quarta-feira, 14 de março de 2012

PRS acusa Governo de banalizar processo eleitoral

Bissau – A Directoria Nacional da campanha eleitoral de Koumba Yalà acusou, esta segunda-feira, 12 de Março, em Bissau, o Governo, através do Ministério da Administração Territorial, e a Comissão Nacional de Eleições (CNE), de banalizarem o actual processo eleitoral em curso no país.

A mesma Directoria denunciou ainda uma alegada tentativa de fraude no que diz respeito ao acto eleitoral agendado para este Domingo, 18 de Março.


Em conferência de Imprensa realizada esta segunda-feira, em Bissau, o Diretor Nacional Adjunto da Campanha de Koumba Yala, Artur Sanhá, justificou a sua questão pelo facto de alegadamente haver «urnas misturadas» e com diferentes cores e tamanhos para estas eleições.


Artur Sanhá disse que a distribuição de material de votação foi precipitada: «Quando os materiais chegaram, provenientes de Portugal, foram levados e guardados nas instalações da CNE. Os mandatários de Koumba Yalà de Serifo Nhamadjo, de Baciro Dja e de Afonso Té é que reclamaram as garantias de segurança, sendo que a CNE era de opinião que as portas deveriam ficr abertas», defendeu.


Neste sentido, conforme disse ainda o responsável, a CNE não estava interessada em acatar as exigências destes materiais, sendo que eles mesmo que ofereceram para colocar cadeados nestas portas e, só mais tarde, as autoridades eleitorais decidiram mudar os cadeados.


Neste encontro com a imprensa, o então Primeiro-ministro em 2003 lançou duras críticas ao candidato do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, de querer ganhar na primeira volta, o que, no seu entender, é uma fraude.


Em relação à emissão da segunda via do cartão de eleitoral, Artur Sanhá falou de um alegado movimento descoordenado e mal enquadrado de brigadas junto dos seus distritos eleitorais, relativamente à imperfeição na emissão dos documentos, justificando que alguns destes não têm numeração nem anotação de segunda via.


Artur Sanhá citou nomes de algumas pessoas apanhadas em Catio, sul do país, em Gabu, leste, e em Bissau, que alegadamente foram vistas a seleccionar e a transcrever dados de cartões de eleitor.
Perante estes factos, Artur Sanhá concluiu que o processo de emissão de segunda via de cartões de eleitor não é viável, transparente e serve apenas para «vender galinhas em Ziguinchor e em Bissau».


Sumba Nansil

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