domingo, 13 de maio de 2012

MNE nigeriano afirma que solução foi baseada na realidade guineense (que realidade? Armas?) perguntam os guineenses

Bissau - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Nurudeen Muhammad, disse sexta-feira que a solução para a Guiné-Bissau não foi perfeita mas que foi "baseada nas realidades actuais" do país e no "interesse do povo", noticiou a Lusa.  

Nurudeen Muhammad, que chefiou uma delegação da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) falava em Bissau para militares e políticos guineenses, no final de dois dias de reuniões no âmbito das quais propôs o presidente interino da Assembleia Nacional, Serifo Nhamadjo, para Presidente da República por um período de transição de um ano. 

"O que aconteceu quinta-feira foi a escolha da maioria dos intervenientes na crise na Guiné-Bissau e também tendo em linha de conta a conduta da CEDEAO e em conformidade com as leis do país", disse, acrescentando que "a CEDEAO usa a força somente como último recurso".
Falando para os militares, Nurudeen Muhammad afirmou que "a CEDEAO mantém o princípio da tolerância zero para situações de golpe de Estado" e "em nenhuma circunstância irá permitir que as autoridades tenham de passar por situações de violência". 

Nurudeen Muhammad disse esperar agora que os militares se submetam às reformas do sector da Defesa e Segurança, para que se ponha "um ponto final neste ciclo de golpes, de uma vez por todas". 

Quanto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse depois aos jornalistas, é tempo de "olhar para os factos", porque não há alternativa a "aceitar o que o povo da Guiné-Bissau e a CEDEAO decidiram". 

O ministro da Defesa da Côte d’Ivoire, Paul Koffi Koffi, pediu também aos militares da Guiné-Bissau para que "haja alguma contenção e sobretudo o diálogo" como forma de resolver problemas. 

De acordo com o ministro ivoiriense, Serifo Nhamadjo foi designado "em obediência aos preceitos constitucionais da Guiné-Bissau" e terá uma missão "sem descanso" mas com o apoio da CEDEAO e "em particular" de Alassane Ouattara, presidente em exercício da organização de Estados. 

Ao povo, aos políticos e aos militares pediu que apoiem Serifo Nhamadjo e desejou que o país retorne à paz e à estabilidade. 

Os militares guineenses protagonizaram um golpe de Estado a 12 de Abril e prenderam o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, libertando-os mais tarde.

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