quarta-feira, 18 de abril de 2012

Militares guineenses sob pressão excluem regresso de Gomes Júnior ao poder

Cresce a pressão movida por chancelarias e organizações internacionais e regionais ao autodesignado Comando Militar da Guiné-Bissau, a estrutura saída do Estado-Maior das Forças Armadas que reivindicou o golpe de Estado em curso há quase uma semana. Nações Unidas, União Africana e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) exigiram, uma após outra, o retorno à “ordem constitucional” e a libertação a breve trecho do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e do Presidente interino, Raimundo Pereira. Mas a instabilidade adensa-se. “Fora de questão”, insistem os golpistas, está o regresso de Gomes Júnior à liderança do poder executivo. Assim como a segunda volta das eleições presidenciais, inviabilizada pela ação armada.

Agora suspensa pelo Conselho da União Africana para a Paz e Segurança e debaixo de um apertado escrutínio internacional e regional, a Guiné-Bissau permanece - cinco dias após decapitação dos órgãos do poder político e da liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) - mergulhada na indefinição.


Depois de uma delegação liderada pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Desire Kadre Ouedraogo, ter deixado Bissau a afiançar que os militares estariam abertos a restabelecer a ordem constitucional, nada indicia que isso possa acontecer num horizonte próximo, ou que o Comando Militar venha a criar condições para a realização da segunda volta das eleições presidenciais. O que implicaria, de resto, a libertação do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, candidato à Presidência com o apoio do PAIGC, e do Chefe de Estado interino, Raimundo Pereira.


“Aquilo que a Comissão [da CEDEAO] pediu foi a libertação imediata e a Comissão disse que os militares aceitaram. Mas afinal, mais de 24 horas depois de a Comissão ter abandonado o país, ainda não há qualquer libertação. E mais: continua sem se saber do paradeiro. Enquanto que o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior já foi visto por algumas pessoas, incluindo elementos da Cruz Vermelha, Raimundo Pereira nunca foi visto e crescem os rumores acerca do estado de saúde”,

1 comentário:

  1. será que cplp vai dar razão a aos golpistas? Http://pululu.blogspot.com/2012/04/oficial-guineense-poe-dedo-na-ferida.html?m=1

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