terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Reacções à morte de Malam Bacai Sanhá, com (Videos)

De Portugal, da CPLP ou da Comissão Europeia chegam mensagens de consternação pela morte do Presidente da Guiné-Bissau e apelos à preservação da paz num “momento conturbado”. Malam Bacai Sanhá morreu nesta segunda-feira no hospital Val-de-Grâce, em Paris.
Cavaco Silva sublinha “legado de coragem”






O Presidente da República Cavaco Silva manifestou “profunda consternação” com a morte do presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, e apelou ao povo e às instituições da Guiné-Bissau para que dêem continuidade aos seus esforços na luta pela democracia.

Numa mensagem de condolências dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, Cavaco Silva manifestou o “mais profundo pesar” e “profunda consternação” pela morte do homólogo guineense.

Destacou que Malam Bacai Sanhá deixa um “legado de coragem pessoal na luta contra a doença”, mas também “de determinação política na luta pelos valores da democracia, pela preservação do normal funcionamento das instituições e pelo respeito pela ordem constitucional na Guiné-Bissau”.

“Estou seguro que o povo guineense e as suas instituições, civis e militares, saberão estar à altura deste legado, dando continuidade aos esforços na consolidação do caminho pacífico e democrático de desenvolvimento social e económico”, escreveu o chefe de Estado português.

Cavaco Silva destacou o contributo do presidente da Guiné-Bissau para “o estreitamento da amizade e da cooperação” com Portugal e para “a defesa dos princípios e valores que unem” os dois povos, nomeadamente no quadro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Reiterou ainda “o firme e empenhado apoio de Portugal aos esforços da Guiné-Bissau em prol da paz, da consolidação da democracia e do desenvolvimento económico e social”.

Governo português expressa “profunda consternação”


O Governo português expressou também “profunda consternação” pela morte de Malam Bacai Sanhá, destacando o seu “importante contributo” no processo de estabilização e democratização do país.
“O Governo português recebeu com profunda consternação a notícia do falecimento [...] do Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, e apresenta à família, às autoridades da Guiné-Bissau e ao povo guineense as suas mais sinceras condolências”, refere em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O Governo português sublinhou ainda “o importante contributo que [Sanhá] procurou dar para o processo de estabilização e a democracia na Guiné-Bissau, elementos cruciais para o desenvolvimento do país e o bem-estar dos seus compatriotas”.

No comunicado, o Executivo português apela ainda a todos os “actores institucionais da Guiné-Bissau que respeitem a ordem constitucional e a estabilidade político-institucional no país”, no “período de transição política que se avizinha”.

“Neste momento de pesar, a Guiné-Bissau poderá contar, como sempre, com a solidariedade e a amizade de Portugal”, sublinha o texto.

Morte ocorre “num momento conturbado”, sublinha a CPLP
A morte de Malam Bacai Sanha ocorre “num momento um bocado conturbado da política na Guiné”, lamentou nesta sexta-feira o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), acreditando, porém, que o povo saberá respeitar o seu “legado”.

Malam Bacai Sanhá “deixa um legado de sempre ter dado o seu melhor na tentativa de encontrar os consensos internos necessários à preservação da paz e ao desenvolvimento do país”, disse, em declarações à agência Lusa, o também guineense Domingos Simões Pereira. “Quero acreditar que o povo guineense (...) vai querer e saber honrar esta memória e alimentá-la com o respeito pela ordem interna e a aplicação das leis no processo da sua sucessão”, acrescentou o responsável da CPLP, que já falou com os embaixadores dos Estados-membros da organização, que vão reunir-se “muito brevemente para definir como acompanhar” a situação na Guiné.

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