sábado, 24 de setembro de 2011

Estudante de Guiné-Bissau é morto a socos e pontapés em Mato GrossoPM's Brasil - Dois policiais militares e um empresário foram indiciados

 
Dois PM são acusados de ajudar empresário a espancar estudante Toni (dest.) até a morte

O estudante Toni Bernardo da Silva, 27, foi morto a pancadas, na noite de quinta-feira (22) na pizzaria Rola Papo, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Toni é natural de Guiné Bissau, país na costa ocidental da África, e fazia intercâmbio no Brasil. Cursava Letras na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).


Logo após o crime, a Polícia Militar prendeu o empresário Sérgio Marcelo da Silva, 27, e os policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira, ambos de 24 anos. Os três são acusados de terem espancado o estudante até a morte.


Sérgio tentou fugir do local, mas foi localizado pela PM. Ele alegou que iria se dirigir até o Pronto-Socorro, para buscar atendimento.
Segundo informações da PM, a briga começou quando o estudante se aproximou da esposa do empresário, identificada como Cláudia Rocha, e pediu R$ 10. A mulher teria negado o dinheiro e o estudante a teria puxado pelo braço, exigido o dinheiro.


Nesse momento, o empresário teria começado a agredir o jovem, os policiais Higor e Wesley entraram na briga. Eles não estavam em horáro de serviço. Higor está na PM há três anos e passou no último concurso para o Curso de Formação de Oficiais (CFO).

"Matando jacaré a socos"

Testemunhas revelaram que o estudante levou muitos chutes e socos na cabeça, caiu no chão e continuou a ser agredido pelo trio. Um policial militar que atendeu a ocorrência disse que as cenas foram fortes, havia muito sangue no local. "Parecia que estavam matando jacaré a socos", revelou o policial militar.


Devido às pancadas que recebeu, Toni teve traumatismo craniano e morreu no local. Há informações, não confirmadas, de que o jovem seria usuário de entorpecentes.


Atualmente, 19 estudantes africanos fazem intercâmbio na UFMT, 17 estudam no campus de Cuiabá e 2 em Rondonópolis. A maioria deles faz o curso de Letras.


O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa.

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