sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

País vive "período crucial" que necessita de "consensos políticos" - PR

Bissau, 01 Fev  - O Presidente da República interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse hoje que o país vive um "período crucial", pelo que é preciso um "diálogo permanente" e encontrar "consensos políticos".


Raimundo Pereira, que assume interinamente as funções de Presidente da República devido à morte de Malam Bacai Sanhá, terá de conduzir o país até às eleições presidenciais, já marcadas para 18 de março, sendo a sua prioridade criar as condições para que essas eleições se realizem.


"Para que o país possa ter eleições livres, justas e transparentes é necessário promover consensos, fazer pontes, se necessárias, estabelecer o diálogo, que neste momento é fundamental para que o país tenha de facto estabilidade política" que permita a participação livre nas eleições, disse Raimundo Pereira.

O Presidente falava na posse de 17 conselheiros, que nomeou esta semana, vindos de vários quadrantes políticos, incluindo dos partidos da oposição.


Aos conselheiros pediu para que se dediquem exclusivamente à sua tarefa, "pondo de parte eventuais interesses políticos", e deixou um aviso: "vamos ter de tomar decisões nas diferentes etapas neste processo que não vão ser fáceis. A experiência que tive no passado dá-me sinais de que este processo tem de ser gerido por consensos, se queremos retomar a normalidade constitucional o mais rapidamente possível".


No discurso aos conselheiros, a palavra que Raimundo Pereira mais usou foi "consensos", a única forma, disse, de ultrapassar as insuficiências da Constituição.


E deixou também avisos: "muitas vezes, num dia, numa semana, em três meses, podemos deitar por terra a aspiração de um povo à tranquilidade. Devemos trabalhar em termos de prevenção e a prevenção aconselha a um diálogo permanente".


Foi por isso, justificou, que nomeou como conselheiros representantes dos diversos partidos políticos. "Mas também para os poder responsabilizar pela condução da transição", disse.

Lusa

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