domingo, 5 de fevereiro de 2012

Francisco Benante quer apoio do PAIGC nas presidenciais

Bissau - O antigo presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Francisco Benante, é um dos dirigentes do PAIGC, no poder, que pretende ser o candidato do partido nas eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março de 2012, noticia a LUSA.

A informação foi avançada hoje (sexta-feira) numa conferência de imprensa promovida pelo secretário nacional do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Augusto Olivais, para anunciar os preparativos para a reunião do Comité Central do partido, que terá lugar no sábado, em Bissau.

É na reunião do Comité Central, que é antecedida hoje do encontro do 'bureau' político, que o partido vai decidir qual dos dirigentes é que vai apoiar nas presidenciais de 18 de Março.

Além de Francisco Benante, ex-líder do PAIGC, entregaram a carta do pedido de apoio formal do partido Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e actual presidente (do PAIGC), e Serifo Nhamadjo, presidente interino do Parlamento.

Fontes do PAIGC disseram à Agência Lusa que Baciro Djá, actual ministro da Defesa, e Soares Sambú, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-conselheiro do falecido Presidente guineense Malam Bacai Sanhá, serão outros dois candidatos da esfera do PAIGC embora os dois não tenham ainda formalizado o pedido de apoio ao partido.

Os 351 membros do Comité Central, órgão máximo entre os Congressos do PAIGC, reúnem-se no sábado e só depois se saberá quem será o candidato do histórico partido nas presidenciais antecipadas de 18 de Março.

Quem também se posicionou publicamente a partir de hoje como candidato à presidência da República guineense foi o empresário e antigo chefe de Estado interino do país Henrique Rosa.

Em conferência de imprensa, Henrique Rosa afirmou-se "pronto" para ajudar a "dar um rumo verdadeiramente estratégico" ao país.

Henrique Rosa disse que, contrariamente ao discurso oficial, há muita coisa que não vai bem no país, apontando o alto nível da corrupção, as reformas por se fazer, o combate à pobreza e um desnível na distribuição da riqueza nacional.

"A Guiné-Bissau precisa de um novo impulso e de ética na política e de mudanças no bom sentido. O Presidente da República tem de ser um impulsionador e alguém que represente essa nova esperança", defendeu, ao justificar a sua candidatura à presidência do país.

Henrique Rosa foi o terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais antecipadas de 2009, que foram ganhas por Malam Bacai Sanhá numa segunda volta, então disputada contra Kumba Ialá, o candidato apoiado pelo PRS (maior partido da oposição).

Malam Bacai Sanhá morreu a 09 de Janeiro desta no, vítima de doença, o que levou à antecipação das eleições. 

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