para o responsável do comité nacional de luta contra a sida, a situação da doença "é mesmo preocupante, pelo menos em termos estatísticos", isto porque, assinalou, a Guiné-Bissau está acima dos restantes países da sub-região. 

"Cabo Verde nem chega a 1%, a Gâmbia e o Senegal também, em termos de sero-prevalência. É preciso encararmos o problema", afirmou Monteiro.

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