segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Obras em quartéis da Guiné-Bissau

A missão de Angola na Guiné-Bissau (Missang) começou, em Bissau, a reabilitação e construção de infra-estruturas destinadas às forças de segurança, um projecto avaliado em 7,5 milhões de dólares.


As obras devem estar prontas em Agosto e dos seis projectos a maior parte dos trabalhos já começou e outros começam hoje, como a construção de um Centro de Instrução da Polícia de Ordem Pública (POP), a obra mais cara e que é edificada na zona de Safim, a poucos quilómetros de Bissau.


Na mesma zona começaram também as obras para a construção dos armazéns de logística das forças de segurança. Em Bissau decorrem igualmente as obras de “reabilitação completa” do edifício do Ministério do Interior e as obras do Comissariado Geral da Polícia de Ordem Pública.

Angola começa em breve a construção, de raiz, das instalações da Polícia de Trânsito, e começou a reabilitação de edifícios onde vai ser instalada a Polícia de Intervenção Rápida. “A nossa previsão, na base dos concursos públicos, é a de que todas as obras têm uma periodicidade de seis meses e se tudo correr bem todas devem estar prontas em Agosto”, disse à Lusa o responsável angolano pela área da cooperação policial na Missang, o sub-comissário Manuel Francisco Gonçalves. Além do apoio a nível de infra-estruturas, a Missang está a prestar assessoria técnica e de formação de recursos humanos, em paralelo com Portugal, que também tem prestado apoio na área da formação e legislação.


“Temos também um processo ligado à logística, que vai fazer um diagnóstico para que no futuro possamos dar apoio à Polícia de Ordem Pública”, acrescentou Manuel Francisco Gonçalves, salientando que a escolha das obras foi baseada no que o Governo da Guiné-Bissau considerou prioritário.


“Angola vai financiar as obras, o projecto, o mobiliário dos edifícios, e também fornecer fardamentos, medicamentos e viaturas para patrulhamento”, salientou Manuel Francisco Gonçalves.


Walter Álvaro, o arquitecto angolano responsável pelo conjunto das obras, também em declarações à Lusa, salientou que todas as infra-estruturas estão a ser feitas por empresas guineenses. Para já, Angola fez deslocar para Luanda, “por questões logísticas”, 350 formandos guineenses, que dentro de seis meses devem regressar à Guine Bissau, com formação básica e especializada em áreas como trânsito, protecção a dirigentes ou segurança pública.

Na mesma altura, na estrada que liga Bissau ao aeroporto deve ser inaugurada a nova Direcção de Viação e Trânsito, a edificar no local onde apenas existem escombros, e o Ministério do Interior fica também reconstruído.


Em Safim, os campos de caju deram lugar a um centro de formação e a direcção da polícia guineense vai ter um edifício totalmente reconstruído. A telha portuguesa, ainda do tempo colonial, vai ser aproveitada.

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