terça-feira, 1 de novembro de 2011

Governo da Guiné Bissau reconhece dificuldades na saúde infantil

Bissau, (Lusa) - A Guiné-Bissau é incapaz de atingir vários dos objetivos de desenvolvimento do milénio (ODM) até 2015, nomeadamente na saúde infantil, com o país a apresentar das piores taxas do mundo de mortalidade infantil.

O relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) deste ano (apresentado na semana passada) coloca três países lusófonos (Angola e Moçambique além da Guiné-Bissau) entre os que têm a pior taxa de mortalidade infantil. Diz o documento que em cada mil nascidos vivos morrem 192,6 na Guiné-Bissau, país só ultrapassado pelo Afeganistão e pelo Chade.

O relatório foi apresentado hoje em Bissau e num discurso lido pelo secretário-geral do Ministério da Economia, Idrissa Embaló, em nome da ministra (Helena Embaló), reconhece-se que a taxa de mortalidade materna e infantil continua elevada, "apesar de alguns avanços".

A ministra preferiu salientar outros avanços, nomeadamente o da esperança média de vida, que passou de 45 para 48 anos (dados de 2009), o que representou "um avanço muito significativo".

"Progressos assinaláveis" foram registados também na educação, onde diminuiu igualmente a diferença entre o número de rapazes e de raparigas que vão à escola.

Mas até 2015, diz Helena Embaló no seu discurso, o país não conseguirá reduzir a pobreza de acordo com os ODM. E continua a ter uma elevada taxa de fecundidade, sobretudo nas zonas rurais, o que "trava o desenvolvimento e perpetua a pobreza".

"Na saúde infantil, na mortalidade materna, e no acesso a água potável também o país está em grandes dificuldades em atingir esses objetivos", adianta o discurso, referindo que noutras metas a Guiné-Bissau, trabalhando em conjunto com os parceiros, "vai aproximar-se ou mesmo atingir os alvos".

FP.

Lusa/fim

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