sábado, 25 de fevereiro de 2012

Chefe das Forças Armadas preocupado com possível uso de armas de fogo durante período eleitoral

Bissau - O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, afirmou hoje que está bastante preocupado com o possível uso de armas de fogo durante o período eleitoral e propôs mesmo um controlo "mais apertado". 

Segundo a Lusa, o general falava numa reunião com as chefias militares e da polícia, que serviu para analisar "os incidentes" ocorridos na passada segunda-feira em Bissau em que militares espancaram elementos da polícia que estavam a dispersar uma manifestação de jovens em frente à sede da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

De acordo com o chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, "deve haver um controlo mais apertado" do uso e circulação de armas de fogo das diferentes forças de defesa e segurança do país. 

"Vamos criar um comando conjunto entre os militares e a polícia para assegurar o normal funcionamento das eleições. O controlo das armas passa a estar sob a dependência do Estado-Maior", General das Forças Armadas, disse António Indjai. 

Sobre os "incidentes" da passada segunda-feira, António Indjai disse terem sido esclarecidos, mas que tinha sido decidido que a polícia só passaria a utilizar armas de fogo mediante o conhecimento do Estado-Maior das Forças Armadas. 

Confrontado com esta posição do general António Indjai, o comissário geral da Polícia de Ordem Pública, Antero João Correia, disse que a natureza de certas missões obriga a que seja necessário o uso de armas de fogo. 

"Isso não é segredo para ninguém. É assim na Guiné-Bissau e é assim também noutras partes do mundo", afirmou João Correia, escusando-se a comentar as declarações do chefe das Forças Armadas. 

Quanto à criação do comando conjunto entre as Forças Armadas e a polícia para garantir a segurança durante as eleições, o comissário da polícia diz ser normal já que nas eleições passadas também foi assim. 

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais antecipadas no dia 18 de Março próximo, devido à morte, em Janeiro passado, do Presidente Malam Bacai Sanhá, vítima de doença.

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