sábado, 9 de julho de 2011

A questão da Guiné-Bissau era difícil, disse Osvaldo Varela diplomata angolano

Coordenador da Comissão Preparatória da XVI reunião do Conselho de Ministros da CPLP, Osvaldo VarelaLuanda – O diplomata angolano e coordenador da Comissão Preparatória da XVI reunião do Conselho de Ministros da CPLP, Osvaldo Varela, referiu, em Luanda, que o trabalho do país no quadro da organização tem sido coroado de êxito.

Falando à Angop a propósito do evento, Osvaldo Varela disse que a avaliação que o país faz é positiva, pelo facto de estar a cumprir o programa da sua presidência da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) com êxito.

Em seu entender, os programas da organização estão a caminhar muito bem, sem percalços de maior, apresentando como exemplo o trabalho na Guiné-Bissau que está a merecer louvores por parte da comunidade internacional.

“A questão da Guiné-Bissau era difícil, devido sobretudo às ingerências externas na questão deste país, o que estava a levar a uma má interpretação do papel da CPLP e, concretamente, da acção do roteiro de paz da presidência angolana, mas felizmente as coisas estão no bom caminho e não há problemas de maior”, disse.

Realço o facto de o trabalho ainda se encontrar numas fase inicial, porque na Guiné-Bissau a situação política era complexa, toda a actividade diplomática foi feita no sentido de se criarem as condições sem ferir sensibilidades e unir as pessoas em torno destes objectivos, comentou.

Explicou que estes passos passam, necessariamente, pela reestruturação do exército da Guiné-Bissau, o apetrechamento e formação do novo exército, a recuperação dos quartéis, dar dignidade aos antigos combatentes neste país e fazer de facto um trabalho de forma paulatina e cuidadoso para que possamos alcançar os objectivos preconizados.

Com isso, disse, pretende-se um exército profissional bem estruturado, formado e apartidário que seja o garante da soberania da Guiné-Bissau.

Já em relação ao processo de adesão da Guiné Equatorial na CPLP, o diplomata disse que está no bom caminho, pelo facto de inicialmente existirem áreas em determinados sectores da sociedade civil de alguns países que se opunham a entrada deste país na organização.

Argumentou que uma das condições para que um Estado seja membro de pleno direito da CPLP é o facto de ter o português como língua oficial, e a Guiné Equatorial ultrapassou esta situação ao decretar o português como língua oficial.

Indicou que a Guiné Equatorial está a introduzir o português no seu sistema curricular de ensino, nas instituições oficiais do Estado e, paulatinamente, passará a ser uma língua de trabalho.

Osvaldo Varela precisou que as condições estão a ser criadas para que a Guiné Equatorial seja de facto membro de pleno direito da organização.

“Em linhas gerais, será a confirmação de todo o caminho que o Governo de Angola percorreu ao longo deste ano de mandato”, asseverou.

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